Portugal não tem, infelizmente, muitos pilotos de motociclismo a competir num campeonato do mundo. Pelo menos dentro da disciplina da velocidade ao nível mais elevado e a tempo inteiro. Pedro Nuno é um dos poucos que leva a bandeira nacional aos maiores palcos mundiais.
Depois de vários anos a tentar a sua sorte nas mais diversas cilindradas e categorias dos campeonatos de Portugal ou Espanha, o piloto de 23 anos, que iniciou a sua carreira nas motos em 2008, encontra-se agora a competir no Mundial de Resistência FIM e integrado na histórica e muito experiente equipa Team Bolliger Switzerland, liderada por Kevin, filho do fundador e carismático Hanspeter Bolliger.
Pedro Nuno é hoje em dia um piloto da mais importante competição da disciplina de resistência em motos, e na classe EWC, a principal, divide os comandos da Kawasaki Ninja ZX-10R #8 com os companheiros de equipa Nico Thoni, Marcel Brenner e, para 2024, também dividirá com o novo recruta Alex Toledo.
Com o aproximar do início de mais uma temporada que se espera emocionante e altamente competitiva, conseguimos “roubar” uns minutos da preparação do Pedro Nuno, que gentilmente acedeu ao nosso convite para falar connosco.
Foi no espaço da Apex Store, cujo proprietário Pedro Cardoso é um fã do piloto luso, que nos encontrámos com o Pedro Nuno e ficámos a conhecer em maior detalhe a sua história de vida, e de resistência, pois há não muito tempo viu a sua vida “por um fio” em resultado de um acidente gravíssimo enquanto competia em Espanha.
Motojornal – 2017 foi talvez o ano mais difícil da tua carreira e da tua vida. Ainda pensas no momento do acidente que quase custou a tua vida?
Pedro – É um momento ou um ano, na verdade anos porque começou em 2017 e acabou no início de 2019, são anos que tenho guardado na minha memória e estão bem marcados. Mas não é uma coisa que eu pense quando estou em cima da moto, ou que eu pense diariamente. Isso não me afeta nada. Mas obviamente é como uma cicatriz, é uma marca que fica, mas a vida segue.
Motojornal – E por falar em ficar marcado, tens marcas físicas do acidente. O teu dia a dia viu-se alterado pelo que aconteceu?
Pedro Nuno – Viu. Pelo défice de mobilidade que tenho no pé (esquerdo), ficam as dores diárias, tenho dores quer no pé, quer nas costas pois fraturei a L3. E isso prejudica quer seja em ginásio quer seja no dia a dia, mas o que custa mesmo muito é a dor com que tenho de viver. É uma dor que já é constante.
Motojornal – Chegaste a um ponto, quando estavas em recuperação, de pensar que não ias conseguir voltar a andar de moto ou desde início essa hipótese para ti nunca se colocou? Tendo em conta que a tua vida esteve por um fio…
Pedro Nuno – Obviamente que essa hipótese vai para cima da mesa. Nunca foi esse o meu objetivo. Agora estou bem porque tive o meu foco sempre bem definido, o objetivo era voltar às corridas e não apenas estar bem para o dia a dia. É por isso que agora estou bem fisicamente, ou melhor do que estaria. Mas automaticamente que quando tens um acidente como este isso vai para cima da mesa.
Motojornal – Para a tua família também foi complicado. Sei que o teu irmão Nuno também sofreu um acidente grave que o levou a desistir do motociclismo de competição, e sei que tanto a tua mãe como o teu pai vivem a tua carreira de uma forma muito apaixonada.
Pedro Nuno – Foi. Em 2010 o meu irmão teve o acidente e teve de tirar um rim, e isso afastou-o das motos. Em 2017 fui eu e obviamente que os meus pais chegaram a um ponto em que estavam cansados de ver os filhos a sofrer. Estavam cansados do desporto, também de algumas injustiças. Portanto sofreram muito. Eu cheguei a um ponto em que me apercebi que era eu que estava a dar força aos meus pais. Tinha de ter força para seguir com a fisioterapia e depois tinha de chegar a casa e fazer a parte familiar.
