A quarta ronda do CNV Moto 2022 marcou o regresso do paddock da velocidade nacional ao Circuito do Estoril, com Romeu Leite a levar a melhor sobre a concorrência da classe das SBK. Em fim‑de‑semana marcado por condições climatéricas ideais, o asfalto do traçado junto a Cascais foi palco de excelentes momentos de competição e o campeão em título e líder da classificação geral, saiu do Circuito Estoril com duas vitórias suadas, enquanto Alexandre Gonçalves tirou bom partido da ausência de Tiago Morgado.
Contudo, Romeu Leite não teve um regresso de férias fácil nesta quarta prova da temporada de 2022 do CNV Moto – Campeonato de Portugal de Velocidade e terceira passagem pelo Estoril. Se no sábado a glória do piloto da Yamaha R1 surgiu por 0,014 segundos após a liderança em todas as voltas, no domingo a margem foi maior, mas o esforço para chegar a primeiro e manter a posição também. Prova disso foram as cinco voltas que o Leite precisou para chegar à liderança da corrida e, nessa altura, ainda não de forma decisiva.
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André Gonçalves, que voltou a largar da ‘pole’, viu-se batido por Vítor Barros no arranque, mas volvida a segunda passagem pela meta já liderava. Porém, o também piloto Yamaha R1 nunca teve direito a descanso já que, depois de Barros, era a vez de Leite surgir por trás e começar a colar-se à sua roda. Gonçalves respondeu muito bem a Leite, recuperando a primeira posição perdida na quinta volta logo à sexta passagem pela meta.
Mas Leite não facilitou, rodou muito próximo ao longo de mais duas voltas, altura em que reclamou para si, e de forma decisiva, a primeira posição. Mas, a luta entre ambos não amainou, com os dois a efetuarem algumas voltas separados por centésimos de segundo.
Só no início do último terço das 15 voltas de corrida é que o campeão em título começou a ganhar alguma tranquilidade, principalmente a partir da 12ª volta, altura em que a vantagem para Gonçalves passou a ser contada em mais que décimos de segundo. A diferença aumentou depois ainda mais na volta seguinte, com o homem da pole a perder muito terreno, chegando mesmo ao ponto de ver Barros colar-se à sua roda para, ao cair do pano, reclamar a segunda posição (+2,342s) e forçar Gonçalves ao mais baixo do pódio, a mais de cinco segundos da frente.
Enquanto isso, Marco Diaz foi quarto, à frente de Pedro Fragoso, os dois a ocuparem as posições cimeiras da classe Superstock 600, enquanto Ola Granshagen fechou este pódio ao terminar na oitava posição da geral. Fragoso tinha ganho no dia anterior face a Granshagen e Gonçalo Ribeiro.