Depois das versões com motores de 803 e 399 cc, a Ducati apresentou a Scrambler 1100. É agora a maior de todas elas, mas isso não significa que é menos ágil ou divertida. O seu motor de 1100 enche as medidas dos mais exigentes, e o seu comportamento dinâmico convence.

Pouco tempo após ter apresentado a primeira Scrambler da era moderna em 2015a Ducati tratou de fazer crescer a nova família. Depois dos primeiros modelos com motor de 803 cc, introduziu novas versões com motor mais pequeno, de 399 cc; gora, para 2018, surge a 1100. Passa assim a estar disponível com três motorizações, como aconteceu nos anos ’60, quando apareceram as Scrambler originais. Com uma diferença: essas eram monocilíndricas e ainda sem sistema desmodrómico na distribuição.

[cq_vc_sidebyside card1title=”DESTAQUES” card1titlecolor=”#000000″ card1content=”Cilindrada: 1079 cc
Potência: 86 CV/7500 rpm
Binário: 88 Nm/4750 rpm
Peso: 211 kg
Preço: 14 545 €” card1contentcolor=”#000000″ dividerbg=”#ffffff” dividercolor=”#333333″ card2avatar=”image” card2image=”10592″ cardshape=”cq-rounded” cardstyle=”customized” card1bg=”#e2791d” card2bg=”#e2791d”]

A nova Scrambler 1100 recorre, como não podia deixar de ser, a um bicilíndrico em V a 90°, o 1100 EVO (na verdade com 1079 cc) utilizado na Monster. Foi só actualizá-lo para a norma Euro4 e adaptá-lo ao carácter Scrambler; isso foi conseguido com a alteração do ‘overlap’ das válvulas, novo sistema de injecção e sistema secundário de ar.

o apenas maior: totalmente nova

Com a introdução de um motor de maior cilindrada e fisicamente maior, foi preciso fazer uma moto totalmente nova. Não bastou ‘inchar’ uma das versões existentes. Era preciso ter em conta as proporções estéticas e ergonómicas, sem perder de vista a filosofia da família Scrambler; e ao mesmo tempo mantendo uma posição de condução acessível e de acordo com o modelo.

Jeremy Faraud, o jovem designer de 27 anos responsável pelo desenho da Scrambler,explicou como o desenho da Scrambler foi alvo de grande atenção. Pequeno detalhes podem passar despercebidos, como o facto do tubo do travão dianteiro fazer uma curva acima do guiador. O tubo podia ter uma localização mais discreta, mas foi propositadamente feito assim. Foi inspirado nas Scrambler de antigamente e nas primeiras trail.

Para acolher o motor maior foi também concebido um novo quadro e também um novo braço oscilante. No final, temos uma Scrambler com maior distância entre eixos, ligeiramente mais alta, mas sem perder as características essenciais das Scrambler mais pequenas.

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Um ‘anel’ de LED é usado para a DRL (Daytime Running Light, a luz diurna) e tem um espectacular efeito estético

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O painel de instrumentos é redondo e digital, com toda a informação necessária, incluíndo um ‘apêndice’ dedicado ao velocímetro. O tubo do travão dianteiro dá a volta por cima, como nas primeiras motos de todo-o-terreno

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O assento desta versão Special dá um forte contributo à aparência retro mas ao mesmo tempo moderna da Scrambler 1100. E é confortável

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O motor é o 1100 EVO já usado na Monster e adaptado a este modelo. Bom empurrão e muito suave, mesmo em baixos regimes

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Dois discos de Ø320 mm, pinças Brembo M4.32 monobloco e Cornering ABS Bosch 9.1 MP asseguram uma travagem segura

