Comparativo Svartpilen 701 Style vs XSR700 Xtribute

Não é novidade que cada vez mais os utilizadores procuram aliar o veículo moto ao seu estilo pessoal, fazendo com que tenham uma “grande pinta” aos olhos dos outros. É também nesse sentido que as marcas apostam em modelos apelativos esteticamente, mas neste caso, até acabamos por ter mais do que procuramos. Preparem-se para ficar viciados! 

Texto Domingos Janeiro • Fotos Rogério Sarzedo

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Husqvarna Svartpilen 701 Style

Este modelo é uma encarnação humilde e descomprometida dos valores que os motociclistas modernos/urbanos exigem na actualidade. Algo que enche o olho, mas desafiante ao nível da ciclística. O estilo intemporal é um dos principais trunfos, que em conjugação com o novo equipamento da versão Style veio apimentar ainda mais “a coisa”. As dimensões contidas, o estilo curto, leve, ágil e compacto confere-lhe um estilo convidativo e desportivo, com o quadro em treliça preto a surgir-nos de forma discreta e elegante.

O bloco de um cilindro, acaba por ser um dos pontos fulcrais para se conseguir dimensões tão compactas e um conjunto leve (quase menos 30 kg em comparação com a Yamaha, embora os 158 kg de peso da Husqvarna sejam a seco e os 188 kg da Yamaha seja a cheio). Esse peso resulta numa performance ágil e esguia, mas, por outro lado, rija como uma boa desportiva.

Quando passamos da Yamaha para a Svartpilen é que realmente notamos a diferença de volume e peso entre elas. Vemos também o quanto rija é a 701, desde o assento às suspensões. Mas esta firmeza tem um propósito e esse é servir os parâmetros mais desportivos que a própria marca estabelece. Forquilha dianteira invertida WP com ajustes (fáceis) no topo das bainhas para a compressão e recuperação e um amortecedor traseiro também ajustável. Os pneus, os mesmos Pirelli MT60 RS que a Yamaha monta, vestem agora as jantes de raios de 18” na frente e 17” atrás, que surpreendem pela aderência, depois de quentes, com os “tacos” a permitirem breves brincadeiras fora de estrada. Falar em brincadeiras leva-nos directamente ao fortíssimo motor de um cilindro, com 692,7 cc, perto de 75 cv e uma caixa bem escalonada com quick shift up & down que funciona bem e que ainda torna as coisas mais “quentes”, principalmente se tivermos o Akrapovič montado… O motor sente-se muito forte em baixa e média rotação, com um binário sempre pronto para responder de forma imediata.

Por outro lado, torna-se cansativa quando a usamos maioritariamente em cidade, o motor bate muito obrigando-nos a levá-lo em tensão, pois gosta de andar acima das 4000 rpm. Quando enrolamos punho esquecemos tudo, a moto ganha uma alegria e determinação extraordinárias com recuperações muito fortes. As vibrações são presença constante, principalmente nas mãos e nos pés. O controlo de tracção ajuda a refrear ânimos e o ABS não se mostra demasiado intrusivo. A travagem é potente, com pinça radial na frente da Brembo. A posição de condução é mais desportiva em relação à Yamaha e leva-nos a cair mais sobre o depósito de 12 litros de combustível. Quanto aos instrumentos, merecia uma colocação mais cuidada do mostrador digital que está muito alto e algo disforme na frente. O painel de instrumentos é digital, com toda a informação que nos faz falta como a média de consumo, por exemplo. Fizemos uma média final de 4,8 litros, uns “furos” abaixo da Yamaha. À medida que aumentamos o ritmo, começamos a notar que a frente tem tendência para se tornar instável, mas nada que comprometa. As suspensões firmes, são capazes de aguentar as cargas nas travagens e nas fortes acelerações. No que respeita a acessórios, além dos que a versão Style já traz, a unidade que testámos estava equipada com o silenciador Akrapovič de titânio (1121€); Alforge lateral (245€); Suporte de smartphone (95€) e Suporte de matrícula (212€).

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