A maldição de ‘Quim’ Rodrigues

Em quatro anos Joaquim Rodrigues viu sempre a prova ser 'decidida' na primeira etapa, ou quase.

Em quatro participações de Dakar Joaquim Rodrigues nunca foi feliz na primeira etapa da prova, ficando o seu resultado condicionado ou sendo mesmo forçado a abandonar como sucedeu em 2018 quando uma queda logo no arranque da primeira especial da prova, que ligava a capital do Peru a Pisco quase lhe colocou mesmo um ponto final numa bem recheada carreira dividida pelo motocross, supercross e agora TT.

No ano de estreia no Dakar, em 2017, Joaquim Rodrigues fracturou o dedo polegar da mão direita logo na primeira etapa mas manteve-se em prova e fechou a competição com um brilhante 10º lugar final. Em 2018 o malfadado acidente no Peru levou o piloto de Barcelos a uma longa recuperação, que ultrapassou para estar no arranque da prova. Mas uma problema com a bomba de gasolina quase o deixou fora de prova, forçando-o a um ritmo muito lento até chegar ao reabastecimento ainda na primeira etapa daquele que foi o derradeiro Dakar em solo sul-americano. A prova ficou de imediato condicionada e Rodrigues subiu ao palanque final em 17º.

Em 2020 não estará no palanque final porque mais uma vez a ‘maldição’ da primeira etapa o afectou. Um misterioso problema eléctrico que o deixou parado no primeiro abastecimento e o colocou fora de prova. Joaquim Rodrigues continua em pista neste Dakar beneficiando do ‘Joker’ do Dakar Experience, mas está fora da classificação geral e mais não pode aspirar do que conseguir bons resultados nas especiais e ajudar os seus colegas na Hero caso seja necessário. Mais uma vez o primeiro dia ‘decidiu’ o resultado do recruta da Hero.