CNV Moto 2024 – Em Portimão as decisões foram no limite!

O CNV Moto cumpriu mais uma ronda da temporada 2024. No Autódromo Internacional do Algarve as decisões foram no limite, e temos o primeiro campeão!

Foto @ Hellofoto

No passado fim de semana o Campeonato Nacional de Velocidade (CNV Moto) rumou ao Autódromo Internacional do Algarve pela segunda vez nesta temporada 2024, para levar a cabo a penúltima ronda desta competição disputada sob a égide da Federação de Motociclismo de Portugal (FMP).

Tratou-se de uma jornada dupla bastante animada, com grandes lutas em pista e várias corridas a serem resolvidas no limite e ‘ao sprint’, com diferenças muito pequenas entre os primeiros classificados, o que vem dar sempre uma emoção adicional ao campeonato.

Nesta ponta final do CNV Moto, e com todos os títulos ainda em aberto à chegada a esta ronda em Portimão, acabámos por ficar a conhecer o primeiro campeão do ano: Frédéric Bottoglieri (Triumph).

O piloto francês torna-se assim no primeiro a celebrar a conquista do título, sendo que conquistou a coroa das Naked Bikes na classe CNB2, no primeiro ano em que esta competição tem estatuto de Campeonato Nacional.

Bottoglieri terminou ambas as corridas do fim de semana em 2º lugar, sempre atrás do vencedor à geral e na classe CNB1, Duarte Amaral (BMW). Os dois proporcionaram duelos titânicos nos dois dias, com Duarte Amaral a bater o piloto da Triumph por 43 milésimas de segundo no sábado e, no domingo, por ‘microscópicas’ 21 milésimas, resultando no ‘photo-finish’ com que ilustramos a abertura deste artigo.

João Curva (BMW) na primeira corrida (viria a sofrer uma queda na segunda) e Luís Franco (BMW) no domingo seriam os ocupantes do lugar mais baixo do pódio, com este último a manter acesa a discussão do título de CNB1 com Duarte Amaral até à última prova.

Marcos Leal (Yamaha), jornalista da Revista Motojornal, foi o único a alinhar inserido no Troféu Luís Carreira, ele que durante grande parte da temporada competiu inscrito no Campeonato Nacional de Naked Bikes com uma Kawasaki Z900, mas que nestas últimas rondas tem sido obrigado a recorrer à sua ‘antiga’, mas resistente, Yamaha R6, e por isso passou a inscrever-se no Troféu Luís Carreira.

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Nas Superbike, que desta vez correram em conjunto com a classe CDM2 da Copa Dunlop Motoval nesta ronda do CNV Moto, foi Ricardo Lopes (Honda) a vencer as duas corridas, com Ruben Macuá a estar ausente.

Por isso, a decisão do campeonato também está adiada para o Estoril, sendo que bastará ao piloto da Honda terminar uma corrida para decidir o título da classe maior do nosso CNV Moto. Atrás do vencedor, Nelson Cruz (Yamaha), José Gafenho (Yamaha) e Daniel Coelho (Honda) terminaram sempre por esta ordem no que respeita à classe de SBK.

Entre as CDM2, Rafael Ribeiro (Yamaha) e Rui Palma (BMW) subiram ao pódio da geral e foram os melhores da classe no sábado. No dia seguinte, foi a vez de Alexandre Suati (Yamaha) e Rafael Ribeiro terminarem nestas posições. Rafael Ribeiro detém agora 36 pontos de vantagem sobre Alexandre Suati, com 50 pontos ainda por disputar no fecho da época, em novembro no Estoril, o que lhe confere uma boa margem de segurança e deixa-o com uma mão no cobiçado troféu.

Tal como aconteceu na classe principal, também as Superstock 600 partilharam a pista com as ‘seiscentos’ da classe CDM1 da Copa Dunlop Motoval.

Martim Marco (Yamaha), que se tinha estreado a vencer em STK600 na ronda anterior, no Estoril, desta feita ganhou ambas as corridas melhorando os seus registos pessoais no circuito algarvio, vencendo sempre depois de entusiasmantes duelos com o líder do campeonato, Gonçalo Ribeiro (Yamaha).

Na primeira corrida Martim Marco cruzou a meta 2,2 segundos na frente do seu rival e, no domingo, com escassos 0,248 segundos de vantagem. Ainda assim, Gonçalo Ribeiro sai do Algarve com confortáveis 44 pontos de vantagem sobre Martim Marco.

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Também nas CDM1 Wagner Pederneira (Kawasaki) venceu nos dois dias e conseguiu adiar a decisão da vitória nesta classe da Copa Dunlop Motoval, terminando sempre em 3º da geral e batendo o líder Ricardo Rodrigues (Yamaha), apesar deste partir para a última ronda com uma folgada vantagem de 47 pontos, sendo por isso outro dos pilotos que tem praticamente a vitória final garantida.

Nas corridas que reunem, como habitualmente, as Supersport 300 com as PréMoto3, assistimos a situações insólitas e que têm impacto claro nos resultados das corridas, mas também na discussão pelo título.

Isto porque Martim Jesus (Kawasaki) venceu no sábado à frente de Vasco Camoesas (Kawasaki) e dos dois primeiros de PréMoto3, os pilotos da Beon, Celestin Masy e Tiago Martins, com Dinis Borges em 5º lugar. No entanto, após o final da corrida, a equipa do vencedor interpôs um protesto contra as motos de Vasco Camoesas e Dinis Borges.

Mas, antes das motos protestadas serem verificadas, as respetivas equipas retiraram-nas do parque fechado, levando a que os seus pilotos fossem desclassificados – de acordo com o disposto no regulamento do CNV Moto. A moto do vencedor, também verificada, estava em conformidade.

No domingo, Dinis Borges terminou à frente de Martim Jesus e Vasco Camoesas, mas, tal como na véspera, a equipa de Martim Jesus voltou a apresentar um protesto, repetindo-se o procedimento do dia anterior por parte das equipas visadas, que levou a nova desclassificação dos pilotos protestados.

Isto significa que, em face destes resultados, Martim Jesus passa para a frente da classificação das SSP300, dispondo agora de 6 pontos de avanço sobre Dinis Borges e, assim, deixando tudo por decidir na ronda final do CNV Moto a disputar no circuito do Estoril.

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Entre as PréMoto3, Tiago Martins, Celestin Masy e Naama Rosa ocuparam os três primeiros lugares, com Tiago Martins agora com 45 pontos de vantagem sobre Vasco Fonseca, piloto que esteve ausente em Portimão e por isso terá deixado aqui o título entregue ao seu rival e líder do campeonato.

Finalmente, nas corridas que reuniram as 85GP/Moto4 com as MIR Moto5, Alexandre Cabá voltou a ser o único piloto a alinhar em Moto4, vencendo com larga margem em ambos os dias, enquanto atrás de si, um trio ‘endiabrado’ lutava até à última pela vitória nas MIR Moto5, em particular no sábado, com os três primeiros – Lourenço Vicente, Henrique Vicente e Tomás Carneiro, a terminaram separados entre si por pouco mais de uma décima de segundo!

No domingo, foi a vez de Henrique Vicente levar a melhor, agora por margem mais confortável, seguido de Lourenço Vicente e Tomás Carneiro. Na classificação do campeonato, Lourenço Vicente dispõe de 26 pontos de avanço sobre Henrique Vicente e mais 44 que Tomás Carneiro.

A sexta e última prova do CNV Moto terá lugar no Circuito do Estoril no fim de semana de 9 e 10 de novembro.

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