Desde há muito que a CBR650, inicialmente numa versão F e mais tarde numa versão R, defende a honra da Honda ao nível das desportivas de média cilindrada. Aliás, na sua anterior renovação, e de acordo com o comunicado de imprensa da marca, a CBR650R foi mesmo a desportiva de média cilindrada mais vendida na Europa em 2021!
Motivo mais do que suficiente para que agora seja renovada, ainda que de uma forma muito “superficial”, mas com a Honda a reforçar os argumentos deste modelo tão popular.
Adotando uma imagem significativamente mais agressiva, com carenagem integral, a nova Honda CBR650R conta com o mesmo motor quatro cilindros em linha de 649 cc. Na verdade, esta unidade motriz não sofre qualquer alteração, pelo que continua a disponibilizar uma potência de 95 cv às 12.000 rpm, enquanto o binário máximo também se mantém nos 63 Nm às 9.500 rpm.
Com um motor inalterado na sua performance, o grande destaque a nível mecânico na nova CBR650R vai inteiramente para a estreia do sistema de embraiagem eletrónica, o denominado E-Clutch, sobre o qual a Revista MotoJornal já aqui lhe contou todos os destaques.
Esta é a primeira moto Honda a disponibilizar o E-Clutch como opcional, e caso o proprietário opte por adquirir a CBR650R com o sistema, isso significa um aumento de apenas 2 kg em relação ao peso da moto sem o sistema. O que significa que em vez de 209 kg a cheio a CBR650R passa a pesar 211 kg.
A E-Clutch Honda utiliza elementos das performances e da tecnologia que se encontra nos sistemas Quickshifter, nas embraiagens manuais e ainda no sistema exclusivo de transmissão de dupla embraiagem, criando uma mistura única de todas estas abordagens comprovadas. Este sistema ultracompacto e o hardware da embraiagem e da transmissão não é diferente do de uma moto normal, o que ajuda à viabilidade de futuras aplicações.
O funcionamento do E-Clutch elimina a necessidade de utilizar uma manete de embraiagem para engrenar uma mudança acima ou abaixo na caixa. O condutor só tem de acionar o seletor para alterar a mudança, e assim usufruir de uma condução mais desportiva e emocionante.
A manete da embraiagem é dispensada para arrancar ou parar. Ativo assim que se liga o motor, o sistema E-Clutch que pode ser usado na CBR650R gere ambos os cenários de forma suave, ao mesmo tempo que elimina a possibilidade de o motor se ir abaixo, dando assim maior comodidade e tranquilidade na condução em cidade.
Para além do prazer e da comodidade, o E-Clutch oferece também a máxima flexibilidade.
Se o condutor quiser, pode acionar normalmente a manete da embraiagem em qualquer altura. Se a manete da embraiagem for usada, o sistema E-Clutch reativa-se em menos de um segundo, acima de uma certa rotação. A rotações menores, esse tempo passa para 5 segundos. Se o condutor quiser desligar o sistema também o pode fazer usando o interruptor do lado esquerdo. A alteração para o funcionamento manual é indicada pela letra “M” no painel de instrumentos.
A embraiagem eletrónica E-Clutch também permite ao condutor selecionar um nível de “sensação de funcionamento”, definindo assim a força necessária no pedal das mudanças para efetuar uma mudança de velocidade.
Neste caso existem três definições: Hard, Medium e Soft, cada uma das quais pode ser selecionada independentemente para as reduções ou para engrenar relações de caixa mais altas, garantindo assim um nível de adaptação da caixa e embraiagem às preferências do condutor como nunca antes visto.
Das novidades mecânicas passamos para os restantes destaques desta novidade Honda.
Com a sua motorização de quatro cilindros claramente exposta, a nova CBR650R ganha dois faróis de LED redesenhados, tal como as carenagens superior e inferior, misturando uma aparência musculada com linhas e ângulos mais vincados.
A posição de condução será agressiva, o que podemos confirmar pela colocação dos avanços montados por baixo da mesa de direção superior, e complementados pelos poisa-pés mais para trás. O assento foi também renovado, está mais compacto, mantendo uma aparência que combina com a postura agressiva da CBR650R.
As formas do banco único para condutor e passageiro foram revistas para melhor corresponder às novas formas da moto, mas a altura manteve-se nos 810 mm em relação ao solo. Debaixo do assento esconde-se uma ficha USB do tipo C, perfeito para carregar e ligar todo o tipo de aparelhos móveis.
A tecnologia tem uma presença reforçada na nova Honda CBR650R.
Por exemplo, encontramos agora nesta desportiva japonesa um novo ecrã TFT a cores de 5 polegadas, que recorre a colagem ótica de forma a melhorar a leitura das informações mesmo sob luz solar intensa. Ao selar o espaço entre o vidro de cima e o ecrã TFT com resina, o brilho é reduzido e melhora-se a transmissão da luz de fundo.
Este painel de instrumentos permite a personalização da forma como as informações são apresentadas, com o condutor a poder optar entre os modos Bar, Circle e Simple e também oferece conetividade para smartphones com a aplicação Honda RoadSync instalada.
A aplicação Honda RoadSync – através de um interruptor de 4 vias simplificado, de utilização fácil e retroiluminação no punho esquerdo – permite ter uma navegação detalhada diretamente no ecrã, para além da opção (usando um conjunto Bluetooth de auscultadores/microfone no capacete) para o condutor fazer chamadas ou ouvir música ou receber informações de voz sobre o estado do tempo.
Tudo o que é necessário fazer é descarregar a aplicação gratuita Honda RoadSync da Play Store ou da App Store, ligar-se à CBR650R e fazer-se à estrada!
A Honda vai comercializar a CBR650R em 2024 em duas opções de cores: Vermelho Grand Prix (Tricolor) ou Preto Metalizado Mate Gunpowder. E para garantir que cada cliente consegue personalizar a moto de acordo com as suas necessidades, existirão packs de equipamento pré-definidos: Pack Racing e Pack Comfort.
De momento a Honda Portugal ainda não confirmou preço ou disponibilidade no nosso país desta nova CBR650R, pelo que teremos de aguardar pela confirmação oficial e atualizar este artigo assim que possível com estas informações.
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