No cair do pano sobre a época 2019 do Nacional de Supercross foi no traçado de Lustosa, perto de Lousada, que se decidiu o título final.
Na quinta visita do campeonato ao traçado e com a ausência de Paulo Alberto – vencedor de todas as três rondas anteriores – era Sandro Peixe o primeiro da classificação geral antes daquela que foi a noite de todas as decisões no campeonato.
Entre todos os presentes, apenas Diogo Graça tinha já assegurado o ceptro na SX2 e, sem pressão, atacou decidido a ronda de fecho de época numa noite marcada pelo regresso de Ruben Fernandez às provas nacionais e também por nova presença de Adam Chatfield, pilotos que poderiam ter papel preponderante na decisão final do campeonato, que teria na luta entre Sandro Peixe e Diogo Graça o duelo decisivo.
Na Flying Lap, o melhor foi Adam Chatfield ao bater Ruben Fernandes e Sandro Peixe, dando assim o mote para as excelentes corridas que preencheram a noite no Complexo Voltas & Rodas.
No arranque para a primeira corrida da noite foi Sandro Peixe quem assumiu o comando do pelotão na frente de Renato Silva e Adam Chatfield. A luta pelas primeira posições ‘fervia’ e na quarta volta era mesmo Renato Silva quem estava na frente depois de uma queda de Sandro Peixe ter levado o piloto ribatejano a descer ao sétimo posto.
Ruben Fernandes era apenas o quinto no final da primeira volta, mas subia ao topo da classificação na quinta passagem, não mais largando a posição até ao final das 17 voltas realizadas. Adam Chatfield fechou o primeiro duelo de Lustosa na segunda posição, com Diogo Graça a ser o terceiro desde a sétima volta para concluir na frente de Sandro Peixe e deixar a questão do título adiada para a derradeira corrida do ano.
No arranque para a ‘corrida de todas as corridas’ no campeonato 2019 foi Ruben Fernandes quem assumiu o comando da operações, mas dependendo apenas de si mesmo Diogo Graça sabia que apenas a vitória lhe entregaria um título histórico – desde 1999 que nenhum piloto ‘SX2’ era campeão nacional absoluto – e foi isso mesmo que procurou quando à quinta volta saltou para a frente de Fernandez assumindo o comando da corrida.
Sandro Peixe voltava a cometer erros e era sexto na terceira volta, tentando depois recuperar mas sem o resultado desejado pois fechou a corrida na quarta posição atrás de Fernandez e Chatfield, pilotos que não seguraram Diogo Graça que fechou com quase oito segundos de vantagem para se sagrar mesmo campeão nacional aos comandos de uma máquina SX2.
Um título com cinco pontos de vantagem sobre Sandro Peixe no final de uma corrida imprópria para cardíacos como foram algumas deste campeonato nacional. Graça sucede assim a Hugo Basaula e junta-se a Joaquim Rodrigues na muito curta lista dos pilotos que venceram com motos da agora denominadas SX2. Sandro Peixe ficou com o primeiro lugar em SX1.
A noite marcou igualmente o fecho do campeonato nacional Iniciados, onde Afonso Gomes conseguiu quebrar a invencibilidade de Sandro Lobo, que se sagrou campeão nacional. Lobo venceu a primeira corrida na frente de Gomes, mas a troca de posições no fecho da segunda corrida ditou a subida ao degrau mais alto do pódio para o piloto de Coimbra, cabendo a Tomás Alves a terceira posição, eles que foram também os três primeiros do campeonato, com Lobo na frente de Gomes e Alves.
Nos Infantis B foi Fran Fernandez quem venceu ambas as corridas sempre na frente de Tomás Santos e Vasco Salgado. No campeonato Tomás Santos foi o vencedor na frente de Fernandez e Salgado.
Nos Infantis A Leonardo Gaio manteve a invencibilidade em noite de consagração, batendo Guilherme Gomes e Inês Madanços, precisamente aqueles que o secundaram na classificação final de um campeonato que terminou em elevado nível naquela que foi a quinta etapa do Nacional SX.