Num fecho de campeonato marcado pelas condicionantes derivadas do mau tempo que se abateu sobre o circuito de Losail no Qatar, o alemão Sandro Cortese ao ser segundo classificado no final de 12 animadas e dramáticas voltas sagrou-se campeão do mundo Supersport 2018.
À chegada ao Qatar Cortese e os restantes pilotos do campeonato souberam que Lucas Mahias tinha sido considerado vencedor da prova de Portimão. A decisão do CAS surgiu depois de um protesto e colocou o francês na terceira posição do campeonato, mas sem possibilidade de vencer o título pelo segundo ano consecutivo. Essa luta estava entregue a Cluzel e Cortese mas agora com apenas cinco pontos a separarem os dois pilotos o que na prática obrigava qualquer um dos dois candidatos a vencer e não a poder gerir como os anteriores seis pontos de vantagem permitiam a Cortese.
Depois de muitos atrasos e condicionantes devido à muita chuva que caiu sobre o circuito a corrida arrancou quase uma hora e meia depois da hora inicialmente prevista para curtas 12 voltas e com Lucas Mahias a arrancar na ‘pole’ para este fecho de época. Com a pista a mostrar ainda alguns pontos molhados – nomeadamente na recta da meta e penúltima curva – todos sobreviveram ás armadilhas ao longo da prova e depois de Cluzel e Cortese terem liderado, tudo se precipitou já nas derradeiras voltas quando Cluzel e Cortese ‘aqueceram’ em demasia a intensidade da luta e deixaram que Mahias, até então no terceiro posto sem se intrometer entre os pretendentes ao ceptro, assumisse o comando e se destacasse.
A partir desse momento Cortese precisava apenas de ficar atrás de Cluzel para ser campeão com um ponto de vantagem, mas Cluzel perdeu a cabeça e depois de ter tentado um ‘toque’ na entrada para a primeira curva na derradeira volta acabaria por cair ao tentar desesperadamente provocar a queda do alemão que percebendo as intenções do piloto da NRT não se deixou apanhar. Cluzel por duas vezes caiu na derradeira volta, Mahias venceu e foi segundo no campeonato com Cortese a sagrar-se campeão no ano de estreia, sendo o segundo alemão a ser campeão do mundo na classe depois de Jorg Teuchert no distante ano de 2000. Um final de campeonato emotivo e dramático, onde Cluzel errou e Cortese aproveitou.