Motojornal – Mas todo esse esforço foi recompensado e recebeste o OK médico para regressar. Como é que te sentiste nesse momento?
Pedro Nuno – A primeira vez que andei mesmo numa moto depois do acidente foi numa supermoto, em que parti logo o braço. Foi uma coisa atrás de outra. Mas quando me sentei na 1000, até foi sem autorização médica ao início, mas quando tive o OK… foi… parecia que estava a viver um sonho com tanto sofrimento e dor que eu passei, o OK do médico foi como uma vitória. Sem dúvida nenhuma!
Motojornal – E voltaste a um bom nível. Se calhar contrariando prognósticos. Voltaste a reacender a luta com o Ivo Lopes, que era aquela luta que todos viam nas nossas pistas. E voltaste a Espanha. Mas de repente a tua carreira nas corridas curtas parou. Como é que se explica que um dos melhores pilotos do nosso campeonato e a mostrar serviço em Espanha, de repente fica parado?
Pedro Nuno – Sinceramente, nem eu sei. Ou seja, a minha oportunidade para ir para o Mundial de Resistência FIM veio da minha dificuldade em arranjar apoios para continuar nas corridas curtas, inclusive acabei o ano de 2021, o último ano no campeonato espanhol, nos pódios e a discutir as vitórias, e mesmo assim não consegui um lugar. Ou melhor, consegui, consegui grandes convites de grandes equipas, mas tinha de chegar à frente com bastante dinheiro como em qualquer campeonato. E cá em Portugal não consegui esse orçamento, e surgiu a oportunidade da Resistência, e eu tive de aproveitar porque este mundial dá mais valor aos pilotos do que um outro campeonato do mundo e neste momento estou super bem, obviamente com olho em outras coisas, a ver se faço corridas do campeonato espanhol ou quem sabe no mundial SSP. Mas, lá está, é tudo um “se…”.
Motojornal – A tua entrada no Mundial de Resistência foi quase como o destino a funcionar, no momento certo. A tua primeira equipa foi a Slider Endurance com uma R1, que tua conheces bem, mas foi um campeonato completamente diferente. Qual foi o maior choque que tiveste na resistência?
Pedro Nuno – Nunca tinha feito corridas de resistência. O primeiro impacto até foi em 2021, quando surgiu a oportunidade para ir para a Slider Endurance fazer a última corrida do campeonato, o Bol d’Or. Foi um choque porque dividir a moto com mais dois ou três pilotos, e depois pensar em como um desporto individual se transforma num desporto em equipa. E isso é a parte bonita do campeonato. E depois quando falamos de alguma coisa da moto temos de ver se está bem para todos. O choque físico, porque por muito bem que estejas fisicamente, obviamente numa corrida de resistência sofres sempre, ainda mais eu que tenho algum défice logo à partida. Apesar da rapidez estar lá, lutei pelos primeiros lugares nas Stock, mas efetivamente o foco durante a corrida em si é totalmente diferente do foco numa corrida em sprint.
Motojornal – Depois dessas primeiras amostras de resistência com a Slider Endurance acabou por surgir em 2023 o convite da Team Bolliger Switzerland, uma equipa histórica, e o Kevin Bolliger fez uma aposta em ti e tu na equipa. Como é que te sentiste? Porque não é propriamente uma equipa, sem desmerecer as outras, de “vão de escada”.
Pedro Nuno – Foi tudo um pouco em cima da primeira prova. Eu já tinha dito à Slider Endurance que ia fazer o ano todo com eles, o Mika que era o patrão da Slider sabia que eu andava de olho nas equipas oficiais de EWC. Eu tenho um grande amigo meu que foi piloto durante muitos anos da Bolliger, já tinha tentado que eu fosse para lá de 2021 para 2022, e o Kevin já me conhecia, já me acompanhava, e realmente ir para uma equipa de EWC em que o nível sobe, tem muita experiência, é a mais antiga do campeonato com mais de 40 anos de corridas. Obviamente que a moral e motivação, tudo sobe. E realmente tem sido uma experiência incrível em que eu tenho aprendido bastante.
