Anthony West estava suspenso das competições por 18 meses – de 17 de Janeiro de 2019 a 14 de Setembro de 2020 – por doping. Com esta castigo imposto pela Federação Internacional de Motociclismo, o piloto australiano estava proibido de participar em qualquer competição oficial.
West participou nas primeiras quatro corridas da temporada do campeonato brasileiro de superbike do ano passado; este na altura não era sancionado pela Confederação Brasileira de Motociclismo, logo, estava fora da esfera FIM. Porém o australiano não acabaria a temporada, culpando a FIM por pressionar a Kawasaki para dispensar o piloto da equipa.
West corria com uma Ninja ZX-10R da JC Racing Team com apoio da Kawasaki Motores do Brasil, e liderava o campeonato quando ficou apeado em Julho do ano passado. West garante que isto aconteceu porque a FIM pressionou a Kawasaki no Japão para que a subsidiária no Brasil retirasse o apoio ao piloto australiano. A sua última corrida no campeonato brasileiro foi em Julho do ano passado.
Banido por mais seis meses
Já em Janeiro deste ano West foi notificado pela FIM para comparecer numa audiência do Tribunal Disciplinar Internacional. Agora, a FIM anuncia que, tendo a conta a participação na competição brasileira, a sua suspensão é agravada por mais seis meses; ou seja, West não pode voltar a participar numa competição até 14 de Março de 2021.
A carreira de Anthony West foi algo atribulada, e esta não foi a primeira vez que ele acusou substâncias proibidas num controlo anti-doping. Já em 2012 tinha isso tinha acontecido num teste no GP de França, e acabou banido por 18 meses, com retroactividade, numa sentença de 2013. Com essa penalização, perdeu praticamente todos os resultados da temporada de 2012 de Moto2.
O australiano venceu corridas dos mundiais de 250 cc, Moto2 e Supersport; passou pelas MotoGP, onde foi piloto da Kawasaki e da MZ. Quando não encontrou equipas, montou a sua própria para correr no Mundial de Supersport.
Anthony West, actualmente com 39 anos de idade, regressou à Austrália e tornou-se camionista para ganhar a vida. «Paga melhor do que as corridas. Mas não é tão emocionante», diz Ant West num post no Facebook.
