Após conquistar o título em 2020 pelo talento e consistência de Joan Mir, a equipa Suzuki Ecstar pareceu não encontrar argumentos para lutar pelo cetro da categoria rainha em 2021. A Suzuki GSX-RR manteve a consistência em corrida, mas dificuldades na qualificação e atraso na chegada de novos componentes, ajudaram a dificultar a tarefa de Joan Mir e Alex Rins no Mundial de Velocidade.
Porém, 2022 começa com uma sessão de testes oficiais dias 5 e 6 de fevereiro em Sepang. E foi precisamente no circuito malaio que a Suzuki Ecstar optou por apresentar as novas cores que vamos ver nas carenagens do protótipo GSX-RR. A decoração mantém a base azul e prateada com o grande logótipo Suzuki nas laterais. Algumas zonas em preto foram adicionadas. Mas as novas cores da equipa mantêm a sua configuração clássica.
Numa temporada que será a mais longa de sempre, com 21 Grandes Prémios previstos, incluindo duas estreias – Indonésia e Finlândia – a formação japonesa espera que o trabalho realizado ao longo da paragem de inverno tenha permitido aumentar a competitividade das motos que estão à disposição dos dois pilotos espanhóis.
Joan Mir, campeão em 2020, continua a ser o principal piloto da Suzuki Ecstar. Nesta apresentação em Sepang, Mir aproveitou para revelar aquilo que espera de 2022:
“Aproveitei o tempo durante o inverno para descontrair e desligar depois de um 2021 complicado. Fiquei feliz por terminar o campeonato em 3º mas tenho fome de mais, e foi importante fazer um reset para conseguir focar a 100% e dar o meu máximo. Os meus treinos de pré-temporada correram bem e sinto-me preparado para atacar. Estou ansioso para voltar a subir para a minha moto, os testes que fizemos no final do ano passado mostram uma melhoria na performance com a qual eu estou satisfeito, por isso agora é tempo de mostrar a nova decoração e acumular mais voltas antes do início da temporada dentro de um mês”.
Já Alex Rins sabe que este ano terá de mostrar bastante mais consistência se quiser ter aspirações a um resultado final nas melhores posições de MotoGP. Já com várias temporadas na categoria rainha, Rins diz que está pronto e quer começar o quanto antes:
“A nova GSX-RR tem um aspeto fantástico e também se porta muito bem! Estou muito feliz por estarmos próximos do início da temporada. Fiz muito treino no inverno, não só no ginásio, mas também com a minha GSX-R1000 de estrada. Contudo, nada se compara à nossa moto de competição em circuito. É bom voltar a reunir com a equipa, estamos todos focados no mesmo objetivo e eu confio neles, já todos mostrámos que estamos prontos para alcançar grandes feitos. Os dias de teste vão ser importantes, mas mal podemos esperar pela primeira corrida no Qatar!”.
A equipa Suzuki Ecstar continua a ter Shinichi Sahara como diretor de equipa e responsável pelo projeto da marca em MotoGP. Mas durante a apresentação da Suzuki Ecstar foi mesmo Ken Kawauchi, diretor técnico da estrutura japonesa, que revelou onde é que os engenheiros europeus e japoneses mais trabalharam para melhorar a GSX-RR:
“A nossa moto de 2021 era equilibrada e competitiva, mas era importante dar um grande passo em frente em 2022 para atingir os nossos objetivos. Como temos visto, MotoGP está muito competitivo com muitos pilotos rápidos, e queremos assegurar o nosso lugar no pódio. A GSX-RR de 2022 é muito semelhante à moto do ano passado mas com algumas modificações cruciais, especialmente ao nível da performance do motor. Queríamos manter a maneabilidade da nossa moto, que sempre foi forte em curva e estabilidade, mas ao mesmo tempo melhorar a entrega de potência. Com ajuda dos nossos engenheiros no Japão e Europa sentimos que alcançámos isto, e agora é tempo de testar em pista com os nossos pilotos”.