Cumpridas que estão as três primeiras etapas do Dakar deste ano, a liderança está entregue ao piloto da KTM Sam Sunderland. Mas até quando?
A 3ª etapa foi marcada por trilhos com bastante areia e várias passagens pelas dunas, o que veio a aumentar a expectativa em termos de mudança de líder nas classificações. No entanto, e apesar da ameaça constante da equipa Honda, mais especificamente da parte de Kevin Benavides, a verdade é que foi o piloto da KTM que venceu a etapa realizada, mantendo-se no topo da classificação geral. Numa altura em que apenas se encontra em prova Fausto Mota, representando de certa forma as cores nacionais, as atenções viram-se agora para os lugares da frente.
Sam Sunderland disse no final da etapa que “este foi um dia duro – houve muita condução fora de estrada e algumas das dunas foram realmente difíceis de navegar e mesmo de subir. Em termos físicos, foi também bastante exigente. Estou feliz por ter vencido, mas ainda estamos no início e ainda temos um longo caminho a percorrer. A moto esteve bem durante todo o dia, mesmo em areia mole. Cometi alguns erros a meio da etapa, mas felizmente isso não me penalizou”.
A equipa Honda apostou no piloto argentino que atacou forte e conseguiu estar no final da 3ª etapa a três minutos do líder. Este revelou que está “muito contente e satisfeito com a etapa de hoje, onde estive a abrir a pista durante vários quilómetros. Foi duro, mas consegui um bom resultado o que me deixa numa boa posição. A especial foi de facto bastante dura, muito difícil nas dunas, com algumas partes muito moles, onde a moto continuava presa na areia. Vamos continuar a lutar neste Dakar de modo a melhorar o segundo lugar na prova.”
O outro piloto da KTM, Toby Price é que sofreu uma queda, logo após ter passado o segundo posto de controle e se encontrava a apenas 9 segundos do seu companheiro de equipa. Segundo o próprio disse “tudo estava a correr realmente bem hoje, pois sentia-me bastante confortável na moto. Sabia que a minha posição era boa, por isso forcei o andamento. Caí da moto após uma passagem pelas dunas, sensivelmente passados 140 km do inicio. Felizmente não me magoei, nem a moto ficou muito mal. O road-book ficou com areia o resto da etapa e tentei manter a minha posição. A pior coisa que aconteceu foi que perdi o meu “camelback” quando caí e não me consegui hidratar até à chegada.
Quanto a Laia Sanz, continua a liderar a categoria reservada às Senhoras, tendo terminado a etapa na 16ª posição, estando classificada no 18º posto da classificação geral.
A etapa de hoje irá levar os concorrentes num sprint ao longo da praia de San Juan de Marcona. Seguir-se-à uma secção disputada nas dunas, naquela que será uma das mais difíceis travessias de areia de todo o rali. A distância para hoje será de 444 km, dos quais 330 km serão cronometrados.