A próxima edição das famosas e icónicas 8 Horas de Suzuka, que este ano se disputará a 21 de julho, será um momento particularmente importante ao nível da competição no Mundial de Resistência FIM, mas também será importante pois assinalará o regresso oficial da Suzuki ao motociclismo de competição.
Tudo porque a casa de Hamamatsu confirmou em comunicado oficial que nestas 8 Horas de Suzuka estará em pista com uma equipa oficial, denominada Team Suzuki CN Challenge.
Esta equipa, cujos pilotos ainda não sabemos quem serão, e como a marca japonesa não tem atualmente nenhum projeto desportivo oficial em qualquer campeonato isso não nos permite perceber quais são os pilotos que potencialmente podem integrar a equipa, vai preparar uma Suzuki GSX-R1000R mais ecológica do que nunca!
A equipa irá integrar a classe Experimental do Mundial de Resistência FIM nesta ronda japonesa. E se normalmente encontramos nessa classe motos com soluções técnicas particularmente exóticas, a verdade é que a GSX-R1000R do Team Suzuki CN Challenge vai entrar na competição apostando em tecnologias e materiais ecológicos.
Isto é visível no combustível escolhido para alimentar o motor de quatro cilindros em linha da ‘Gixxer’, nomeadamente a gasolina Moto R40 FIM fornecida pela Elf. De acordo com as informações conhecidas, esta gasolina é do tipo biocombustível, contando com 40% de matéria de origem não-fóssil na sua produção.
Curiosamente, este combustível com certificação da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) é agora utilizado em MotoGP… a competição da qual a Suzuki saiu, de forma surpreendente, no final da temporada 2022, para se focar em trabalhar noutros projetos mais viáveis em termos comerciais (motos de produção) e novas tecnologias sustentáveis.
É devido ao novo combustível usado pela Team Suzuki CN Challenge ser fornecido pela Elf, e estar de acordo com os regulamentos da classe EWC, que a marca japonesa vai então participar enquanto equipa da classe Experimental.
Porém, o biocombustível, embora sendo a novidade mais sonante, não será a única novidade a que deveremos estar atentos nesta Suzuki GSX-R1000R “experimental” e ecológica.
Ainda de acordo com o comunicado oficial da Suzuki, a moto será também utilizada para testar, desenvolver e avaliar o comportamento de diversos componentes que também procuram ser mais amigos do ambiente.
Entre os componentes que serão testados e usarão materiais mais ecológicos estará o sistema de escape da Yoshimura, os pneus Bridgestone, óleo e lubrificantes, carenagens e até os travões.
Um ponto muito relevante para se perceber o interesse da Suzuki neste projeto mais sustentável ou ecológico, é que o Team Suzuki CN Challenge vai ter o bem-conhecido Sinichi Sahara como diretor de equipa nas 8 Horas de Suzuka.
Os mais conhecedores dos projetos desportivos da Suzuki Racing recordam-se de Sahara como líder do projeto da marca em MotoGP, uma das figuras fundamentais no sucesso da casa de Hamamatsu na categoria rainha e que culminou com a conquista do título de Joan Mir em 2020 aos comandos da GSX-RR.
Sinichi Sahara é uma das poucas pessoas que estava ligada ao projeto da Suzuki em MotoGP e que não foi despedida, continuando, como se percebe agora, a trabalhar no sentido de manter a marca japonesa na competição.
Aqui ficam os detalhes do que será testado na Suzuki GSX-R1000R das 8 Horas de Suzuka
– Combustível: Elf, Moto R40 FIM, com 40% de matéria biocombustível
– Sistema de escape: Yoshimura com catalizador
– Pneus: Bridgestone, com um rácio maior de materiais reciclados e recicláveis
– Óleo do motor: Motul, fabricado com base em óleo biológico
– Carenagens: fabricadas em JHI, fibra de carbono reciclada e pré-impregnada
– Travões: discos de aço Sunstar Engineering sem tratamento térmico, pastilhas de travão com baixo teor de pó
– Bateria: ELIIY Power, bateria LFP para moto
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