Texto Vitor Martins • Fotos Zero Motorcycles –
Foi a Zero S que deu a marca americana a conhecer ao mundo, ao entrar em produção em série em 2010. Com o aumento da gama a marca californiana deixou a sua cidade-natal de Santa Cruz e deslocou-se 10 km para norte para novas instalações em Scott Valley, ainda no condado de Santa Cruz. É aí que a marca americana tem criado, desenvolvido e fabricado as suas motos.
O mercado das motos eléctricas está ainda uns passos atrás das suas congéneres de quatro rodas, mas a Zero Motorcycles não só tem resistido – outras marcas americanas ficaram pelo caminho, como a Alta (apesar da parceria com a Harley-Davidson) ou a Brammo, que dois anos depois de ter sido adquirida pela Polaris, fechou portas fazendo parte do universo Victory – como tem apostado no mercado externo, abrindo a sua primeira loja oficial na Europa, em Barcelona, em Junho e lançando um modelo pensado especificamente para o mercado europeu, a DSR Black Forest, actualizada este ano.
A Black Forest é um modelo trail com vocação touring, baseada na DSR, mas equipada com malas, um vidro dianteiro para maior protecção aerodinâmica, assento mais confortável e guiador mais alto e largo. Por isso pesa um pouco mais que as DS/DSR, chegando aos 222 kg coma as baterias de 14,4 kWh; com estas tem autonomia para 253 km em circuito urbano, 180 km em circuito combinado ou 142 km em auto-estrada, com um período de carregamento dos 0 aos 100% em 9,8 horas. Como opcional pode ser equipada com o Power Tank, que aumenta a capacidade das baterias para 18 kWh, o que reflecte numa autonomia de 315 km em cidade, 227 km em combinado e 177 km em auto-estrada.
Naturalmente, o tempo de carregamento também aumenta, para 12, 1 horas, mas com o opcional Charge Tank, a Black Forest pode ser carregada nos terminais rápidos de nível 2 e as baterias 14,4 podem ser totalmente carregadas em 2,5 horas.
Outra recente adição à gama da Zero é a naked SR/F, que usa o mais recente motor Z-Force 75-10 com 110 cv de potência máxima (54 cv continua) e 190 Nm de binário; outra diferença da naked é a utilização de um pack de baterias de lítio com carregador integrado que permite tempos de recarga mais curtos que permitem chegar até aos 95% da capacidade com apenas uma hora de carga. A autonomia é de 259 km em circuito urbano, expansível aos 320 km com o Power Tank. Esta naked está equipada com suspensões Showa com forquilha Big Piston e pinças J. Juan de montagem radial nos dois discos dianteiros de Ø320 mm, e o peso total do conjunto é de 220 kg. Está ainda equipada com o sistema MSC da Bosch, contando assim com o cornering ABS e também controlo de tracção. Tudo isto integrado com o Cypher III, o sistema operativo que gere todos os sistemas da moto.
Na SR não falta também a conectividade e através do emparelhamento com o smartphone, o proprietário pode consultar e gerir quatro grandes áreas: estado da moto e alertas (por exemplo, é notificado se alguém estiver a mexer na moto), carregamento, dados de condução para partilha e actualizações e melhoramentos do sistema. Isto para além de poder personalizar os modos de condução (10 modos personalizáveis, para além dos standard Street, Sport, Eco e Rain), personalizar o que aparece no painel de instrumentos ou simplesmente saber onde fica o posto de carregamento mais próximo. Depois da voltinha de fim-de-semana pode analisar os dados (trajecto, ângulos de inclinação, potência, binário, energia usada, etc.) e partilhá-los.