Apesar do carácter de urgência no pedido de audiência ao Ministro de Administração Interna a 18 de Janeiro, na sequência das polémicas notícias sobre sinistralidade rodoviária, ‘Lei das 125 cc’ e inspecções, só hoje, mais de um mês depois, ACAP – Associação Automóvel de Portugal e FMP – Federação de Motociclismo de Portugal foram recebidas no Ministério de Administração Interna. Não pelo Ministro Eduardo Cabrita, mas pelo Secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Tavares Neves.
O objectivo foi «de uma forma esclarecida e objectiva debaterem a mobilidade, a prevenção rodoviária e a sinistralidade em duas rodas nas cidades e estradas de Portugal.»
Na audiência estiveram presentes Manuel Marinheiro, Presidente da FMP, Hélder Pedro, Secretário Geral da ACAP e Filipe de Almeida, Vice-Presidente da Assembleia Geral da ACAP, que discutiram com o Secretário de Estado os temas que levantaram a polémica, apresentando dois memorandos (ver em baixo) sobre o assunto que resumem as posições da ACAP e FMP.
Os representantes destas duas entidades manifestaram ainda «total disponibilidade para colaborar com o governo e demais entidades nas ações de prevenção e formação necessárias a uma melhor e mais segura mobilidade e à redução da sinistralidade».
Polémica da sinistralidade deu origem a mega manifestação
Na sequência das polémicas declarações do Ministro da Administração Interna em meados de Janeiro, em que manifestou intenção de alterar a ‘Lei das 125 cc’ e implementar inspecções técnicas obrigatórias antes da UE em consequência dos dados da sinistralidade de 2017, o GAM – Grupo Acção Motociclista organizou uma mega manifestação no passado dia 18. O protesto contou com milhares de motociclistas em várias cidades portuguesas, para demonstrar como o MAI e a sua leitura dos números estavam errados.
Em baixo, osemorandos entregues hoje no MAI ao Secretário de Estado da Protecção Civil pelos representantes da ACAP e FMP (clicar para ler cada documento PDF):