EWC 2023 – A reação de Pedro Nuno às 24 Horas de Spa

O piloto português esteve em bom plano no Mundial de Resistência (FIM EWC). Aqui fica a reação de Pedro Nuno às 24 Horas de Spa.

pedro nuno
Foto @ Sébastien Virieux

Pela segunda vez na sua carreira o piloto português Pedro Nuno competiu na principal categoria do Mundial de Resistência FIM (FIM EWC), desta vez nas 24 Horas de Spa. Agora integrado na equipa Team Bolliger Switzeland, e aos comandos da Kawasaki Ninja ZX-10R #8, Pedro Nuno esteve em bom plano ao lado dos companheiros de equipa Marcel Brenner e Nico Thoni.

Em estreia absoluta no circuito belga Spa-Francorchamps, Pedro Nuno revelou uma boa adaptação às necessidades de pilotar a moto japonesa no traiçoeiro e muito veloz circuito rodeado por uma densa floresta, e, principalmente, mostrou que mesmo durante a escuridão da noite nestas 24 Horas de Spa tem capacidade para ser um dos destaques do Mundial de Resistência FIM.

Tendo chegado a rodar em 5º na classificação geral e na classe Fórmula EWC, a principal do campeonato, o esforço do trio de pilotos não foi suficiente para conseguirem terminar as 24 Horas de Spa. Tudo porque a mecânica e eletrónica da Kawasaki preparada pelo Team Bolliger Switzerland não aguentou o esforço.

Depois de um segundo fim de semana de resistência nesta temporada 2023, a Revista MotoJornal falou com o piloto português, que nos concedeu, em exclusivo, uma reação a esta segunda edição das 24 Horas de Spa.

pedro nuno
Foto @ Sébastien Virieux

Começando por referir que “Na corrida senti-me bem. Muito melhor comparando com Le Mans”, Pedro Nuno mostra-se bastante melhor integrado na estratégia da equipa liderada por Kevin Bolliger: “Fiz tudo o que a equipa me pediu, apertei quando quiserem que eu apertasse, o ritmo foi todo imposto pela equipa”.

Depois, o piloto português entra em maior detalhe sobre o que aconteceu e levou ao abandono do Team Bolliger Switzerland quando passavam 18 horas de corrida:

“Os problemas que tivemos no motor já começámos a suspeitar deles no início da madrugada, pelas 2H ou 3H da manhã, quando num dos sints do Nico sentiu que a moto começou a perder potência”.

Com a Kawasaki a dar sinais de poder sofrer uma falha que seria catastrófica tendo em conta o objetivo de chegar ao fim das 24 Horas de Spa, a equipa definiu uma estratégia mais cautelosa, mas sempre tendo em vista uma subida na classificação.

pedro nuno
Foto @ Sébastien Virieux

Pedro Nuno refere que “Tentei andar sempre nas calmas para poupar o motor, para levar a moto até ao fim. O Marcel estava bastante confiante, estava rápido, talvez tenha apertado um pouco mais com o motor, obviamente isto pode acontecer a qualquer um dos pilotos. Mas a verdade é que ele era o que estava a apertar mais com a moto e aconteceu. Na Resistência tudo pode acontecer em 24H. Aliás, tudo pode acontecer em 1h quanto mais em 24H”.

Numa análise final ao que aconteceu na segunda ronda da temporada 2023 do Mundial de Resistência FIM, o piloto português mostra-se de certa forma satisfeito: “Saio de Spa positivo, com a equipa contente, ou seja, contente com a prestação dos pilotos e triste com o resultado, até porque chegámos nas primeiras horas a estar em 5º, e, portanto, tínhamos boas expectativas. Em relação a mim foi o que comecei por dizer. Sinto-me bem, pela primeira vez aqui na Bélgica. Acho que foi bom, mais a experiência na moto de EWC, mais experiência neste campeonato. Tudo isto foi positivo”.

Tal como muitas equipas, também o Team Bolliger Switzerland estará ausente daquela que será, no início de agosto, a terceira ronda da temporada, as 8 Horas de Suzuka.

Pedro Nuno e a equipa suíça estarão de volta à ação na quarta ronda da temporada em setembro, o Bol d’Or no circuito Paul Ricard, um traçado francês onde noutras ocasiões Pedro Nuno mostrou a sua velocidade e consistência, e por isso as expectativas para esta edição são elevadas.

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