Foi esta manhã que, em conferência de imprensa levada a cabo no Autódromo Internacional do Algarve que foi oficializada a realização do GP de Portugal de MotoGP nos próximos dois anos, 2025 e 2024.
A conferência de imprensa dedicada ao MotoGP contou com a presença de Álvaro Bila (Presidente da CM de Portimão); Jaime Costa (CEO Parkalgar); André Gomes (Presidente da Região de Turismo do Algarve; Pedro Machado (Secretário de Estado do Turismo); Pedro Dias (Secretário de Estado do Desporto) e Carlos Abade (Presidente do Turismo de Portugal) – na foto, da esquerda para a direita.
Esta é a primeira vez que, desde o regresso do Mundial de Velocidade a Portugal, o evento é garantido para dois anos. A data do GP de Portugal no próximo ano não foi ainda divulgada (o calendário oficial da temporada de 2025 deverá ser anunciado amanhã), mas deverá ser um dos últmos GPs da época, por isso deverá realizar-se em finais de outubro ou já em novembro.
Secretário de Estado do Turismo reconhece importância do evento
As entidades oficiais reconheceram que a realização dum evento desta magnitude é muito importante para a região, mas também para Portugal. «O Grande Prémio de MotoGP é um dos eventos desportivos com maior visibilidade em todo o mundo, chegando a mais de 200 países e a mais de 430 milhões de lares», afirmou Pedro Machado, Secretário de Estado do Turismo; «Logo, estamos a falar de um acontecimento que tem uma capacidade única de promover e projectar Portugal como destino turístico e como organizador de grandes eventos desportivos. Ao apoiarmos a realização destas iniciativas estamos a reforçar a reputação e a capacidade de atracção do nosso país. Isso é, do ponto de vista do turismo, muito relevante. Tem também um impacto económico imediato na economia regional que é igualmente significativo, uma vez que se trata de uma prova que movimenta milhares de pessoas, durante vários dias, entre espetadores e staff das equipas em competição», concluiu.
O anúncio coloca assim ponto final na incerteza que rodeou, durante meses, a realização do ‘nosso’ GP, e isso deixa muito satisfeito Jaime Costa, sucessor de Paulo Pinheiro como CEO da Parkalgar: «É um enorme orgulho podermos continuar a ter no Autódromo Internacional do Algarve uma ronda do MotoGP e ver o reconhecimento do nosso esforço e trabalho, que tem vindo a ser desenvolvido desde 2020. O Grande Prémio de Portugal e o nosso traçado, com as suas particularidades únicas no calendário, são já uma referência para os pilotos e equipas».
Impacto económico
Com o GP de Portugal a estar também garantido para 2026, isso também dá outra perspectiva ao circuito em termos de planeamento: «O facto de fecharmos um contrato por dois anos permite-nos encarar o evento de uma forma totalmente distinta, com uma continuidade de melhoria na oferta da experiência do espectador, de forma alcançar números recorde de visitantes ao nosso circuito e consequentemente ao país e região, deixando assente as suas mais valias económicas para o território. Estamos já a trabalhar no GP de 2025, para que seja, uma vez mais, um evento único em Portugal», explica Jaime Costa.
O GP de Portugal é o evento do AIA com maior impacto financeiro na região. Injetou cerca de 80 milhões de euros na economia local em 2024, graças às 170 000 entradas ao longo do fim de semana do último GP. A esses há que juntar ainda toda a população do paddock, de pilotos a mecânicos e media.
Mas não só: desde 2022 (pós-COVID) o Autódromo Internacional do Algarve foi responsável na sua actividade por 650 000 noites de alojamento, 40 milhões de euros em compras nacionais, 35 milhões de euros em exportações, 16 milhões de euros em VAB (Valor Acrescentado Bruto) e um total de 343 milhões de impacto económico. Foi ainda visitado durante esse mesmo período por 2 milhões de visitantes.