Foi a 7 de novembro do ano passado, por ocasião da apresentação das novidades no Salão de Milão EICMA, que a Honda decidiu revelar em estreia mundial aquela que será a sua naked de maior performance e substituirá a atual CB1000R. A Honda CB1000 Hornet já foi apresentada como modelo de 2024, porém, até agora, esta novidade nipónica continua ausente dos concessionários.
Afinal, o que se passa para ainda não podermos comprar uma Honda CB1000 Hornet?
A resposta a esta pergunta é parcialmente respondida pela própria marca japonesa. Fontes da Honda revelaram à revista especializada alemã Motorrad que existe mesmo um atraso no início de comercialização deste modelo. Porém, a razão para se verificar este atraso continua por ser confirmada.
Assim, e ao contrário do que estava inicialmente previsto pela Honda, que seria colocar a CB1000 Hornet à venda na Europa durante os primeiros trimestres de 2024, agora as informações colocam um “deadline” apenas para início de 2025.
Teremos então de aguardar mais quase meio ano para podermos conhecer todos os detalhes da versão de produção daquela que será a variante mais potente da gama Hornet. Porém, a Honda já foi adiantando alguns detalhes técnicos deste projeto.
O motor quatro cilindros em linha é o mesmo ‘bloco’ de 999 cc que encontramos na superdesportiva Fireblade de 2017. Neste caso a marca realizou diversas modificações que permitem anunciar uma potência máxima superior a 150 cv e um binário que quando atingir o pico estará acima dos 110 Nm.
O condutor da CB1000 Hornet poderá explorar a potência e binário do motor tetracilíndrico japonês através do acelerador eletrónico “Throttle by Wire”, com parametrizações específicas para esta naked.
De série o sistema eletrónico disponibilizará três modos de condução que, como sabemos, afetam a forma com a potência e binário são disponibilizados, e o controlo de tração será ajustável.
A embraiagem é do tipo assistida e deslizante, uma característica particularmente útil quer para os momentos de condução em ambiente urbano em que somos obrigados a solicitar de forma mais frequente a caixa de velocidades, mas que também se revelará importante nos momentos de condução mais ‘agressiva’ e em particular nas reduções de caixa, evitando o bloquear da roda traseira.
O quadro é aço é combinado com um subquadro tubular, elementos que praticamente passam despercebidos deixando em destaque os componentes mecânicos como o motor, mas também da ciclística.
A este nível destacamos a forquilha Showa SFF-BP com bainhas de 41 mm de diâmetro, ajustável em compressão e extensão. No eixo traseiro o amortecedor Showa ligado ao conhecido sistema Pro-link assume a missão de digerir os movimentos do conjunto.
A travagem fica a cargo de discos de 310 mm mordidos por pinças de quatro pistões, ajudadas pelo obrigatório ABS.
Desenhada no Japão e adotando uma linguagem de estilo bastante agressiva, a nova CB1000 Hornet procurará tornar-se numa proposta de referência para os motociclistas que procuram uma naked desportiva, mas que não será exageradamente agressiva ou exigente em termos de condução.
A iluminação é totalmente em LED, com destaque para as óticas dianteiras que incluem quatro projetores, sendo que o painel de instrumentos será um painel TFT a cores de 5 polegadas.
A Honda permitirá que o proprietário da CB1000 Hornet conecte o seu smartphone à moto, acedendo dessa forma a funcionalidades adicionais, através do sistema RoadSync.
Como última nota de destaque, e porque atualmente existem regras de homologação Euro 5+ particularmente restritivas em termos de ruído, podemos realçar que a Honda optou por uma curiosa colocação das entradas de ar para a admissão. Neste caso estas entradas estão posicionadas imediatamente atrás da coluna de direção e ‘máscara’ dianteira.
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