A Dorna anunciou hoje que Randy Mamola vai entrar na Hall Fame e tornar-se numa Lenda de MotoGP. A cerimónia oficial da nomeação será realizada no GP das Américas, que decorrerá de 20 a 22 de Abril em Austin, Texas. O ex-piloto americano, agora com 58 anos de idade esteve no Mundial de Velocidade entre 1979 e 1992 – com um ano de paragem em 1991. Apesar de nunca se ter sagrado campeão mundial, foi um dos pilotos mais reconhecidos e aclamados da sua geração. Vai mantendo a sua popularidade até aos dias de hoje.
«Não esperava, mas foi uma agradável surpresa começar o meu dia com um telefonema destes!», disse um radiante Mamola depois de ser informado da distinção. «Disse à minha mulher e ao meu filho, e como devem imaginar deram-me os parabéns, mas depois ‘Oh, não! Agora temos que viver com uma lenda!’. MotoGP é a minha vida e estou no paddock há 39 anos. Vi tantas coisas desde que aqui cheguei com 19 anos é uma honra e um privilégio ser incluído num grupo de pilotos de nível tão elevado», acrescentou o americano. Junta-se assim a uma lista onde constam Giacomo Agostini, Mick Doohan, Mike Hailwood ou Marco Simoncelli. Depois de Nicky Hayden, Wayne Rainey, Kenny Roberts, Kenny Roberts Jr., Kevin Schwantz e Freddie Spencer, Randy Mamola é o sétimo americano a escrever o seu nome da ‘parede das lendas’ de MotoGP.
Geração de ouro
Randy Mamola pertenceu a uma geração dourada de pilotos americanos que mudaram os grandes prémios. O californiano ganhou popularidade pelos seus espectaculares – e quase acrobáticos – dotes de pilotagem. Apesar de nunca ter conquistado o título de 500 cc, Mamola foi quatro vezes vice-campeão mundial (1980, 1981, 1984 e 1987) com três motos diferentes: Suzuki, Honda e Yamaha. Mamola foi ainda durante três anos um dos pilotos da Cagiva na aventura da marca italiana na categoria de 500.
Ao longo da sua carreira no Mundial, Randy Mamola conquistou 13 vitórias na categoria rainha. Fez ainda um total de 54 pódios, a juntar a 5 pole positions e 12 voltas mais rápidas em corrida. Depois de terminar a sua carreira como piloto Mamola não deixou o paddock. Pilotou durante uns anos a Yamaha e depois a Ducati de dois lugares. Levou muitas centenas de convidados a experimentar as sensações fortes de uma moto de grande prémio à sua pendura.
Dedicou-se ainda durante alguns anos aos comentários televisivos. Fez equipa com Toby Moody, Dennis Noyes e Julian Ryder. Hoje é mentor de alguns pilotos – para além do seu filho Dakota. É ainda manager de alguns deles, como Bradley Smith. Randy Mamola foi ainda o fundador, a par de Barry e Andrea Coleman, no início dos anos ’90, da Riders for Health. Hoje é denominada apenas Riders, uma ONG de apoio médico a populações em países africanos em vias de desenvolvimento. Esta é uma merecida distinção a um dos mais carismáticos pilotos da história do Mundial de Velocidade.