Editorial Revista Motojornal Nº1471
Estamos a chegar àquela altura do ano, que a grande maioria de nós adora, mas que para outra grande parte, é só mais uma época recheada de hipocrisia! Enquanto a opinião pública se divide entre assistir a novelas caricatas e ridículas vindas de minorias que passaram a desfilar os seus egocentrismos pelos corredores da Assembleia da República, outros tantos seguem com grande atenção a novela “Sócrates e o Amigo”, ou ainda os capítulos da série “Remar Contra Rio”. E assim vamos nós, embalados agora pelas ruas enfeitadas de luzinhas cintilantes, músicas que antecipam a chegada romântica e feliz da época natalícia, o cheiro a castanhas assadas e a solidariedade! Ahhhhh, que solidários nos tornamos agora! É sempre assim, não há nada a fazer. Eu gosto, em particular, desta época do ano, mais que não seja pela alegria que vemos estampada no rosto, quer de crianças como de adultos, mas confesso que me faz alguma confusão a hipocrisia da solidariedade. Não devemos ser solidários ao longo de todo o ano? Não devemos ajudar o próximo ao longo dos 12 meses? Não devemos contribuir para tornar a vida de alguém um pouco melhor sempre que possamos?
Da nossa parte, os mais atentos já terão reparado que temos dedicado espaço a divulgar algumas instituições e já há alguns meses, passando assim também a dar o nosso humilde contributo a essas “tais” causas sociais e, mais importante que tudo, estendemos esta nossa iniciativa a todas as edições do ano. O nosso espaço, é o vosso espaço e assim contribuiremos com o que estiver ao nosso alcance para ajudar quem mais precisa. Fiquem atentos e se poderem, associem-se a nós. Vamos fazer mais e melhor, juntos!
Termino esta nota com uma palavra de pesar à família e amigos do Domingos Piedade, o “Senhor F1” que nos deixou no passado dia 30 de Novembro, em consequência de um cancro do pulmão, contra o qual lutava desde 2017. Piedade deixou-nos aos 75 anos de idade, mas para sempre perdurarão os seus feitos e conquistas no desporto automóvel, não esquecendo que foi uma das peças importantes que se cruzaram na vida e carreira do Miguel Oliveira. Que descanse em paz!
