Ainda dorido e a coxear de forma bastante visível, Miguel Oliveira acabou por contrariar as primeiras indicações oficiais e concedeu à imprensa algumas declarações sobre o incidente em que se viu envolvido, sem culpa, com Marc Márquez (Repsol Honda), e que o deixou fora do Grande Prémio de Portugal de MotoGP.
O piloto português mostra-se relativamente tranquilo com a sua condição física, pede que quem tem de tomar decisões (sobre penalizações) as tomem, e confirma que Márquez lhe pediu desculpa.
À porta da box da CryptoData RNF Aprilia, Miguel Oliveira referiu que “O incidente em si é bastante fácil de explicar. Foi uma tentativa de ultrapassagem da parte do Márquez um bocado ambiciosa. Não tinha espaço para parar, evitou o piloto à frente dele e veio parar em mim. É mais frustrante ainda quando sabemos que podemos fazer um bom fim de semana, como disse ontem, queria sair melhor para esta corrida, fiz a volta de abertura em primeiro, quando o Pecco me passou sabia que ainda tinha alguma margem para melhorar porque ainda tinha os pneus com a pressão um pouco baixa. Demasiado inglório ter esta corrida acabar tão cedo, com tanto apoio que tive, é muito inglório”, começou por referir.
Depois, Miguel Oliveira confirma que já conversou com Marc Márquez: “Sim, já falámos, ele explicou a situação dele, que provavelmente tinha um problema no seu travão, mas quando se tem problemas nos travões travamos antes e não mais tarde. Espero que o sistema funcione, e se penalizaram outros pilotos espero que o penalizem a ele também. É uma pena ter terminado uma corrida desta forma, e que o Marc se tenha lesionado. Não há incidentes que acontecem de propósito, isso é claro, mas acho que foi o local errado para o fazer. Sim, ele disse que teria um problema no travão. Claro que as desculpas são aceites, existe esse respeito, mas quando existe um problema não travamos assim”.
E por fim, abordou a possibilidade de chegar ao próximo fim de semana sem estar nas melhores condições: “Sim, o objetivo é chegar Argentina o melhor possível, sem lesão incapacitante. Sem haver lesão temos de arranjar forma de gerir a dor, com tratamento anti-inflamatório. Estou apenas dorido, então temos de fazer um despiste com uma ressonância para ver se a nível ligamentar está tudo intacto”.
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