Hoje juntaram-se em pista duas categorias bem diferentes, MotoGP e Superbike. Foi no circuito de Jerez de la Frontera, onde algumas equipas do Mundial de Superbike partilharam a pista com algumas equipas de MotoGP em testes privados que decorrerão até sexta-feira.
Estiveram 27 pilotos em pista, aproveitando o bom que se tem feito sentir na região. Entre as MotoGP foi notada a ausência da Repsol Honda, que deu por encerrados os testes e só regressará à pista no final de Janeiro, e da Movistar Yamaha, que preferiu testar longe dos olhares alheios, em Sepang, na Malásia, com a presença da equipa satélite Tech3.
O mais rápido deste primeiro dia, foi Andrea Inannone, que ficou a cerca de 0,031 s da pole conseguida em Maio por Dani Pedrosa. De realçar que, depois do GP de Espanha, o circuito foi reasfaltado, e esta foi a primeira vez que os pilotos de MotoGP rodaram no novo piso.
O segundo melhor tempo foi para Cal Crutchlow, a fazer o trabalho de sapa para o HRC, rodando em três motos diferentes, dois diferentes protótipos de 2018 e uma versão de 2017 para comparação.
Andrea Dovizioso e Jorge Lorenzo ocuparam as posições seguintes no final do dia, mas ainda sem o protótipo definitivo da Ducati, que só deverá estar pronto para os primeiros testes oficiais de 2018, foram dos pilotos que menos voltas completaram.
Pol Espargaró e Bradley Smith continuaram a testar novos componentes da ciclística na KTM, nomeadamente o braço oscilante testado já em Valência, com Pol a terminar o dia a menos de 0,4 s do melhor tempo.
A equipa oficial Honda não estava, mas o Campeão do Mundo, Marc Marquez esteve presente, mas com uma missão diferente: acompanhar o seu irmão Álex, que depois do almoço ocupou o lugar de Takumi Takahashi aos comandos da Honda da Marc VDS que Thomas Lüthi não teve ainda oportunidade de experimentar, por estar ainda a recuperação da lesão.
Esta foi a segunda vez que Álex Marquez teve oportunidade de rodar numa Honda RC213V, depois de o ter feito em Valência no final da temporada de 2014, quando conquistou o título de Moto3: como ‘prenda’ o HRC ofereceu-lhe a possibilidade de rodar na moto do seu irmão Marc nos primeiros testes de pré-temporada.
Mas desta vez em Jerez foi um teste mais a sério, e que continuará amanhã. «Realmente desfrutei e foi uma boa experiência. É muito diferente da Moto2, primeiro porque tem muito mais potência, o que é incrível, mas também porque a roda dianteira parece nunca tocar no chão!», disse o piloto espanhol. «Isto é algo em que tenho que trabalhar amanhã, porque terei mais tempo para rodar. É bom ter o Marc aqui no circuito. Ele hoje foi ver-me na pista e será uma grande ajuda amanhã quando começarmos a trabalhar na afinação para ter a moto pronta para o Tom [Lüthi] testar na Malásia em Janeiro», explicou o mais jovens dos Marquez.
Aleix Espargaró não esteve presente nestes testes, mas a Aprilia teve as suas duas motos em pista: a par de Scott Redding, rodou Eugene Laverty com a Aprilia RS-GP, desempenhando desta vez a função de piloto de testes para o construtor italiano.
A Suzuki também teve Sylvain Guintoli aos comandos da GSX-RR em vez de Álex Rins.
Superbike
O mais rápido dos pilotos de Superbike presentes foi Tom Sykes, que ficou em 6.º a pouco menos de um segundo de Andrea Iannone, com Jonathan Rea em 8.º; as equipas do Mundial de SBK continuam a trabalhar em função do novo regulamento técnico que traz alterações para 2018 (ver aqui).
Em pista estiveram também dois pilotos do campeonato britânico de SBK, Dan Linfoot e Jason O’Halloran, cujo regulamento é bem diferente, uma vez que não existem ajudas electrónicas.
Durante o dia registaram-se as quedas de Jonathan Rea, Pol Espargaró, Xavier Simeon e Chaz Davies, das quais os pilotos sairam ilesos.
Os testes prolongam-se até sexta-feira.
Melhores tempos do dia aqui.