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[vc_progress_bar values=”%5B%7B%22label%22%3A%22MOTOR%20-%209%20pontos%22%2C%22value%22%3A%2290%22%2C%22color%22%3A%22bar_orange%22%7D%5D” title=”AVALIAÇÃO “][vc_toggle title=”Lê mais sobre o Motor” style=”rounded”]A Ducati pode ter ido à ‘prateleira’ buscar este motor, e 86 cv podem não parecer muito para uma 1100. Mas na prática este motor encaixa perfeitamente na filosofia Scrambler. Tem binário suficiente para proporcionar sensações fortes a cada solicitação do punho direito, é muito suave, sem bater nem solução a baixas rotações. Associado a uma caixa de velocidades suave e precisa e a uma embraiagem de accionamento muito leve, o conjunto propulsor tem prestações suficientes para entusiasmar os mais animados, ao mesmo tempo que é fácil de usar em trajectos urbanos.[/vc_toggle][vc_progress_bar values=”%5B%7B%22label%22%3A%22CICL%C3%8DSTICA%20-%209%20pontos%22%2C%22value%22%3A%2290%22%2C%22color%22%3A%22bar_turquoise%22%7D%5D”][vc_toggle title=”Lê mais sobre a Ciclística” style=”rounded”]A Ducati fez um quadro – que continua a ser uma treliça tubular – e um braço oscilante novos para encaixar o motor maior desta Scrambler. No processo de desenvolvimento asseguraram-se que continuava a ser uma Scrambler, sem se distanciar da filosofia das versões existentes. Nesta apresentação mundial apenas rodámos na versão Special, com forquilha Marzocchi de Ø45 mm ajustável e amortecedor KYB, também ajustável. A versão Sport tem suspensões Öhlins. O conjunto é um bom compromisso entre conforto e comportamento dinâmico. O conjunto de travagem Brembo faz um bom trabalho. A Scrambler 1100, apesar de maior, mantém uma grande agilidade, sendo rápida e neutra nas mudanças de direcção, permitindo adoptar uma condução mais ‘desportiva’. Ao mesmo tempo é confortável o suficiente para trajectos maiores de fim-de-semana, por exemplo.

 

[/vc_toggle][vc_progress_bar values=”%5B%7B%22label%22%3A%22QUALIDADE%2FPRE%C3%87O%20%20-%208%20pontos%22%2C%22value%22%3A%2280%22%2C%22color%22%3A%22bar_orange%22%7D%5D”][vc_toggle title=”Lê mais sobre Qualidade e Preço” style=”rounded”]A qualidade de construção e a tecnologia usada na Scrambler 1100 é do melhor que se faz hoje em dia. A versão Special – a intermédia – é proposta a 14 545 €, o que a coloca a par da concorrência directa, como a BMW nineT Scrambler.  A versão base custa 13 245 € e a Sport, com suspensões Öhlins, custa 15 245 €.[/vc_toggle]

Maior, melhores prestações e mais tecnologia

Do ponto de vista estético é claramente uma Ducati Scrambler. Mas por trás do ar retro moderno, esconde algumas das mais recentes tecnologiasusadas pela marca italiana.Além de ser a maior das Scramblers, é a também mais avançada tecnologicamente. E a de melhores prestações, que são o verdadeiro motivo por trás da sua criação. A alguns motociclistas mais experientes mesmoa 803 cc não apelava muito em termos de prestações. Para esses, as Sixty2 ou Classic sabiam a pouco. Agora com a 1100 esse segmento de clientela fica coberto. Os 86 cv de potência máxima podem parecer modestos no papel. Na prática, graças a um excelente binário, o empurrão da Scrambler 1100 é mais do que convincente.

A gama Scrambler vendeu cerca de 46 000 unidades desde o seu lançamento em Janeiro de 2015. Com a introdução desta 1100 vai chegar a esse tipo de clientes que queria mais, e certamente fazer crescer esses números. Para a Ducati, a Scrambler 1100 é o ‘Olimpo do Mundo Scrambler’, colmatando o desejo dessesque queriam um pouco mais – quer em termos de prestações quer de tecnologia. Com melhores prestações, mas igualmente fácil de usar e com a mesma estética bem sucedida.

Graças ao acelerador ride by wire e à introdução da IMU, a Scrambler 1100 vem equipada com três modos de condução, Cornering ABS Bosch 9.1 MP e controlo de tracção. O painel de instrumentos é redondo e inspirado no passado, mas totalmente digital.

Dinâmica convincente

Tivemos um primeiro encontro com a Scrambler 1100 em Portugal, onde foi feita a sua apresentação mundial à imprensa. Foi entre Lisboa e nas estradas da Serra da Arrábida, que ficámos a conhecer as capacidades da 1100, na versão Special.

