MotoGP 2023 Austrália – A reação de Miguel Oliveira ao cancelamento da corrida Sprint

Miguel Oliveira concorda com a decisão de cancelar a corrida MotoGP Sprint do GP da Austrália. Aqui fica a reação do piloto português.

Com o cancelamento da corrida Sprint, o Grande Prémio da Austrália de MotoGP deu-se por terminado de forma antecipada. A decisão de não competir deveu-se à necessidade de preservar a segurança dos pilotos face aos perigos apresentados pelo agravamento das condições climatéricas, uma decisão da Direção de Corrida que merece a concordância de Miguel Oliveira.

Em reação ao que aconteceu em Phillip Island nesta tarde (madrugada em Portugal) de domingo, Miguel Oliveira fez questão de mostrar que concorda com o cancelamento da corrida Sprint australiana, e explicou qual o fator determinante para essa decisão.

Em declarações divulgadas pela CyptoData RNF Aprilia, o português refere que “Obviamente, quando a previsão parecia ser um pouco mais sombria para domingo, todos pensámos que havia muitas hipóteses de não correr por causa do vento. Por isso, finalmente optaram pela mudança do programa para a corrida ser no sábado. A Dorna fez todos os esforços para tentar colocar-nos hoje lá fora (no circuito) de forma segura para competir, mas não foi mesmo possível. Acho que todos os esforços foram feitos e quando fazem isso, não podemos pedir mais. O clima também precisa de nos ajudar um pouco e, neste caso, isso não aconteceu”.

“Já de acordo com as previsões era bastante claro que o fator condicionante seriam as rajadas fortes de vento que chegariam aos 60 ou 70 km/h. Para as categorias mais baixas, Moto3 e Moto2, apesar de ser um problema, não é tão limitante como para nós que temos muita velocidade. O vento estava completamente lateral em toda a pista, sobretudo na reta que é o ponto mais perigoso para nós, e por isso foi a decisão sensata cancelar a Sprint”, declarou depois em declarações à Sport TV .

motogpA corrida Sprint da categoria rainha deste Grande Prémio da Austrália, que seria disputada em condições de chuva, situação em que, habitualmente, Miguel Oliveira se destaca dos rivais, poderia servir de confirmação das alterações que foram feitas na Aprilia RS-GP 22 #88 e que foram do agrado do piloto.

Tendo isso em conta, Miguel Oliveira refere que “Têm sido alguns fins de semana com dificuldades em sítios muitos particulares, sobretudo nas curvas mais rápidas”, destacando que essa situação o parece afetar mais do que aos restantes pilotos Aprilia.

Por outro lado, e mesmo tendo em conta que o melhor que conseguiu foi um 13º lugar na corrida de sábado, o português mostra-se positivo e confiante que em conjunto com os técnicos da CryptoData RNF Aprilia terão encontrado a afinação mais indicada que permita tirar o máximo partido da moto italiana:

“Neste fim de semana conseguimos perceber com uma modificação de setting que nunca tínhamos feito, mais ou menos aquilo que eu preciso de sentir na moto, e nessa ótica considero um fim de semana positivo, apesar de, sinceramente, não me importava muito (com o resultado). Queria mesmo ser competitivo na corrida e isso aconteceu”.

De Phillip Island o paddock viaja para o circuito de Buriram, onde dentro de uma semana se encerra o “triple header” de MotoGP.

O Grande Prémio da Tailândia é visto por Miguel Oliveira como uma nova oportunidade de comprovar as alterações efetuadas na sua Aprilia, mas o português não esconde que as dificuldades em Buriram podem voltar a ser notórias “sobretudo porque temos uma tipologia de pneu que para as Aprilia é o pior de todos. Não tem tanto a ver com a borracha dos pneus, mas tem a ver com a carcaça, mais fina e mais rígida para tolerar temperaturas mais altas e parece que temos bastante dificuldade em encontrar grip nessas situações em que usamos esses pneus, como foi o caso na Índia”, referiu o piloto já a fazer uma primeira antevisão ao Grande Prémio da Tailândia.

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