Depois de uma etapa azarada onde sofreu uma queda aparatosa que o levou a ter de partir hoje da 88ª posição, António Maio conseguiu melhorar significativamente a sua prestação ao terminar a quinta etapa no 32º lugar. Uma recuperação de mais de 50 posições que lhe permitiu, após os 353 quilómetros disputados ao cronómetro, subir três posições na classificação geral onde ascendeu ao 16º lugar em G2 e 33º lugar absoluto.
Bruno Pires, o mecânico que acompanha o piloto de Borba, trabalhou arduamente para deixar a Yamaha de competição em condições para enfrentar mais um exigente sector selectivo que permitiu ao capitão da GNR rolar de novo a um excelente ritmo.
António Maio mostrou-se muito satisfeito com o resultado alcançado: ’Hoje correu bem. Já sabia que ia ser um dia difícil porque parti muito para trás e passei cerca de 50 pilotos numa pista que tinha muito pó e foi de facto difícil conseguir imprimir um bom ritmo. Depois a partir do quilómetro 150 começámos a apanhar zonas de areia, onde não havia tanto pó, e aí consegui andar mais depressa. Não tive nenhuma queda o que é muito importante para mim. Amanhã vou partir mais à frente o que me vai ajudar a ficar numa posição onde o andamento é mais homogéneo até porque vamos enfrentar uma das etapas mais longas deste rali, temos pela frente uma especial com 490 quilómetros e uma ligação de 300, por isso vai ser um dia bastante complicado.’ revelou António Maio.
A sexta etapa do Dakar 2020 será uma das mais longas de toda a prova. Serão 478 quilómetros disputados ao cronómetro numa etapa que vai ligar Ha’il a Riyadh. A mudança de paisagem será radical. A etapa será 100% composta por areia e fora de pista. Após uma primeira parte relativamente rápida, os melhores pilotos a nível técnico terão vantagem nas dunas, especialmente aqueles que aperfeiçoaram as suas habilidades no deserto do Sahara.