Apesar de um fim-de-semana difícil, Miguel Oliveira saiu de Le Mans no segundo lugar do campeonato.
A corrida foi dominada por Francesco Bagnaia. O italiano saiu da pole position, liderou todas as voltas e manteve Alex Marquez à distância. Marquez sofreu problemas técnicos nas últimas voltas, com o motor da sua volta a falhar, mas assegurou a segunda posição. Joan Mir assegurou o seu primeiro pódio em Moto2 depois de ter superado Marcel Schrotter.
«Estou realmente contente. Vencer a corrida numa das minhas pistas preferidas é um grande resultado que recompensa toda a equipa pelo trabalho feito depois da queda na FP1», diz Bagnaia. «Continuámos a trabalhar e demos um passo em frente em todas as sessões, especialmente na qualificação. A corrida foi dura, tentei impôr o meu ritmo, mas sem esquecer de gerir o desgaste do pneu traseiro nas primeiras voltas para ser competitivo no final da corrida. Venci três dos cinco grandes prémios realizados; tenho 25 pontos de avanço sobre o segundo, mas não podemos perder a concentração.»
Lorenzo Baldassarri caiu na primeira parte da corrida quando lutava pelos lugares do pódio.
Oliveira em segundo nos pontos
Miguel Oliveira conseguiu retirar um resultado positivo de um fim-de-semana difícil e complicado. Graças a um bom arranque ao final da primeira volta já estava em quinto. Trocou de posições com Brad Binder, Baldassarri e Romano Fenati e passou grande parte da corrida em 6.º. Foi apanhado por Xavi Vierge, rodou em 7.º até passar de novo Fenati para voltar a 6.º. Com os 10 pontos conquistados subiu ao segundo lugar do campeonato.
«Estou satisfeito com o nosso sexto lugar porque melhorámos comparativamente ao ano passado e porque estamos em segundo na classificação geral, o que é importante», disse Oliveira. «O problema para nós foi, no início da corrida, outros pilotos terem mais aderência e conseguirem ir mais rápido do que nós; faltou-nos velocidade. No final consegui pilotar ao ritmo dos pilotos da frente, mas já foi tarde demais. Ainda assim, falta-nos algo e estamos a debater-nos um pouco, por isso precisamos de algo mais» explicou o piloto da KTM sobre a sua corrida.
Agora a equipa vai treinar em Mugello, antes e depois do GP de Itália, continuando a trabalhar na resolução desses problemas. «Felizmente a equipa está a trabalhar empenhadamente. Agora temos um teste antes de Mugello, que tenho a certeza que será bom para nós; tanto para mim, pessoalmente, como para a mota, pois queremos dar um passo em frente. Le Mans era a prova mais difícil que tínhamos marcado no calendário, já está feita e vamos atrás de um bom resultado em Mugello».
Com o GP mais problemático do ano já superado, Miguel Oliveira encontra-se no segundo lugar do campeonato, apesar de ter perdido pontos para o líder. Antes do GP de França Oliveira estava em 3.º a 10 pontos de Bagnaia, agora está em 2.º a 25 pontos do italiano.
Moto3: primeira de Arenas
Albert Arenas conquistou a sua primeira vitória num grande prémio, mesmo sem ter sido o primeiro a cruzar a meta. A corrida ficou marcada por várias penalizações, incluíndo a do ‘verdadeiro’ vencedor, Fabio DiGiannantonio.
Numa corrida com um grupo que chegou a ser de 10 pilotos a lutar pelo ódio, foram muitas as ultrapassagens e trocas de posições. Nas últimas voltas a luta pela vitória ficou reservada a três pilotos: DiGiannantonio, Jorge Martin e Marco Bezzecchi.
Tudo se decidiu na última volta, na penúltima curva. DiGiannantonio passou primeiro por Martin na curva 12; na seguinte, numa manobra que parecia impossível, superou Bezzecchi para passar para a frente. Logo depois Bezzecchi perdeu a traseira e caiu; Martin estava tão perto que não conseguiu evitar bater na moto do italiano e caiu também.
Penalizações alteram resultado final
Era a primeira vitória de Fabio DiGiannantonio. Só que o piloto italiano, à semelhança do que aconteceu com Jakub Kornfeil e Niccolo Antonelli, foi penalizado por ter ‘cortado caminho’. Um par de voltas antes, no calor da luta, o italiano tinha passado pelo interior do corrector na curva 10. Por isso levou uma penalização de 2 segundos a acrescentar ao tempo final de corrida. Kornefeil e Antonelli foram penalizado pelo mesmo motivo: 1,3 s para o checo, 1,8 s para o italiano. Se a Kornfeil a penalização não afectou a sua classificação final, no caso de Giannantonio determinante. Foi também um golpe tremendo na moral do piloto, que de vencedor passou para 4.º na classificação final. Com a penalização de DiGiannantonio Antonelli seria 3.º, mas a sua penalização também o fez recuar na classificação final, para 4.º.
A penalização de DiGiannatonio acabou por dar a vitória a Albert Arenas. O espanhol estreou-se no pódio logo no degrau mais alto. Andrea Migno e Marcos Ramirez ficaram nas posições seguintes.
A corrida ficou ainda marcada pelo espectacular salto de Jakub Kornfeil na entrada da recta da meta. Enea Bastianini caiu na frente do checo, este não conseguiu evitar a moto tombada do italiano passou por cima dela e levantou voo. Aterrou na gravilha sem cair e ainda terminou a corrida em 6.º.
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