Motojornal – Para ti, em termos de carreira, também foi uma mudança grande porque passaste de piloto pagador para piloto que recebe para competir. Isso dá-te outro nível de confiança e tranquilidade para competir?
Pedro Nuno – Só o facto de estar em cima da moto e estar a fazer contas ao orçamento de que se cair tenho de pagar e depois ainda tenho de ter dinheiro para a viagem de volta. Basicamente isso são décimas que se vai perdendo por volta. O facto de não ter essa preocupação é uma vantagem que se transforma em motivação que uso para pilotar em pista.
Motojornal – E depois de um ano a competir e a conviver com a Bolliger, com o Marcel Brenner e o Nico Thoni, os teus companheiros de equipa, como é que te sentes na equipa?
Pedro Nuno – Sinto-me super bem. É uma equipa bastante acolhedora, que está num nível EWC, mas continua a ter a sua parte familiar, que é importante para nós, os pilotos. Sempre fui um piloto que consegui dar-me sempre bem tanto com os companheiros de equipa como com os chefes, e claro que sou o mais novo e há sempre aquelas brincadeiras, mas isso deixa-me muito confortável.
Motojornal – E o que é que mais te surpreendeu na equipa?
Pedro Nuno – A organização e o método de trabalho dos suíços foi o que mais me impressionou. Somos a segunda equipa mais rápida do campeonato (nas paragens na box) e ver como os suíços trabalham. O suíço não pensa no presente, está sempre a pensar no futuro, para que se acontecer alguma coisa estar tudo previsto. Obviamente que em cima da moto aprendo muito com eles, como gerir uma corrida, mas tudo o que envolve as corridas é uma experiência única.
Motojornal – Ensinaram-te muito?
Pedro Nuno – Ensinaram. Para além de que estava habituado à Yamaha desde 2015. E agora passar para uma marca diferente, para uma moto diferente, que não tem qualquer especificação de moto de estrada, e eles ensinaram-me bastante.
Motojornal – E passaste a ter dois companheiros de equipa, o Nico e o Marcel. Como é a vossa relação?
Pedro Nuno – É uma relação muito boa mesmo. Já conhecia o Marcel da Moriwaki Junior Cup, por acaso nesse mesmo campeonato sempre foi um dos pilotos com que me dei sempre muito bem, e o Nico é, digamos que é o capitão dos pilotos, o que tem mais experiência.
Motojornal – Se o Nico disser que determinado caminho é o que se deve seguir, a palavra dele vale mais? Todas as opiniões contam. Mas chega a uma altura em que se tem de tomar decisões.
Pedro Nuno – Não é que a palavra dele vale mais. Falo por mim, mas sinto isso também da parte do Marcel, a palavra dele, o que ele diz, tem bastante peso na nossa própria opinião. E tenho muita confiança no Nico. Alguma coisa que possa alterar na moto recorremos sempre e falamos sempre com o Nico. Ou seja, já é automático. E por exemplo, algumas coisas, como aconteceu no Bol d’Or do ano passado, a pista estava com condições difíceis, não sabíamos se usávamos pneus de seco, se de chuva ou mistos, porque no EWC temos os mistos. E a opinião de todos foi mandarmos o Nico para a pista porque é o piloto que se adequa muito bem à chuva, tal como eu, mas com a experiência no mundial que ele já tem, se calhar em determinadas situações mantém a cabeça mais fria e eu como companheiro de equipa não tenho qualquer problema nem vergonha em dizer isso.
Motojornal – E este ano ainda vão ter mais um piloto.
Pedro Nuno – É o Alex Toledo. Já o conheço do campeonato espanhol. Sim, vai ser uma boa adição à equipa. Do que conheço, digamos que vai ser um Marcel #2. Ou seja, é um piloto que já esteve nas 600, já esteve nas Moto2 como o Marcel, tem um bom ritmo e isso vai ser um bom complemento. Inclusive a meio de novembro (2023) fizemos um teste com ele em Barcelona, foi a segunda 1000 que ele andou, e adaptou-se muito bem à moto. Dos eventos que já realizámos com a equipa a minha relação com ele é excelente, talvez mais natural, como é latino é mais fácil, e como eu falo espanhol é mais fácil. Mas estamos todos a dar muito bem e acho que isso é o mais importante.
