Quando compramos uma moto nova e a levantamos no concessionário, tudo parece perfeito! Mesmo com os cuidados que devemos ter durante o período de rodagem nos primeiros quilómetros, a moto funciona na perfeição. Mas este “sonho” não dura para sempre, e por isso tenha em conta que existem 5 dicas para melhorar a sua moto.
Com o passar dos quilómetros, e por vezes devido a uma manutenção menos cuidada, a nossa moto começa a mostrar sinais de fadiga. Alguns componentes perdem a sua eficácia. Outros precisam de ser substituídos. Por vezes somos obrigados a fazer investimentos avultados para que tudo volte ao normal.
Mas com estas 5 dicas para melhorar a sua moto vai perceber que não precisa de fazer um grande investimento. E nalguns casos até pode poupar muitos euros!
1 – Verifique os pneus
Isto pode parecer básico mas é uma das dicas fundamentais. Muitas vezes os motociclistas tendem a esquecer-se de verificar os pneus da moto. Principalmente a pressão. Muitos motociclistas não se apercebem de como a pressão correta dos pneus tem uma grande influência no comportamento da moto.
Mesmo que os pneus estejam bons e as válvulas a funcionar corretamente, a pressão vai diminuindo com o tempo. Essa diminuição ocorre de forma lenta – a não ser que exista um furo! – e por isso o motociclista tem a tendência para se ir acostumando ao comportamento da moto.
Devido à pressão demasiado baixa no pneu dianteiro, a direção torna-se mais lenta a reagir aos nossos impulsos. Na roda traseira, pressão demasiado baixa aumenta a instabilidade em aceleração e até mesmo em curva. O pneu “move-se” mais do que devia. Isto resulta numa moto imprecisa e menos segura. E o desgaste dos pneus será bastante pronunciado.
Antes de visitar o seu mecânico a queixar-se, verifique a pressão dos pneus da sua moto. É uma dica básica, que não lhe custa dinheiro, mas que, em última análise, poderá melhorar muito a sua moto.
A pressão correta para os pneus da sua moto pode ser encontrada no manual da moto ou num autocolante no braço oscilante da moto.
2 – Kits de suspensão dianteira
Algumas dicas não obrigam a gastar dinheiro. Mas nesta segunda dica já será necessário abrir os “cordões à bolsa”. Existem no mercado de acessórios diversos kits alternativos. Incluem molas, válvulas ou até o óleo que está no interior da forquilha.
Estes kits de suspensão dianteira melhoram significativamente o comportamento da sua moto. Poderá assim voltar a sentir consistência nas travagens ou uma melhor capacidade de reação aos ressaltos no asfalto.
Se a aquisição de um kit de suspensão dianteira for demasiado dispendiosa para si, lembre-se que o óleo da suspensão deverá ser trocado regularmente. Verifique no manual de manutenção da sua moto quando o deverá fazer de acordo com as indicações do fabricante. Lembre-se também de verificar o estado dos retentores das bainhas. Por vezes estão ressequidos e deixam passar o óleo.
3 – Um vidro / cúpula para uma naked
Se a sua moto for do tipo naked, e por isso sem proteção aerodinâmica a alta velocidade proveniente das carenagens integrais, é possível adquirir e instalar com relativa facilidade um vidro dianteiro ou cúpula.
Existem opções mais genéricas e outras específicas para cada modelo de moto. Isto é importante pois nestes casos estaremos a alterar a configuração aerodinâmica da moto naked conforme foi desenvolvida pelo fabricante. Um vidro maior pode oferecer mais proteção aerodinâmica. Mas por outro lado, demasiada resistência ao ar terá efeitos negativos na direção e estabilidade da moto.
Adicionar um vidro a uma moto naked é uma opção quase obrigatória e uma dica bem-vinda pelos motociclistas que usam este tipo de motos em trajetos mais abertos ou em viagens, por exemplo em autoestrada.
4 – Trocar a ponteira de escape?
É uma das grandes tentações dos motociclistas. Trocar a ponteira de escape de origem por uma que seja mais “aberta” e proporcione uma experiência sonora mais “racing”. Mas isso nem sempre será benéfico para a sua moto! E ter isto em conta pode ajudar a poupar muitas centenas ou milhares de euros.
Basta pensar que uma moto sai de fábrica configurada para trabalhar com componentes que foram desenvolvidos para otimizar o funcionamento do conjunto. Neste caso, o sistema de escape é uma parte integrante do motor. Os parâmetros da injeção estão definidos para uma ponteira de origem. Trocar essa ponteira por uma “racing”, sem realizar as necessárias correções na eletrónica, resultará num funcionamento abaixo do potencial real do motor.
Mas o apelo de uma sonoridade “racing” pode ser irresistível…
5 – Tubos de travão em malha de aço
O nosso último conselho nesta lista de dicas aponta à travagem. Os tubos de travão funcionam como condutas que ligam a bomba de travão às pinças de travão nas rodas da moto. Dentro destes tubos está um líquido específico de travões. Quando apertamos a manete ou acionamos o pedal de travão posterior, obrigamos o líquido a “pressionar” os pistões no interior das pinças de travão e assim as pastilhas “mordem” os discos.
Durante os momentos de travagem, e em particular numa condução mais exigente, por exemplo numa estrada de montanha com muitas curvas apertadas ou num circuito, os tubos de travão sofrem enormes pressões sob a força de travagem e aumento da temperatura do líquido no seu interior. Isto resulta, nos casos mais extremos, numa perda de eficácia da travagem e até mesmo num tato esponjoso na manete que acaba por percorrer um curso maior quando a apertamos.
Uma forma de evitar a perda de eficácia dos travões é substituir os tubos. A grande maioria das motos utiliza tubos de travão em borracha ou material semelhante. Estes tubos dilatam mais facilmente, por exemplo. Pode facilmente trocar os tubos originais de borracha por tubos em malha de aço.
Estes tubos em malha de aço são relativamente acessíveis em termos de preço e instalação é simples. A sua utilização evitará os problemas referidos anteriormente, e vai poder sentir uma ligação mais direta entre a força aplicada na manete e a forma como a pinça “morde” o disco. A sua moto irá apresentar uma consistência de travagem muito superior.