Apesar de maior (mais 69 mm de distância entre eixos) e mais alta (o assento está a 895 mm do solo, em vez de 840), e com um depósito maior (agora com 15 l, mais 1,5 l que os existentes modelos), a posição de condução é bastante acessível. A 1100 está disponível em três versões (1100, 1100 Special e 1100 Sport) e rodámos apenas na Special, que se distingue pelas rodas de raios, suspensões ajustáveis (forquilha Marzocchi dourada, amortecedor KYB) e guarda-lamas em alumínio. A Sport distingue-se pelas jantes de alumínio, braço oscilante negro e suspensões Öhlins totalmente ajustáveis.

 

 

Os modos de condução foram re-baptizados na Scrambler 1100: Active, Journey e City, sendo o primeiro o mais desportivo e o último o mais sereno, para circulação urbana ou à chuva. Os dois primeiros permitem a utilização da potência máxima (86 cv), mas ajustam a reacção ao acelerador – mais directo no Active, mais suave no Journey – e a intervenção do controlo de tracção. No modo City a potência máxima é reduzida a 75 cv, a resposta ao acelerador é ainda mais suave e o controlo de tracção é mais interventivo.

Competente e divertida

Na verdade, e apesar de ter chuviscado durante o dia, o modo Active foi o que mais usámos. A Scrambler ganhou muito com a introdução deste motor. O seu binário desde os mais baixos regimes é impressionante, e não ‘bate’ nem vibra, e é um deleite cada vez que rodamos o acelerador. Com uma caixa de velocidades muito suave e precisa torna a condução num verdadeiro prazer. E a embraiagem é tão suave que basta um dedo para a accionar.

No caso desta versão Special as suspensões são firmes, contribuindo para um bom comportamento dinâmico, continuando a lidar bem com estradas de mau piso. Os dois discos de Ø320 mm com pinças Brembo M4.32 monobloco asseguram um excelente poder de travagem. Com tudo isto, encarar uma estrada sinuosa é como entrar num parque de diversões. Quando chegamos à cidade a facilidade mantém-se. Tudo é muito suave; o facto deste motor não ‘bater’ em baixas, e de todos os comandos serem tão suaves, torna tudo fácil e agradável.

A Scrambler 1100 Special custa 14 545 € (13 245 € para a versão base e 15 245 € para a versão Sport).

  FICHA TÉCNICA

[vc_toggle title=”MOTOR E TRANSMISSÃO” style=”rounded” color=”orange”]

Tipo 2 cilindros em V a 90°, 4 tempos, refrigeração líquida, 4 válvulas por cilindro, sistema desmodrómico
Cilindrada 1079 cc
Diametro x Curso 98 mm x 71 mm
Potência máxima 86 cv (63 kW)/7500 rpm
Binário máximo 88 Nm/4750 rpm
Alimentação injecção electrónica
Embraiagem multidisco, banho de óleo
Transmissão final por corrente
Caixa de velocidades 6 velocidades

[/vc_toggle][vc_toggle title=”CICLÍSTICA” style=”rounded” color=”orange”]

Quadro Treliça tubular em aço
Pneu dianteiro Pirelli MT 60 RS 120/80 ZR 18
Pneu traseiro Pirelli MT 60 RS 180/55 ZR 17
Suspensão dianteira forquilha telescópica invertida Marzocchi Ø43 mm, totalmente ajustável, curso de 150 mm
Suspensão traseira sistema mono-amortecedor, amortecedor Kayaba ajustável em recuperação e pré-carga da mola, curso de 150 mm
Travão dianteiro 2 discos de Ø320 mm, pinças de Brembo de 4 êmbolos, Cornering ABS
Travão traseiro disco de 245 mm, pinça de um êmbolo, Cornering ABS

[/vc_toggle][vc_toggle title=”PESO E DIMENSÕES” style=”rounded” color=”orange”]

Altura 1290 mm
Altura do assento 810 mm
Comprimento total 2190 mm
Distância entre eixos 1514 mm
Ângulo da coluna de direcção 24°50
Trail 111 mm
Peso em ordem de marcha 211 kg
Capacidade do depósito 15 l

[/vc_toggle][vc_toggle title=”PREÇOS” style=”rounded” color=”orange”]

  Scrambler 1100 Scrambler 1100 Special Scrambler 1100 Sport
Cores Amarelo 62 e preto cinza preto
Preço 13 245 € 14 545 € 15 245 €

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