Motojornal – A outro nível, o Kevin é quem gere os destinos da equipa e tem-te em muito boa conta do que eu vi em Le Mans. É mesmo bom trabalhar com o Kevin?
Pedro Nuno – Sim, claro. Primeiro que tudo o Kevin tem uma coisa boa. Ele foi aprendendo muito com o pai, o que lhe dá uma bagagem enorme. Seres vice de uma equipa ou o presidente é uma coisa totalmente diferente. Mas a experiência ele ganhou-a com o pai. Depois, trabalhar com ele é muito bom, porque ele tem os momentos muito bem definidos. Quando tem de impor a liderança e ser um chefe de equipa ele é. E tem aquele lado de criança dele que é quase pior do que eu, e isso faz com que a nossa relação seja muito próxima, não temos qualquer problema de dizer a ele o que se passa na moto, ou na equipa. Uma relação muito próxima, mas com muito respeito. E acho que ele aí torna tudo mais fácil.
Motojornal – O teu contrato é para este ano e as negociações são sempre complicadas porque há muitos fatores a ter em conta. Mas já falaram ou já tens ideia do que poderá ser 2025? Há interesse em continuar?
Pedro Nuno – Interesse tenho sempre! Inclusive o ano passado assinei o contrato (para este ano) logo depois de Spa, ainda muito cedo. Posso adiantar que no final do ano passado houve uma aproximação à Kawasaki oficial, à fábrica. Obviamente que para 2025 gostava de ser um piloto de fábrica, veremos se poderei ter essa hipótese ou não. Mas tenho sempre interesse em ficar onde me sinto bem e sinto-me muito bem na Bolliger, e se correr tudo bem, e obviamente é tudo ainda muito prematuro, se tiver de ficar não tenho qualquer problema e até quero isso.
Motojornal – E por falar na Bolliger, competes agora com uma Kawasaki, uma moto com que nunca tinhas competido. Como é que foi a mudança para uma moto totalmente diferente com uma preparação mais profissional?
Pedro Nuno – Aí foi um grande choque. A Kawasaki é uma moto totalmente diferente da Yamaha R1 na forma de se conduzir. É uma moto mais física, conduz-se muito com a traseira da moto, mas sem esquecer o peso sobre a dianteira. Ou seja, é um misto. A forma como a eletrónica funciona também é totalmente diferente. Eu tive o primeiro contacto com a moto nos testes antes de Le Mans, duas semanas antes da corrida, e senti-me bem, fiz logo tempos bons com os meus colegas de equipa. Não foi difícil chegar aí, mas chegas a esse ponto e aí sim, a Kawasaki tem as suas manhas, e falta-me a experiência. Mais horas em cima da moto.
Motojornal – E vocês tiveram vários problemas de eletrónica na temporada. A equipa solucionou esses problemas? A preparação da moto vai ser modificada?
Pedro Nuno – Problemas na eletrónica e elétricos. O Kevin e o pai, porque o pai ainda continua a ajudar, passaram o inverno todo a perceber o porquê, inclusive problemas de quickshift, e conseguimos descobrir que um dos problemas poderia ser a bateria, ou seja, a fonte de alimentação. Já fizemos alguns testes e vamos fazer mais testes sobre isso. Continuar a trabalhar e à partida estará solucionado. A moto vai ser a mesma, a mesma decoração ou muito parecida, e a nível técnico vamos manter tudo igual.
Motojornal – Saindo agora da tua vida na Bolliger, tu és um dos poucos pilotos portugueses num campeonato do mundo. Mas na verdade, continua a ser muito difícil para ti arranjar apoios para treinar e viver disto. Compreendes que hoje em dia ainda seja tão complicado encontrar o suporte que te permita depois estar num nível superior na competição?
