Dakar 2018: Red Bull KTM Rally Factory Racing

Toby Price

O 40.º Dakar arranca no dia 6 de Janeiro, no Peru. Ao longo do fim-de-semana iremos apresentar os principais protagonistas.

Outras equipas: Monster Energy Honda Team, Rockstar Energy Husqvarna Factory Racing, Yamalube Yamaha Official Rally Team


A equipa oficial da KTM continua a ser a equipa a bater no Dakar. A última vez que não foi uma moto austríaca a vencer foi na edição de 2000 (Paris-Dakar-Cairo), quando Richard Sainct, levou a BMW F65RR à vitória. O próprio Sainct voltaria a vencer a prova em 2003, com uma KTM, vindo a falecer no ano seguinte no Rali dos Faraós.
Desde então a KTM venceu todas as edições até agora, com sete pilotos diferentes: o já mencionado Sainct, Frabrizio Meoni, Nani Roma, Cyril Després (quatro vitórias), Marc Coma (quatro vitórias), Toby Price e, finalmente, no ano passado, Sam Sunderland.
Para 2018 a Red Bull KTM Rally Factory Racing conta com quatro pilotos, dois deles anteriores vencedores, Price e Sunderland, e ainda dois nomes fortes Matthias Walkner e Antoine Meo.

Sam Sunderland

Sam Sunderland vai defender o seu número 1, e apesar de ter terminado a sua luta pelo título mundial de Cross-Country Rallies da FIM com uma queda na última prova, já recuperou totalmente da pequena lesão que contraiu e está determinado a repetir a vitória: «Sinto-me realmente positivo. Sinto-me rápido e forte com a nova 450, estou em boa forma e sem lesões. Fizémos o último shake down com a moto e correu muito bem. Há sempre muito trabalho de preparação nos meses que antecedem o Dakar. Tentar equilibrar todos os factores dos testes, treinos e viagens, ocupa-nos bastante tempo antes do Dakar», diz o britânico.

Sam Sunderland, britânico, 28 anos
Palmarés no Dakar:
2012 – abandonou na 3.ª etapa
2013 – abandonou na 4.ª etapa (ganhou 1 etapa)
2015 – abandonou na 4.ª etapa (ganhou 1 etapa)
2016 – vencedor (ganhou 1 etapa)

Toby Price

Quem está às voltas com uma lesão é Toby Price, vencedor do Dakar em 2016. O australiano caiu no Dakar de 2017, e a fractura que sofreu no fémur exigiu uma longa recuperação. Para ajudar, a lesão complicou-se depois do verão, e Price não chegou sequer a correr no OiLibya Rally de Marrocos, mas apesar de ter ficado muito tempo sem andar de moto, mantém o espírito positivo para o Dakar: «Depois de uma recente limpeza da minha lesão, sinto-me já mais forte. Foi um grande passo em frente e as coisas começam a ficar bem para Janeiro. Consegui passar algum tempo com a nova moto, e foi um grande passo em frente, a equipa fez um trabalho incrível. Estive sem andar de moto cerca de oito ou nove meses. Não é claramente a preparação que qualquer pilkoto desejaria para a corrida mais importante do ano, mas também ninguém se esquece de como andar de moto», diz um esperançado Price.

Toby Price, australiano, 30 anos
Palmarés no Dakar:
2015 – 3.º
2016 – vencedor
2017 – abandonou na 4.ª etapa

 

Matthias Walkner

Matthias Walkner venceu a última prova do ano, o OiLibya Rally de Marrocos, e terminou o campeonato em 3.º. O austríaco terminou o Dakar de 2017 na segunda posição – a primeira vez que acabou a prova, depois de duas participações anteriores em que abandonou -, e apesar de alguns altos e baixos ao longo do ano, a vitória em Marrocos a par das sensações com a nova moto, renovaram-lhe a esperança para o próximo Dakar: «Terminar a época com uma vitória e com uma moto tão boa para mim deu uma grande dose de confiança. As sensações com a nova moto permitem-me puxar aquilo bocadinho extra e levou a minha pilotagem a outro nível. Ninguém pode prever o que acontecerá no Dakar, mas a equipa fez um trabalho impressionante na preparação da moto, e sinto-me realmente muito bem», confessa Walkner.

Matthias Walkner, austríaco, 31 anos
Palmarés no Dakar:
2015 – abandono na 10.ª etapa (ganhou 1 etapa)
2016 – Abandono na 7.ª etapa
2017 – 2.º

Antoine Meo

Quem está de regresso depois de uma longa recuperação é Antoine Meo. Apesar da imensa experiência no enduro, Meo é o menos experiente da equipa em ralis, mas na sua primeira – e única – participação no Dakar, em 2016, impressionou: foi 7.º, e se não tivesse sofrido uma queda na 12.ª etapa, poderia muito bem ter lutado pelo pódio. Em 2017 participou apenas em três das cinco provas do campeonato da FIM, e obteve o seu melhor resultado precisamente na última, sendo 4.º, terminando o campeonato em 6.º: «Foi um ano duro. Depois de ter faltado ao Dakar de 2017 devido a um cirurgia de correcção no início da época, regressei Para fazer as provas do Abu Dhabi e Qatar, o que se calhar foi cedo demais. Depois de uma pausa durante o Verão, regressei para o OiLibya Rally. Fiquei surpreendido, porque imediatamente me senti em casa na moto nova e pude lutar pelo pódio. É difícil avaliar o meu ritmo neste momento. Sinto-me bem, mas tenho ainda muito trabalho pela frente até Janeiro», diz o francês.

Antoine Meo, francês, 33 anos
Palmarés no Dakar:
2016 – 7.º

Para além da formação com as cores da Red Bull, a marca austríaca conta ainda com duas máquinas da KTM Rally Factory Racing entregues à espanhola Laia Sanz, que irá participar pela oitava vez no Dakar, e ao argentino Luciano Benavides, irmão de Kevin Benavides, que fará a sua estreia no Dakar.

Laia Sanz e Luciano Benavides

Laia Sanz, espanhola, 32 anos (faz 33 dia 11/12)
Palmarés no Dakar:
2011 – 39.ª
2012 – 39.ª
2013 – 93.ª
2014 – 16.ª
2015 – 9.ª
2016 – 15.ª
2017 – 16.ª

Luciano Benavides, argentino, 21 anos
Palmarés no Dakar:
Estreante