Comparativo Svartpilen 701 Style vs XSR700 Xtribute

Não é novidade que cada vez mais os utilizadores procuram aliar o veículo moto ao seu estilo pessoal, fazendo com que tenham uma “grande pinta” aos olhos dos outros. É também nesse sentido que as marcas apostam em modelos apelativos esteticamente, mas neste caso, até acabamos por ter mais do que procuramos. Preparem-se para ficar viciados! 

Texto Domingos Janeiro • Fotos Rogério Sarzedo

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Yamaha XSR700 X-Tribute

Aproveitando a boa base que é a XSR 700, a Yamaha decidiu juntar o útil ao agradável e criou uma nova scrambler que presta tributo a um dos nomes mais respeitados da família japonesa, a XT. Em comparação com a XSR700 normal, esta, além dos gráficos inspirados na XT, monta um guiador ao estilo motocross, foles nas suspensões, assento plano e mais volumoso, pousa-pés estilo trail, instrumentos e tampas do radiador especiais. Neste caso, além do equipamento que compõe a versão XTribute, tivemos ainda montado o escape Akrapovič alto, que lhe assenta na perfeição. Este opcional dota-a de uma sonoridade forte e muito apreciada, principalmente por quem a conduz. As grandes diferenças para a Husqvarna são no conforto, com a Yamaha a apontar num caminho mais discreto e simples, o que acaba por se reflectir (e muito) no preço final

Se na Husky sentimos uma moto de carácter mais desportivo, na Yamaha sentimo-nos mais envolvidos pelo conjunto, mais moto, mais largura, mais peso e também uma postura de condução bastante diferente da 701, com uma geometria que não me agradou tanto. Temos os pousa-pés mais levantados, estamos mais recuados e direitos no assento e o próprio arco das pernas a torna um pouco mais alta. No entanto, não obstante de sentirmos mais peso, a agilidade está lá toda, assim como a frente solta que carece de uns breves instantes de adaptação, principalmente para curvarmos rápido. A diferença na ciclística é o que mais afasta ambos os modelos. Na Yamaha, o factor conforto urbano ganha maior expressão, mas isso faz com que a ciclística não seja depois tão eficaz num ambiente mais desportivo, onde aliás, a forquilha telescópica não só não tem qualquer possibilidade de ajuste como também acusa alguma torsão quando abusamos do travão dianteiro. Na traseira, podemos ajustar a pré-carga da mola do monoamortecedor.

O bloco de dois cilindros em linha, com 689 cc, o famoso CP2 de cambota de planos cruzados é hoje em dia um dos mais apetecíveis da gama Yamaha, seja enquadrado em que conjunto for (na MT-07, Tracer, XSR e T7) muito por culpa da suavidade que oferece a contrastar com a entrega dos 75 cv de potência que se fazem notar mais nas faixa média/alta de rotação, que nos dá recuperações muito fortes e uma velocidade de ponta elevada. Ao contrário da Husqvarna, a Yamaha não monta controlo de tracção, mantendo o estado “natural” e “selvagem” do dois cilindros em linha. O painel de instrumentos é digital e muito completo, com toda a informação necessária.

Se na Svartpilen criticámos a colocação do painel, também não podemos ignorar a colocação deste na XSR XTribute, quanto a nós, demasiado afastado do centro, mas é apenas uma questão de gosto pessoal. No que a consumo diz respeito, terminámos o teste com 5,4 litros de média. As jantes douradas de alumínio conferem-lhe um aspecto mais “asfáltico” mas os pneus Pirelli MT60 RS tornam tudo mais bonito e discreto. O conjunto de travagem não é muito potente, mas trava o quanto baste para transmitir muita confiança e com bom tacto. A caixa não tem qualquer assistência e apresenta um tacto pesado e por vezes pouco preciso.

Além do escape Akrapovič de montagem alta (1469€), a unidade testada vinha ainda com o conversor catalítico (181,67€), farol traseiro em LED Vintech (160,99€), base do descanso lateral (67,99€), terminais maquinados para os tubos do quadro (56€) e tampa do radiador (135€).

 

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