Com o actual programa GYTR, a Yamaha coloca à disposição de equipas e pilotos privados, material muito competitivo, desenvolvido pela equipa oficial da marca nos campeonatos mundiais de pista. Desta forma, e sem sair de uma loja GYTR PRO, qualquer um de nós pode ter uma moto capaz de liderar corridas. Mas o caso da YZF-R7 é diferente já que o modelo não tem correspondência com a competição actualmente, mas ainda assim é uma moto que se mostra muito eficaz em ambiente de pista. O Circuito de Paul Ricard em França, recebeu-nos num evento organizado pela Yamaha para ficarmos a conhecer o que de melhor sua linha GYTR oferece para quem quer competir em pista.
Testámos a YZF R7 primeiro na versão stock e posteriormente preparada com o que de melhor o catálogo GYTR tem para oferecer. Genuine Yamaha Technology Racing, é o nome que engloba todos os esforços que a marca aplica em desenvolver produtos dedicados em específico para as suas motos, de forma a prepara-las para garantirem as melhores prestações em competição. Seja para “terra” ou para asfalto, a GYTR propõe muitas soluções técnicas para garantir aos privados, motos o mais competitivas possível, ao nível das equipas que estão a correr a nível mundial em Superbikes e Supersport Com a GYTR sem sair do mesmo sítio, encontramos tudo o que é necessário para a nossa moto, desenvolvido, dimensionado e afinado para as suas especificações. Mesmo os elementos que são produzidos por terceiros, como a Brembo, Öhlins e Akrapovic, para mencionar apenas algumas, foi aperfeiçoados para cada um dos modelos.
A R7 que testamos, mas ainda não é usada em competição, mostrou ser um solução perfeita para quem quer iniciar-se em pista. É uma moto fácil de pilotar, controlável e ligeira, mas ainda assim muito eficiente. O teste desta moto, feita numa das versões mais curtas do circuito de Paul Ricard, sem a longa reta Mistral, começou com uma saída com a versão de estrada. Sem qualquer preparação para pista a não ser a remoção de elementos supérfluos, como “piscas” e espelhos,acabou por surpreender. Começa pela posição de condução, que não sendo desconfortável, está muito bem pensada para uma condução desportiva. A moto, embora pequena, tem bastante espaço para que um adulto de mais de 1,8 metros se consiga mexer facilmente de um lado para o outro em pista, facilitando a colocação da moto na trajectória certa. O comportamento da YZF-R7 em pista é muito bom, muito equilibrada, directa na forma com a direcção reage e capaz de ser rápida sem causar calafrios. O motor bicilíndrico tem uma resposta generosa a médios regimes o que facilita a evolução nesta versão curta da pista, sem grandes retas. O ponto menos positivo será a ligeira falta de tacto da suspensão dianteira, que é pouco informativa e nos leva a retrair na entradas mais fortes em curva. O tacto da travagem também não é o mais direto para uma utilização desportiva.
Na versão preparada destaca-se de imediato o aspecto de “verdadeira” moto de corrida com que fica. Com todo o material GYTR instalado a percepção de qualidade que temos da moto é fenomenal. Os elementos escolhidos focam-se fundamentalmente na utilização em pista, destacando-se elementos como o amortecedor traseiro, as melhorias na forquilha dianteira e travagem, todo o conjunto de carenagens, o sistema de escape e a transmissão final.
Assim que voltamos à pista a sente-se de imediato um tacto muito mais direto, com uma moto que reage de forma mais rápida e garante mais informação da capacidade de aderência, em especial do trem dianteiro. Passamos a conseguir confiar na roda da frente em especial na entrada da curva lenta que dá acesso à reta da meta, feita “pendurado” nos travões até ao apex. Com as melhorias a forquilha uma maior precisão e eficácia. O motor passa a respirar de forma mais solta, com o sistema de escape Arkrapovic, com uma sonoridade bem mais melodiosa sem ser excessiva, com um sistema de quickshifter que ajuda no crescendo de velocidade.
FICHA TÉCNICA: Yamaha YZF-R7 GYTR
Preço: 9.195 euros
Peças extra: 7.200 euros (aprox.)
Tipo: bicilíndrico, 4T, refrigeração por líquido
Distribuição: 4 válvulas por cilindro
Diâmetro x Curso: 80 x 68,6 mm
Cilindrada: 689 cc
Taxa de com pressão: 11,5:1
Alimentação: Injecção electrónica
Ignição: Electrónica
Arranque: Eléctrico
Embraiagem: Multidisco em banho de óleo, comando hidráulico
Caixa: 6 velocidades
Final: corrente 520, 15/42
Quadro : Diamante
Suspensão Dianteira: forquilha invertida, com cartucho Öhlins mola 95 N/mm (opcional)
Suspensão Traseira: amortecedor Öhlins STX 46, totalmente ajustável (opcional)
Travão Dianteiro : discos de 298 mm, pastilhas Brembo Z04 Racing (opcional)
Travão Traseiro : 1 disco de 245 mm
Pneus Dianteiros : 120/70 -17″
Pneu Traseiro : 180/55- 17″
Comprimento Máximo : 2070 mm
Largura Máxima: 705 mm
Distância entre Eixos: 1395 mm