Organizada pela Escuderia Castelo Branco A Baja TT do Pinhal, que hoje cumpriu o seu segundo dia de competição, é conhecida pelos seus traçados exigentes e bastante técnicos. Depois do prólogo de 9,57 quilómetros de sexta-feira, hoje os concorrentes tiveram pela frente um dia bem mais duro, que permitiu pôr verdadeiramente à prova homens e máquinas. Os 191,27 quilómetros do primeiro setor selectivo (SS1) originaram bastantes reviravoltas na classificação, a que se juntou a curta e muito técnica ‘Sertã City Stage’, realizada no centro da localidade para gáudio dos muitos adeptos que fizeram desta uma grande festa do todo-o-terreno, ao marcarem presença para ver de perto os seus ídolos.
Reviravolta nas motos
Após a vitória no prólogo, Salvador Vargas partiu como favorito para os 191,27 quilómetros do SS1 de hoje. O piloto da KTM manteve o ascendente durante grande parte da tirada, até uma queda pôr fim às aspirações de obter um bom resultado. Quem agradeceu foi Daniel Jordão, que vinha no encalço do piloto que liderava e com o sucedido assumiu o comando da prova. Um bom desempenho do homem da Yamaha WR 450, que saltou para a liderança da geral e categoria TT2 com uma vantagem de 4m14s para Bernardo Megre, primeiro TT1, que em Husqvarna FE foi segundo no sector, posição a que ascendeu na classificação geral. Já Vargas, líder da categoria TT3, desceu para terceiro da classificação absoluta. Seguiu-se a bonita ‘Sertã City Stage’, com um traçado desenhado no centro da localidade. Megre foi o mais forte, seguido de Jordão, mas as posições cimeiras não sofreram alterações.
‘Correu tudo bem apesar de o percurso estar bastante duro. Apanhei muito pó dos pilotos que tinham partido à minha frente e o Bernardo Megre abriu logo passagem, numa atitude de grande desportivismo.’ saudou o piloto. Quanto aos objectivos, Daniel Jordão sabe exactamente o que precisa de fazer: ‘Temos alguma margem e por isso amanhã é tentar controlar sem baixar muito o andamento.’
Quads com liderança sólida
Roberto Borrego mostrou desde cedo ao que vinha e depois da vitória no prólogo, manteve a toada de ataque e dominou por completo o SS1 e a ‘Sertã City Stage’ nos quads. O piloto de Ponte de Sôr dilatou a vantagem na frente da classificação geral para 2m33,5s face a Arnaldo Martins, que em Suzuki LTR repetiu o resultado de ontem no sector e na especial da Sertã e mantém o segundo posto na geral.
‘Hoje foi um dia mais difícil. Parti o amortecedor de direção do moto4 e tive que reduzir um pouco o ritmo. Depois tive um furo, com a moto a ir quase de rojo e a obrigar-me a gerir o andamento na parte final. Mesmo assim, felizmente, consegui vencer e com uma boa diferença. Já tenho alguns minutos de vantagem e dá para gerir a corrida amanhã.’ afirmou o líder dos quads, Roberto Borrego. Luís Engeitado subiu a terceiro, porém, o ex-campeão nacional, em Yamaha YFZ 450, está já a mais de cinco minutos da liderança.
Muita luta nos SSV
Os SSV já nos habituaram a muitas reviravoltas na classificação, dada a proximidade de andamentos entre os seus protagonistas, e os 191,27 quilómetros deste Sábado vieram mais uma vez provar isso mesmo. Pedro Santinho Mendes e Vitor Santos, quinto e sexto classificados ontem, respectivamente, dividiram a liderança no SS1, numa luta renhida em que Santinho Mendes levou a melhor. Um resultado que o permitiu ascender ao topo da classificação geral.
Na ‘Sertã City Stage’, o triunfo ficou nas mãos da dupla vencedora do prólogo, Pedro Carvalho/André Guerreiro, pilotos que ocupam a terceira posição da geral, atrás de Santinho Mendes e Vitor Santos, que estão separados por 1m34,0s. A categoria voltou a ser muito competitiva no que toca aos pilotos, já em termos de marcas, a Can-Am dilatou o domínio registado no prólogo, com o Maverick X3 XRS a ocupar os sete primeiros lugares da classificação geral.
‘Correu tudo bem, mas estar em primeiro hoje não quer dizer nada, vamos ver como é que vai ser a reacção amanhã dos meus adversários. Mas obviamente que quero ganhar.’ realçou Pedro Santinho Mendes.
Amanhã é o dia de todas as decisões para motos, quads e SSV. Pela frente os pilotos têm um sector selectivo de 173,42 km, do qual sairão os vencedores da Baja TT do Pinhal, a segunda prova do CNTT 2019.