A Yamaha Racing, agora liderada por Paolo Pavesio, que substituiu no final do ano passado o britânico Lin Jarvis ao leme dos destinos do departamento de competição da casa de Iwata, continua a dar passos ‘seguros’ no que será o seu regresso ao topo do MotoGP.
Os testes de pré-temporada da categoria rainha mostraram que a Yamaha YZR-M1 na sua mais recente evolução, e ainda com o motor quatro cilindros em linha, continua a ter potencial para batalhar ‘mano-a-mano’ com as poderosas rivais equipadas com motor V4.
Mas a verdade é que a Yamaha Racing está, como se sabe e é público, a trabalhar num novo projeto que implicará a renovação completa do seu protótipo. O muito aguardado e falado motor V4 vai mesmo existir, mas a marca japonesa não poderá apenas pensar no motor de forma isolada.
A YZR-M1 tem de ser totalmente repensada.
E repensar por completo o protótipo, é um projeto que exige muitos cuidados, e que leva a Yamaha Racing a alocar vastos recursos humanos e não só ao desenvolvimento dessa nova moto e ao motor V4.
Isso mesmo foi assumido por Paolo Pavesio, que em declarações publicadas pelo portal alemão Speedweek, deixa antever quais serão os próximos passos que o departamento de competição da Yamaha vai dar. Nomeadamente qual será a estratégia escolhida para testar o motor, e quando é que isso vai acontecer.
“Para nós o importante é competir ano após ano, e fazer o melhor que pudermos. O que posso dizer com certezas é que não iremos competir numa corrida com o V4, com uma das nossas equipas oficiais em 2025. Mas o nosso pensamento ainda é de ‘quanto mais cedo, melhor’. Por isso, é aconselhável utilizar os nossos wildcards, o que poderá acontecer na segunda metade de 2025. As Concessões dão-nos essa hipótese, e é bom poder usar”, destaca Pavesio.
Isto significa que a estratégia da Yamaha Racing para estrear em público o seu motor V4 acontecerá, ao que tudo indica, pelas mãos do seu novo piloto de testes Augusto Fernandez.
Como a marca japonesa beneficia do nível máximo de Concessões de MotoGP, não está limitada ao uso de uma única especificação de motor, pelo que tem a possibilidade de usar o piloto espanhol para pilotar a nova M1 com motor V4 em situação de Grande Prémio, e não apenas em testes privados.
Mas ao mesmo tempo que assume a estratégia e possível data para estrear essa nova arquitetura do motor da M1, Paolo Pavesio reforça que este é mesmo um esforço enorme que a marca japonesa está a realizar:
“Temos de perceber que não se trata apenas de utilizar um novo motor. A decisão de utilizar um motor V4 significa que teremos de construir uma moto de MotoGP completamente nova. Repito: completamente nova! Não é possível desenvolver o motor como uma unidade isolada. Na prática, é impossível colocar um motor recém-criado na moto atual, e depois testar o motor”.
Assim, teremos a Yamaha Racing a trabalhar em paralelo no desenvolvimento do atual protótipo M1 com motor quatro cilindros em linha, uma moto que Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha) acredita que ainda tem o potencial para ser competitiva, e também no totalmente novo protótipo M1 equipado com motor V4.
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