Falta pouco mais de uma semana para a FIM Supermoto World Cup, a prova que atribuirá o título mundial da categoria-rainha do Supermoto, a S1, no Circuito Internacional de Montalegre. São esperados mais de três dezenas de pilotos oriundos de 13 países: Portugal, Itália, França, Espanha, Alemanha, Suíça, Áustria, República Checa, Finlândia, Noruega, Brasil, Colômbia e Martinica.
Na apresentação pública no Castelo de Montalegre, David Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipal de Montalegre, destacou a importância da realização destes eventos internacionais no município barrosão. ‘Temos um circuito com condições de topo e acredito que poderemos fazer com o Supermoto o mesmo trabalho que foi feito ao longo destes anos com o Ralicross. Montalegre é um município com enormes potencialidades e estes eventos internacionais permitem projectar o concelho e a própria região do Alto Tâmega em Portugal e no estrangeiro, sobretudo na nossa vizinha Espanha.’ referiu David Teixeira.
Parte fundamental na organização desportiva do evento é a Federação de Motociclismo de Portugal (FMP), em conjunto com o Clube Automóvel de Vila Real (CAVR). Serafim Nunes, presidente da Comissão de Supermoto da FMP, destacou ‘…a qualidade do circuito de Montalegre, que, na minha opinião, não fica nada a dever às melhores pistas de Supermoto do mundo. O município fez um trabalho excepcional na construção de uma versão para Supermoto, incluindo as alterações que solicitámos após o evento de teste, na Taça de Portugal de Supermoto, em junho.’
Jorge Almeida, o presidente do CAVR, também recordou ‘A longa história do clube no motociclismo, inclusive nas provas do Tourist Trophy em Vila Real. Mas o Supermoto é um novo desafio para os comissários e toda a equipa do CAVR, um desafio que vamos abraçar com o máximo empenho e profissionalismo.’
Portugal também estará representado na grelha da Taça do Mundo FIM, com pelo menos seis pilotos nacionais a ombrearem com a elite do Supermoto. Nuno Pinto e Ivo Grácio revelaram o orgulho por participarem no maior evento da modalidade em Portugal. ‘Claro que é muito especial ter a Taça do Mundo no meu país e na minha região.’, afirmou Nuno Pinto, piloto de Chaves que já foi campeão de Supermoto em Portugal e Espanha. ‘Espero que esta prova também sirva para divulgar mais a modalidade em Portugal, pois este desporto é espetacular e tem muito potencial.’
Um sentimento partilhado por Ivo Grácio, que estabeleceu como grande objectivo ‘a presença entre os 32 pilotos que acedem à fase final. A partir daí, tudo é possível mas só o facto de representarmos o nosso país numa grelha onde estão os melhores do mundo já é um orgulho.’ referiu o piloto de Ponte de Lima.
O espectáculo da Taça do Mundo
A Taça do Mundo FIM atribui o título de Campeão do Mundo de Supermoto em 2019. A Federação Internacional de Motociclismo também criou uma Junior Cup, cujo título será disputado por pilotos até aos 23 anos de idade.
Estarão presentes oito equipas profissionais, incluindo a equipa de fábrica da italiana TM. Entre a lista de pilotos incluem-se vários nomes consagrados:
- Thomas Chareyre (francês), pluricampeão do Mundo de Supermoto, campeão da Europa e campeão de França em 2018;
- Markus Class (alemão), campeão da Alemanha de Supermoto;
- Elia Sammartin (italiano), campeão da Europa de Supermoto Lites;
- Diego Monticelli (italiano), campeão de Itália de Supermoto;
- Laurent Fath (francês): vencedor do Supermoto das Nações em 2018;
- Pedro Rehn (brasileiro): campeão do Brasil de Supermoto;
- Jaume Gaya (espanhol): campeão de Espanha Júnior de Supermoto;
- Lukas Hollbacher (austríaco): campeão da Áustria de Supermoto;
- Petr Vorlicek (checo): bicampeão da Europa de Supermoto e bicampeão da Alemanha.