Dakar 2025 – FIM realiza o que será o primeiro controlo antidoping na história da prova!

Para surpresa de todos a FIM decidiu realizar um controlo antidoping aos seis primeiros a chegar ao fim da 8ª Etapa do Rali Dakar.

Combater aquilo que popularmente denominamos de ‘batotice’ através do uso de substâncias proibidas que melhoram a performance física (entre outras coisas), é algo que a Federação Internacional de Motociclismo (FIM) leva muito a sério. A organização liderada pelo português Jorge Viegas tem sido implacável no que ao doping diz respeito, e deu hoje, no Rali Dakar, mais uma prova disso mesmo.

No final da 8ª Etapa da maior e mais dura prova de todo-o-terreno no Mundo, um dia longo e que terminou no bivouac na capital saudita Ríade, os seis primeiros pilotos a chegarem ao acampamento não puderam dirigir-se automaticamente para as suas equipas.

Isto porque foram chamados pela organização e pela FIM para realizarem um controlo antidoping, aquele que será (à falta de confirmação oficial) o primeiro controlo antidoping da história do Rali Dakar que completa este ano 47 edições, e certamente o primeiro desde que a prova se disputa na Arábia Saudita.

Os pilotos chamados a cumprir este controlo foram não só o líder da classificação Geral das Motos, o australiano Daniel Sanders (Red Bull KTM Factory), mas também o seu perseguidor mais direto, o espanhol Tosha Schareina (Monster Energy Honda HRC), Jose Ignacio Cornejo (Hero MotoSports Team Rally), Ricky Brabec (Monster Energy Honda HRC), Skyler Howes (Monster Energy Honda HRC) e ainda Stefan Svitko (Slovnaft Rally Team).

Foto @ A.S.O. / Charly Lopez

De acordo com as informações que saíram do bivouac do Rali Dakar, a FIM define este controlo antidoping como um simples controlo de rotina, realçando que o mesmo aconteceu ao longo da temporada do Mundial de Rally Raid W2RC.

Não é a primeira vez que este tipo de ação contra o uso de substâncias dopantes foi realizada no campeonato do Mundo. Na verdade, a própria FIM confirma que o mesmo aconteceu na passada edição do Rali de Marrocos (outubro de 2024) e há mais tempo no Rali da Andaluzia (em 2022).

De acordo com diversos meios de comunicação espanhóis que acompanham ao vivo a prova na Arábia Saudita, e que estão ainda mais ‘atentos’ a esta situação devido à possibilidade do espanhol Tosha Schareina poder vencer esta 47ª edição, os resultados do controlo antidoping hoje realizado após a 8ª Etapa apenas serão conhecidos após o final da prova.

Para juntar ainda mais ‘ingredientes’ a esta surpreendente novidade no Rali Dakar, os mesmos meios de comunicação espanhóis avançam com a possibilidade de este controlo surgir na sequência de uma reclamação feita por uma equipa (não se sabe qual) sobre o facto de Kevin Benavides (Red Bull KTM Factory Racing) ter estado presente no local de arranque de uma etapa quando já tinha abandonado a prova.

Supostamente, e a acreditar na informação publicada pelo portal Mundo Deportivo, era intenção da equipa que fez a reclamação que toda a equipa Red Bull KTM Factory fosse excluída da prova por infração ao regulamento.

Porém, o piloto argentino obteve autorização especial por parte do diretor de prova, David Castera, para estar presente nesse arranque de etapa.

E por isso a Red Bull KTM Factory Racing não ficou particularmente agradada com o facto de uma equipa rival procurar obter vantagem por outros meios que não a competição pura.

Curiosamente, um dia depois de essa suposta reclamação, surge então o surpreendente controlo antidoping no Rali Dakar, e também num momento em que se fala da condição física de Tosha Schareina por causa de uma queda que sofreu na 5ª Etapa, existindo rumores de que está a competir com uma clavícula fraturada e infiltrações, algo que o próprio espanhol nega em absoluto, embora, e em conversa com os jornalistas após o controlo antidoping, admita que está a competir com dores por todo o corpo e tendo o ombro ligado.

Fique atento a www.motojornal.pt para estar sempre a par de todas as novidades do Rali Dakar. A não perder!