A SYM complementou a sua gama de motos de 125 cc com caixa de velocidades com a introdução das NH-X e NH-T, fazendo companhia à já bem estabelecida Wolf 125. Apesar de ambas estarem no segmento naked, a Wolf tem linha mais tradicionais que a NH-X, com a traseira mais minimalista; o suporte da matrícula está apoiado no braço oscilante e as linhas são mais angulosas; o guiador na NH-X está ligeiramente mais elevado, e os pousa-pés também estão ligeiramente mais adiantados, resultando numa posição mais relaxada.
Este contacto com a SYM NH-X 125 encontra-se na edição Nº 1491 (Setembro de 2020) da Motojornal em https://fast-lane.pt/produto/motojornal-1491/
O painel de instrumentos é um ecrã de cristais líquidos de fundo âmbar. Tem todas as informações básicas, incluindo o indicador de nível de combustível. Uma novidade bem vinda é a tomada USB colocada numa posição acessível junto à coluna de direção, podendo alimentar um telefone ou GPS montado no guiador. A DRL e o farolim traseiro são LED, assim como os indicadores de mudança de direção.
O motor é uma simples mas comprovada unidade monocilíndrica com refrigeração por ar, montado num quadro tubular. À frente conta com uma forquilha telescópica convencional, e atrás com um amortecedor. As rodas são ambas de 17 polegadas de diâmetro, equipadas com pneus CST. A travagem está a cargo de um disco de Ø260 mm na dianteira, outro de Ø220 mm na traseira, com travagem combinada (CBS) em vez de ABS, de modo a conter os custos.
A NH-X apresenta-se como mais uma opção para quem quer uma moto economicamente acessível e competente para uma utilização diária, aliada a uma estética moderna e apelativa, como uma streetfighter. É verdade que as scooters são mais populares – porque são mais práticas no dia-a-dia, é inegável -, mas uma moto como a NH-X tem outra presença, permite outra condução e é um degrau a caminho de uma moto de maior cilindrada.
O motor tem as prestações que encontramos noutras unidades com características semelhantes, bem-adaptado especialmente à utilização urbana. Sobe limpa e linearmente de rotação, sem vibrações nefastas, e a caixa de cinco velocidades, de funcionamento preciso e suave, permite levar a NH-X aos 100 km/h. A sua agilidade deixa-a à vontade na cidade, e todo o conjunto é bastante competente. A travagem está bem dimensionada para as prestações desta naked. Lida facilmente com o trânsito urbano, é confortável para percursos mais longos e, caso haja necessidade, pode levar uma top case.
A unidade que experimentámos já tinha a grelha de suporte da mala. Neste segmento das 125 cc – e especialmente nesta gama de preços mais acessíveis – as ofertas são tantas, que começa a ser difícil fazer a diferença.
Tecnicamente a NH-X não difere de tantas outras propostas do mercado e entra também na ‘guerra’ com um preço de combate – 2999€ (ndr. Dezembro 21) – e, com mais virtudes que defeitos, torna assim a escolha mais difícil a quem está indeciso. A diferença estará naquilo que a moto e a marca ‘dizem’ a cada potencial cliente.