Pedro Nuno – Não compreendo e o que me deixa ainda mais revoltado é essa dificuldade dentro do nosso meio. Na velocidade apenas eu e o Miguel (Oliveira), no motociclismo nacional no geral há muitos poucos que a estarem num mundial. E realmente não percebo como é que marcas de motos ou ligadas ao motociclismo não apoiem. Posso dizer que este inverno já bati a muitas portas. Continuo a ter muita dificuldade em arranjar uma moto equivalente, que seria Kawasaki, para treinar cá, para estar o mais preparado possível, e está a ser bastante difícil. E entre estas dificuldades existem outras de orçamentos, e realmente é isso que me deixa revoltado.
Motojornal – Na verdade, estamos então a falar de um piloto português que está num mundial, numa das melhores equipas, mas continuas a ter de fazer o teu dia a dia a trabalhar fora das motos para te poderes alimentar.
Pedro Nuno – Sim, o meu dia a dia é trabalho como TVDE, paro durante o dia para treinar. Fim de semana também aproveito para treinar na pit bike ou trabalhar e depois à noite fazer cardio.
Motojornal – É uma gestão complicada em termos de carreira?
Pedro Nuno – E eu estou mais na área da TVDE porque é o que me permite ter disponibilidade de horários ou se a equipa me chamar para testes, ou outras oportunidades dessas, e poder largar o que estou a fazer e ir para as motos. Portanto, ainda não tive a sorte de poder dizer que sou piloto do mundial e profissional e desfrutar quer seja do sacrifício, quer seja dos louros, de ser um piloto de mundial. Mas é assim… atrás do sonho.
Motojornal – O campeonato tem quatro rondas. E na verdade para muitas equipas são apenas três, porque são poucas as equipas que vão a Suzuka. Compreendes que um campeonato mundial tenha apenas quatro rondas? É difícil competir assim.
Pedro Nuno – Sim, é difícil se não tivermos um campeonato extra. Muitos pilotos que estão lá estão noutros campeonatos. MotoE, outros estão no campeonato italiano, espanhol, inclusive outros têm outros campeonatos do mundo. Ou seja, para mim é mais complicado porque tenho de trabalhar e conseguir chegar às provas e ter o ritmo que tenho. Às vezes as pessoas não têm a noção de como isso é difícil. Voltando ao campeonato, sim, penso que será um erro da FIM não fazer este campeonato noutros países. Falava-se em voltar à Malásia. Não sei o que é que se passa com a FIM, que com tantos países na Europa está agora mais focada fora da Europa o que tornará as coisas mais difíceis. Mas efetivamente um campeonato com quatro corridas é difícil de manter a performance elevada.
Motojornal – Até porque é um campeonato que atrai muitos fãs!
Pedro Nuno – Sem dúvida. Le Mans e Bol d’Or é o que atrai mais fãs. Quando estão a cantar o hino francês é de arrepiar! Em Spa já não foi tanto assim, mas mesmo assim o paddock cheio, as bancas de vendas de merchandising cheias, bancadas cheias. Por acaso o clima que envolve todo este campeonato é surpreendente. E acho que só isto é mais do que suficiente para que o campeonato vá a outros países ou que a FIM faça algo diferente.
Motojornal – Agora que estás de fora, como é que vês o nosso CNV Moto? Certamente continuas informado dos pilotos.
Pedro Nuno – Infelizmente não vejo com bons olhos. Admiro muito quem lá anda, porque os nomes que andam lá, estão lá há muito tempo e gostam mesmo do que estão a fazer. E isso é de admirar e louvar. Mas efetivamente, e pondo os olhos no futuro, não vejo o campeonato com melhorias. Até pelas nossas classes de iniciação. Falando nas SSP 300, que há três ou quatro anos eram uma classe com mais pilotos, e agora são cinco ou seis.
Motojornal – O caminho será seguir carreira lá fora?
Pedro Nuno – Sem dúvida. Espanha será o destino mais perto, e dos campeonatos mais fortes. Mas voltando ao CNV, é um bom campeonato para se treinar. Pilotos como eu, o Ivo, inclusivamente o Miguel que já o fez no passado, mas efetivamente se querem que o campeonato dê um salto a Federação terá de tomar algumas posições. Atualmente o melhor é ir ao espanhol que é o mais perto.
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