MotoGP 2022 – Todos contra a violência!

A Dorna, IRTA e Federação Internacional de Motociclismo mostram-se contra todo o tipo de violência no paddock de MotoGP.

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O paddock de MotoGP é uma zona especial a vários níveis. É aí que pilotos e equipas vivem grande parte do ano, convivendo e partilhando o seu espaço com milhares de fãs, mas também com jornalistas e todo o tipo de convidados VIP. Podemos dizer que o paddock do Mundial de Velocidade é quase como que um “organismo vivo”, capaz de sentir e reagir a tudo o que ali acontece. Mas nem tudo o que acontece no paddock é um “sonho”.

E foi precisamente isso que aconteceu ao jovem piloto Tom Booth-Amos, em 2019, durante o Grande Prémio da Tailândia.

Durante essa ronda do Mundial de Velocidade, o jovem piloto, então a competir na categoria Moto3 e pela equipa CIP, foi filmado a ser agredido por um membro da sua própria equipa quando regressava à sua box. Um momento verdadeiramente lamentável, e que até há poucos dias tinhas ficado “escondido” antes de ser divulgado três anos depois.

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O piloto britânico, que, entretanto, saiu do Mundial de Velocidade, já confirmou tudo o que aconteceu, deixando também no ar que outras situações deste género acontecem de forma mais frequente do que se imagina. As vítimas de atos de violência no paddock de MotoGP são muitas vezes “calados” de forma a garantir que continuam a competir ao mais alto nível, realizando os seus sonhos.

Face à divulgação do vídeo, e com imagens tão esclarecedoras, o paddock reagiu e muitas foram as vozes que se fizeram ouvir contra este tipo de situações, como por exemplo o espanhol Aleix Espargaró (Aprilia Racing), que se mostrou indignado com o que tinha visto, com a agressão a Tom Booth-Amos por parte de um dos seus mecânicos. Espargaró pediu mesmo à Dorna que tomasse uma posição forte contra esta situação e tome medidas para evitar que isto continue a acontecer.

A Dorna, a Federação Internacional de Motociclismo e também a associação de equipas IRTA, não demoraram muito a investigar o caso. A investigação não foi demorada, e em poucos dias as três entidades divulgaram um comunicado.

No comunicado oficial, e para além de uma condenação veemente dos atos de violência perpetrados contra o piloto britânico e que causaram forte indignação, quer nos fãs de MotoGP, mas também em todo o paddock, a Dorna, a FIM e a IRTA descobriram que o mecânico filmado a agredir Tom Booth-Amos continua a trabalhar neste mesmo paddock, embora agora esteja empregado por uma equipa diferente.

Durante a investigação, a equipa informou que não sabia que um dos seus mecânicos era o visado no vídeo da agressão, e que agora que esta situação foi descoberta decidiram dar por terminado o seu contrato de trabalho após o Grande Prémio da Malásia.

A Dorna, a FIM e a IRTA “Consideram que esta é a decisão correta e apoia totalmente a ação tomada pela equipa ao rescindir o contrato desta pessoa. Comportamento abusivo não pode nem será tolerado. Todos os envolvidos vão continuar a trabalhar para que o paddock de MotoGP seja um ambiente de trabalho o mais seguro possível”.

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