Texto de Rui Marcelo.
Reunião de Virtudes
Pense numa moto que reúna um eloquente carácter desportivo mas sem ser radical. Uma moto que seja confortável e espaçosa para dois ocupantes, que apresente bons níveis de protecção aerodiâmica e conforto global, sem perder o desenho e espírito de uma moto desportiva de estrada.
Pense numa cilindrada abaixo do litro de capacidade, com potência ajustável, sem exagero de electrónica – logo menor custo de aquisição – mas de qualidade, robusta, fácil de utilizar a diário, possível de desfrutar em condução mais desportiva – quiça até num track-day… Depois não se preocupe muito com a manutenção, com complexos sistemas electrónicos que a gerem, apenas um conjunto de provas dadas a nível mecânico e ciclístico, obviamente actual e muito aturado em termos de tecnologia.
Pois, tirando a Yamaha Nikken de três rodas, de facto a mais exótica e electrónica deste lote apresentado, mas aqui está porque também ela concentra tudo o atrás descrito, abrindo portas a um diferente olhar sob as duas rodas no futuro, todas as restantes são a prova de que ainda é possível constituir um segmento de motos outrora mais populares e preenchidas, mas ainda agora bastante procuradas. As desportivas de média capacidade, continuam a ser uma das escolhas para quem pretende apenas “a moto” para companhia num vasto leque de aventuras e jornadas, mas que por nada pretende ingressar no agora tão popular segmento das trail e maxi trail – óptimas viajantes e companheiras diárias – mantendo-se desde sempre ligados às motos de estrada, com origem desportiva.
As opções não são de facto muitas, mas ainda assim demarcam-se nas gamas por motivos de preço ou funcionalidades bastante comprovadas. É esta a nossa selecção.