O Campeonato Nacional de Velocidade, também conhecido como CNV Moto, regressou ao Estoril para uma jornada de Páscoa que marcou assim o arranque da nova temporada 2022.
O fim de semana de corridas esteve pleno sol, contou com público e foram cerca de uma centena de pilotos em pista, com o Motor Clube do Estoril no comando organizativo a fazer as honras de abrir da temporada, num saldo que foi mais que positivo para este campeonato sob a égide da Federação de Motociclismo de Portugal.
Todas as categorias cumpriram pela primeira vez um alinhamento de fim de semana que levou todas as categorias a realizarem duas corridas, alteração essa que visa aumentar a presença em pista para todos os pilotos e que a julgar pelos excelentes momentos de competição vividos é uma aposta desde já ganha.
A ação oficial dividiu-se em dois dias, sexta-feira e sábado, uma alteração de circunstância devido à Páscoa.
Com programa dividido entre os dias de sexta-feira e sábado, e debaixo de temperaturas mais adequadas ao verão e com quase ausência de vento ao longo dos dois dias de prova, o Circuito do Estoril esteve sempre muito bem recheado de audiência popular.
Seja na bancada principal A ou no paddock para um convívio mais perto dos pilotos e trabalhos das equipas, muitos fãs não quiseram perder a oportunidade de estar nas bancadas sem restrições da pandemia.
Foi de forma muito positiva que os pilotos responderam em pista a este apoio vindo de fora, e quem esteve no Estoril assistiu à magia própria de vivenciar uma corrida do CNV Moto ao vivo.
No total foram 11 as corridas que animaram o fim de semana, algumas mais tranquilas como a vitória sólida de Romeu Leite em ambos os confrontos na categoria principal Superbike, com o campeão em título a fechar a primeira corrida na frente de Guillem Trallero e Tiago Morgado.
Já na segunda corrida das SBK, André Gonçalves foi segundo, com Tiago Morgado a terminar esta manga em quarto da geral.
Nas 600 cc o mais rápido da primeira corrida foi Guillem Trallero na frente de Pedro Fragoso e Jamie Davids. Tal como na classe maior, no segundo dia o vencedor foi novamente Trallero que derrotou tal como no dia anterior Pedro Fragoso e Jamie Davids.
Nesta ronda de abertura da temporada, o circuito do Estoril acabou por se animar bastante com ambas as corridas reservadas às motos das classes Supersport 300 e PreMoto3, duas classes que colocaram na grelha de partida um interessantes número de 23 motos.
Com 14 voltas ao circuito que tem a Serra de Sintra como cenário de fundo, a corrida revelou-se bem animada, infelizmente não pela vitória mas sim pela intensidade das lutas, mesmo se pela vitória a diferença feita por José Saez foi mais que evidente.
O piloto espanhol fechou a primeira corrida no no degrau mais alto do pódio e deixou atrás de si Tomás Alonso e Dinis Borges, que discutiram “mano a mano” e que no final da corrida valeu o segundo posto a Alonso após várias trocas de posição com Borges, o terceiro na frente de Afonso Almeida – o melhor nas PréMoto3 – que rodou sozinho na quarta posição da geral na frente de Isaac Rosa.
Na segunda corrida, o melhor na classificação global foi mesmo Afonso Almeida que após uma sucessão de voltas rápidas assumiu a geral a poucas voltas do final para cruzar a linha de meta não apenas como vencedor na classe PréMoto3 mas igualmente como o mais rápido no final das 14 voltas.
José Saez foi o segundo classificado a escassas 129 milésimas de segundo, seguido a mais de cinco segundos por Tomás Alonso que voltou a bater Dinis Borges. Isaac Rosa voltou a ser o quinto da geral. Duas grandes corridas nas Supersport 300 que espelham bem o nível de uma classe que contou com 19 motos em pistas e que deixou no ar grande animação e incerteza até sabermos quem será o campeão 2022.
Entre o pelotão das 85GP/Moto4, o vencedor foi em ambos os dias Pedro Matos face a Gonçalo Melo. Este conseguiu no segundo dia a sua primeira “pole position”, mas arrancou mal para as 10 voltas de corrida e abriu caminho ao rival de Vila Nova de Santo André que tinha vencido com autoridade no dia anterior. Melo foi sempre o segundo classificado.
Nas Moto5 a vitória foi para Lourenço Vicente na primeira corrida, na frente de Alexandre Cabá e David Dias, posições que se repetiram na corrida que fechou o programa destinado às Moto5.
No igualmente numeroso pelotão dos troféus, as naked surgem em 2022 reforçadas com a presença das BMW S 1000 R, que se juntam às Aprilia Tuono V4 e Kawasaki Z900. Nas BMW, foi Nuno Farias o vencedor da primeira corrida, na frente de Duarte Amaral e Ricardo Almeida. Pavel Bogdanov foi de forma clara o mais rápido nas Tuono e Fredric Bottoglieri o mais veloz no pelotão das Kawasaki Zcup.
A dividir o asfalto e as trajetórias estiveram igualmente em pista os pilotos da Taça Luis Carreira, com vitória de João Curva na Open, Rodrigo Amaral na Open R e André Capitão nas SBK.
No derradeiro dia de prova, Duarte Amaral conseguiu terminar em primeiro no troféu destinado às BMW, terminando com mais de sete segundos de vantagem sobre Nuno Farias para deixarem Ricardo Almeida em terceiro. Pavel Bogdanov e Fredric Bottoglieri replicaram as vitórias do dia anterior, respetivamente nos troféus Tuono e Zcup, posição que também repetiram João Curva na Open, Bernardo Villar conseguiu desta feita vencer na Open R, Márcio da Silva o primeiro nas SS 600R.
Na Copa Dunlop Motoval, o dia inaugural foi ganho por Henrique Gouveia face a Miguel Romão e Ricardo Rodrigues na classe 1. No derradeiro dia Miguel Romão foi o vencedor na classe seguido por Ricardo Rodrigues e Tomás Pio. Na contabilidade da classe 2 os melhores no segundo dia foram Rui Palma, João Rego e Hugo Lopes, depois de no primeiro dia terem sido Henrique Gouveia e Rui Palma os mais rápidos.
Veja aqui os resultados completos do Estoril I
Fonte: FMP | Fotos: Hellofoto
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