Texto Domingos Janeiro • Fotos Rogério Sarzedo
Devaneios de adolescente
No final de contas, a história vai dar sempre ao mesmo: quando optamos por comprar uma moto, procuramos emoções fortes e estilo. Pela própria morfologia de cada modelo, entramos num patamar estético muito atractivo e particular, com a recente chegada quer da Husqvarna Svartpilen 701, quer da Yamaha XSR. Mas as próprias marcas acharam que era necessário ir mais além, apresentar algo ainda mais personalizado, mais particular e específico e vai daí, estas duas novas versões, em que o estilo falou mais alto.
Para a Husqvarna, esta versão Style apresenta-se como uma proposta para aqueles que pretendem aderir ao estilo flat track, com uma postura mais desportiva, portanto, onde o equipamento de topo desportivo assume protagonismo, equipamento esse que se foca nas jantes de raios, conjunto de pousa-pés e pedais de travão desportivos, suporte de matrícula maquinado, tampas e logótipos em metal. Além disso, os retrovisores são ao estilo café racer e a pintura exibe um dourado muito elegante que combina com o dourado do motor. O guiador é também diferente e o sistema de quick shift up & down deixa-nos rendidos
No campo da Yamaha, a XSR 700 foi o “tiro” de partida para esta XTribute, uma bonita e saudosista scrambler que preta homenagem (e muito bem) à antiga XT500, modelo mítico da marca japonesa que surgiu no mercado em 1976 e rapidamente se tornou num autêntico fenómeno. A par das estéticas, tão na moda quer seja no segmento fl at track quer seja mais aproximado ao estilo scrambler continuam muito na moda e o posicionamento das cilindradas foi outro dos motivos que nos levou a colocar estas divertidas urbanas lado-a-lado, num dia de emoções fortes e grande diversão na cidade. Se no conceito têm muito em comum, nos blocos, embora a Husqvarna tenha um cilindro e a Yamaha seja uma “bi”, as potências são igualmente semelhantes. No entanto, e como não podia deixar de ser, a forma como entregam os seus quase 75 cv é diferente mas também com uma linha convergente que é a adrenalina que nos permitem obter.
Tanto uma como a outra se tornam rapidamente num vício, um vício saudável que nos deixa com um sorriso rasgado no rosto depois de qualquer volta, nem que seja uma pequena volta de casa até ao café da esquina. É verdade que os escapes Akrapovič que ambas traziam montados, constantes nas listas de opcionais, tiveram a sua quota-parte de peso em toda esta diversão, adrenalina e de motivação.