Com o mercado de pilotos a centrar as nossas atenções, e no caso dos fãs portugueses com especial destaque para a situação contratual de Miguel Oliveira, a verdade é que o paddock de MotoGP está também bastante ‘quente’ no que diz respeito ao futuro da Prima Pramac.
A equipa italiana, liderada por Paolo Campinoti, há muito que integra a família Ducati Corse na categoria rainha, e logo com uma ligação especial que lhes permite competir usando as Desmosedici GP com especificações iguais às motos da equipa de fábrica.
Porém, a Yamaha, por intermédio do seu líder Lin Jarvis, está decidida a ‘roubar’ a Prima Pramac à Ducati. A marca japonesa tem euros para investir num acordo que poderá em breve ser anunciado, pois de acordo com o meio de comunicação italiano Sky Sport Italia e o reputado jornalista italiano Guido Meda, a equipa de Campinoti já se terá decidido e aceitou a oferta da Yamaha.
Tudo indica que o anúncio oficial da mudança da Prima Pramac da Ducati para a Yamaha deverá ser tornado público durante o Grande Prémio dos Países Baixos, este fim de semana no circuito de Assen – clique aqui para ver os horários completos .
Esta é uma ‘novela’ que tem alimentado o paddock de MotoGP nas últimas semanas, pois a mudança da Prima Pramac para a Yamaha significará que o campeonato terá importantes alterações nas relações de poder em pista, e no futuro de pilotos.
Primeiro que tudo, a Ducati Corse deixará de ter oito motos em pista como acontece atualmente. Passará a ter seis motos, o que equilibrará mais a competição. E todos os cinco fabricantes passarão a ter, pelo menos, uma equipa satélite.
Para a Ducati Corse a saída da Prima Pramac vai implicar escolher o que fazer às duas Desmosedici GP de fábrica que estão ao serviço da equipa de Paolo Campinoti. Tudo indica que essas motos serão, a partir de 2025, entregues à Pertamina Enduro VR46 de Valentino Rossi, com a Gresini Racing a continuar a usar motos do ano anterior.
Isto significará que Fermin Aldeguer, piloto atualmente em Moto2, mas que já está contratado pela Ducati Corse para subir ao MotoGP em 2025, deverá integrar a equipa Pertamina Enduro VR46.
Isto porque o manager do piloto já confessou que no seu segundo ano em MotoGP, Aldeguer vai ter, porque está explícito no seu contrato, uma Ducati de fábrica. Não estando na Ducati Lenovo Team, Aldeguer para ter uma moto com essa especificação terá mesmo de integrar a estrutura de Valentino Rossi.
Do ponto de vista da Prima Pramac, e a acreditar nos rumores de paddock, o contrato com a Yamaha vai dar à equipa privada um novo fôlego a nível financeiro.
Diz-se que a Yamaha tem reservado cerca de quatro milhões de euros para oferecer à Prima Pramac para o aluguer das duas YZR-M1, o que significa que a equipa não pagará nada por isso, para além de pagar os ordenados dos pilotos e engenheiros Yamaha colocados no seio da Prima Pramac para ajudar em cada Grande Prémio.
Uma oferta bastante tentadora para a Prima Pramac e que, a acreditar nas informações ainda não oficiais, levou mesmo a equipa de Campinoti a aceitar mudar de parceiro em MotoGP, deixando aquela que é considerada a melhor moto do plantel e arriscando tudo para competir com a M1, uma moto que está ainda longe das performances que permitem discutir as melhores posições.
Mas, tendo em conta o investimento que a Yamaha Racing está a fazer neste projeto, e tendo em conta a mudança de regulamentos para 2027, a Prima Pramac poderá estar aqui a pensar num futuro a médio prazo e não tanto nos resultados imediatos de 2025 ou até de 2026.
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