Após cinco anos com a Kawasaki no Mundial de SBK, numa nota de despedia a marca nipónica confirma-se que a espanhola Ana Carrasco está de malas aviadas para correr nas Moto3 do Mundial de MotoGP que se avizinha. Ainda que sem formalização oficial da sua futura equipa, tudo aponta que irá juntar-se à BOE SKX – isto de acordo com o motogp.com, citando a Sky Sport Italia. A espanhola, que foi campeã das WSSP300 em 2018, já se despediu da sua equipa, a Provec Racing e, na próxima temporada, deverá substituir David Salvador para fazer parelha em pista com o rookie David Munoz.
A piloto de 24 anos, que em 2020 teve uma queda grave no Estoril e que a obrigou a uma longa etapa de recuperação, não é apenas uma mulher de grande sucesso por mérito próprio, tem sido também um modelo para outras mulheres em todo o mundo, combinando a competição com um curso de Direito em Múrcia, Espanha, assumindo ainda o papel de relações públicas para promover o papel das mulheres nos desportos motorizados, em particular na Velocidade em duas rodas.
Ana Carrasco referiu que embarcar nesta nova etapa foi uma decisão que lhe custou:
“Correr é difícil, não apenas na pista onde as pessoas te veem, mas também em momentos como este em que precisas tomar decisões difíceis. A minha ambição é sempre crescer como piloto, estabelecer novos objetivos que os outros consideram como impossíveis e alcançá-los. Quando os meus pais me compraram a minha primeira minimoto e depois comecei a correr é claro que o meu sonho era como qualquer piloto “um dia quero ser Campeão do Mundo”. Isso eu consegui em 2018 e ainda hoje esse sentimento é mágico; mas qualquer um que entenda de corridas saberá que todos pilotos precisam de se esforçar, ser ambiciosos e pôr-se à prova repetidamente. Esta oportunidade de correr nas Moto3 é um passo lógico na minha mente, mesmo que o passo emocional seja difícil. Gostaria de agradecer a todos na Kawasaki a todas as equipas com quem trabalhei.”
Refira-se que Ana Carrasco já competiu durante três anos nas Moto3, entre as temporadas de 2013 e 2015. Contudo, não obteve resultados tão expressivos como nas WSSP300 do SBK. Mais madura e experiente, seguramente terá uma palavra a dizer na grelha das Moto3 em 2021.
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