TEXTO DOMINGOS JANEIRO • FOTOS ROGÉRIO SARZEDO
Ciclística
Para a FB Mondial, não se tratou apenas de “lavar a cara” à HPS e apresentar uma nova versão, com a alteração do próprio estilo (com uma abordagem mais desportiva), obrigatoriamente tiveram que fazer algumas alterações às próprias dimensões e posição de condução, que embora se queira mais desportiva, não está tão extremada como estava na HPS, embora agora tenha avanços e não guiador estilo “fl at bar” e ao contrário do que acontecia na scrambler, não nos sentimos incomodados com o design do depósito de combustível, que está agora maior, meio litro.
No que a suspensões diz respeito, a Pagani está equipada com uma forquilha invertida na frente, sem regulação e dois amortecedores traseiros com ajuste na pré-carga da mola, algo secas e com um comportamento mais firme, muito rápida nas recuperações. Preciosismos à parte, este setting pode não ser “top”, mas é o mais ajustado a uma utilização polivalente, pois quer seja numa utilização diária em cidade, como numa qualquer estrada revirada de montanha, o comportamento da Pagani é muito honesto. Numa utilização mais desportiva e agressiva, sentimo-nos algo limitados pelos pneus (CST Maxsport), não que escorreguem, mas principalmente pela falta de feedback.
Com dimensões muito curtas, os utilizadores de estatura mais alta, vão cair mais sobre o para-brisas e com isso perder alguma leitura do painel digital de instrumentos. O assento é igual ao da HPS, duro e sufi ciente para ambos os passageiros, com uma baquet para ocultar o assento traseiro, fi xado por quatro parafusos. O arco das pernas é um pouco largo e notamos o duplo silenciador na perna direita, até que acabamos por nos habituar. A travagem não nos surpreendeu como aconteceu pela primeira vez que andámos na HPS, pois já sabíamos que ao travar com o pedal, acciona de imediato a travagem que é repartida pela frente e traseira, mas neste caso, notámos mais potencia.
Quando optamos por travar com o travão dianteiro, temos um tacto esponjoso, mas a travagem é suficiente e doseável. Depois de quente, notamos algum calor a sair por baixo do assento na zona das pernas. Os retrovisores estão colocados demasiado à frente, fazendo com que tenhamos uma visibilidade reduzida para trás, obrigando-nos a levantar os braços para ver que vem atrás. No que toca a instrumentos, é muito simples, apenas tem um painel de instrumentos digital, onde podemos ver as rotações, mudança engrenada, velocidade, quilómetros total e parcial, temperatura da água do motor, nível de combustível e horas. Manetes não ajustáveis, discos recortados com tubos de malha de aço e as vibrações apenas se fazem sentir mais, quando rodamos acima das 8000 rpm.