MotoGP 2025 – Um ‘cavalinho’ trama Fabio di Giannantonio

Fabio di Giannantonio caiu no final do 1º dia de teste em Sepang e fraturou a clavícula. A VR46 explica o que aconteceu e desculpa o piloto.

fabio di giannantonio

Se a queda do campeão Jorge Martin (Aprilia Racing) deixa muitas dúvidas por esclarecer, conforme explicamos aqui , a queda de Fabio di Giannantonio não tem nada de ‘segredo’. O piloto italiano, o único que vai competir com uma Ducati de 2025 para além dos pilotos de fábrica, caiu já no final do 1º dia do teste oficial de MotoGP em Sepang.

Dessa queda resultou uma fratura da clavícula esquerda, sendo de realçar que ‘Diggia’ já tinha sido operado ao ombro esquerdo na fase final da temporada passada.

O #49 deixa assim a equipa de Valentino Rossi desfalcada para o que resta desta pré-temporada, nomeadamente os testes oficiais de Sepang e ainda o de Buriram, que vai acontecer a meio da próxima semana no circuito Chang International, antes do arranque do campeonato com o Grande Prémio da Tailândia no final de fevereiro e início de março.

Quem reagiu ao que aconteceu a Fabio di Giannantonio foi Uccio Salucci, diretor desportivo da Pertamina Enduro VR46. E explicou o que aconteceu ao seu piloto:

“Parámos e o Diggia saiu para praticar o arranque. Entre as curvas 4 e 5 uma MotoGP quer fazer um cavalinho, quando queremos fazer tempos rápidos não podemos deixar fazer isso, mas quando nos queremos divertir deixamos fazer. Os pilotos nascem a fazer cavalinhos. Infelizmente, as MotoGP atuais não nos deixam fazer estas pequenas coisas, mas elas fazem. A roda da frente abrandou demasiado comparando com a traseira, e a frente, assim que tocou no solo, fechou de forma inesperada. Ele caiu e fraturou a clavícula”.

Salucci realça que Fabio di Giannantonio pediu desculpa a toda a equipa pelo que aconteceu, pois fica de fora numa altura crucial de preparação da temporada.

Mas o responsável pela equipa de Valentino Rossi refere que “Não quero que o faça (pedir desculpa), pois um piloto deve divertir-se. Eu cresci assim”, absolvendo o seu piloto desta situação.

Por outro lado, Uccio Salucci aponta a ‘mira’ aos pneus Michelin, algo que Massimo Rivola, por causa da queda de Jorge Martin, já o tinha feito.

O diretor da equipa Pertamina Enduro VR46 refere que não só têm poucos pneus para utilizar nos dias de teste oficial, como a Michelin coloca à disposição das equipas o pneu de composto Médio que não funciona no asfalto de Sepang.

“Um teste como este tem um custo de cerca de 350.000 euros por equipa e arriscamos não poder fazer voltas. Se eu quisesse fazer testes de forma ideal, o meu piloto deveria fazer 30 voltas por dia e isso não é possível. Trabalhamos apenas duas horas. Uma coisa absurda. Isto tem de mudar. Ontem o Franco caiu porque estava a rodar com o mesmo pneu que não funciona durante mais de uma hora. De facto, depois de um dia de teste já perdemos três protagonistas, entre eles o campeão do Mundo. Digo-o da forma mais tranquila e serena, a Dorna e a Michelin devem fazer alguma coisa. Nós, como equipa, estamos prontos para falar e encontrar um compromisso porque depois quase que tenho medo de fazer o teste. Esta manhã falei com todos os meus rapazes e disse-lhes que fizessem menos voltas, mas de qualidade. Não nos serve de nada fazer 100 voltas, se dessas apenas 30 são boas e 70 não”.

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