Na sua 9ª edição – e já a pensar na recepção ao campeonato do mundo no próximo ano – o Enduro Rotas do Douro marcou no passado fim‑de‑semana o regresso do campeonato nacional depois da paragem estival e a participação das selecções nacionais nos ISDE em Itália.
Com 150 pilotos num dos mais cénicos ‘parque-fechado’ a nível mundial, o fantástico Rio Douro voltou a acompanhar com paisagens de rara beleza toda a caravana presente na prova, a primeira do ano com dois dias e duração, o formato de corrida foi semelhante ao que tem sido ‘normal’ em todas as etapas do calendário, com 50 quilómetros de percurso e as habituais três especiais decisivas para o resultado final.
Depois da chuva ter caído durante a noite para descanso de pilotos e organização, o terreno de prova ficou quase perfeito para um dia inaugural onde todos tiveram que cumprir três voltas ao percurso para um total de nove especiais cronometradas.
O primeiro vencedor foi Gonçalo Reis mas logo de seguida Diogo Ventura, o primeiro no campeonato face a Rui Gonçalves – ausente por estar no Rallye de Marrocos – atacou para vencer as segunda e terceira especiais e assumir com a segunda vitória a liderança da prova que até aí estavas nas mãos do piloto do Magoito.
Ventura não mais largou a primeira posição da classificação geral e até ao final do dia Renato Silva conseguia mesmo vencer pela primeira vez uma especial á geral, a segunda passagem pela Cross-Test, com Gonçalo Reis a conseguir vencer a especial seguinte. As restantes foram para Diogo Ventura que no final do dia foi mesmo o mais rápido em seis das especiais realizadas para vencer com pouco mais de oito segundo na frente de Gonçalo Reis e Renato Silva, os pilotos que com ele dividiram o pódio da jornada.
Na Open o vencedor foi Gonçalo Sobrosa e nos Verdes Bernardo Vots foi o mais veloz no final de um dia muito animado, fechando a contenda com mais de 40 segundos de vantagem sobre Luis Cardoso. Emanuel Costa foi o veterano que venceu o dia inaugural na Régua e Joana Gonçalves foi a primeira nas Senhoras e Paulo Miranda foi o primeiro entre os Super-Veteranos.
No segundo dia de prova, com mais uma volta ao percurso e por isso mesmo um total de 12 especiais e não nove, as vitórias foram novamente divididas pelos três protagonistas do dia anterior. Diogo Ventura foi quem abriu hostilidades ao vencer as primeiras duas especiais e não mais largou o topo da tabela geral. Renato SIlva gostou da Cross Test e venceu a primeira passagem na mesma, feito que voltou a repetir na volta seguinte aquando da terceira passagem pela Cross Test, isto depois de Gonçalo Reis ‘assinar’ a sua única vitória do dia na segunda passagem pela Extreme. Diogo Ventura foi quem vencer mais especiais novamente mas Renato Silva teve ainda tempo para ser de novo o mais rápido na derradeira passagem pela Enduro Test, a quarta do dia.
Na contabilidade final Diogo Ventura voltou a fechar o dia na frente de Gonçalo Reis e Renato Silva, desta feita com mais de 30 segundos de vantagem sobre Reis, deixando este o ‘rookie’ Renato Silva a pouco menos de 18 segundos. Gonçalo Sobrosa voltou a repetir a vitória do dia anterior na frente de João Moura e Diogo Parente. Luis Cardoso vingou a segunda posição do primeiro dia nos Verdes e venceu a categoria na frente de Francisco Salgado e Vitor Queirós. Nas Senhoras Joana Gonçalves repetiu a vitória na frente de Bruna Antunes, sendo Manuel Moura o melhor nos veteranos, o mesmo se passando com Paulo Miranda nos Super-Veteranos.
Diogo Ventura regressou às vitórias numa prova onde não vencia desde 2018, conquistando agora uma vantagem que pode ser preponderante para a renovação do ceptro nacional no final da época, que tem ainda mais três dias para ‘discutir’.