Um dos muitos nomes fortes nesta edição da Expomoto 2022 é seguramente a Harely-Davidson. Trata-se de uma referência do mercado ao longo de várias décadas no sector das duas rodas, trabalhando com afinco para corresponder ao público e os apreciadores em todo o Mundo.
Rui Sousa, Diretor de Vendas da Harley-Davidson em Portugal, em entrevista à Expomoto 2022, partilha alguns detalhes em relação à presença da marca no maior salão nacional de duas rodas.
De que forma está a Harley-Davidson a acompanhar a retoma das atividades do setor? Vemos com bastante satisfação. Até passando uma parte mais pessoal, vejo-o como uma alegria. Tentamos lentamente apesar de todas as notícias que continuam a surgir, primeiro a pandemia e agora a guerra, que nos desmotivam. É com grande satisfação que vemos este vigor à volta do setor e a tentativa de uma nova normalidade. Não nos podíamos dissociar do maior evento, ainda por cima na nossa região. É uma excelente oportunidade.
Qual a mais-valia da participação da Harley-Davidson na Expomoto 2022? Há dois pontos de vista a ter em conta. A marca em si sendo muito reconhecida pelo público em geral não é a presença num evento desta natureza que de alguma forma vai trazer mais reconhecimento ou não. Como é evidente, nós também não poderíamos não estar. Parece um contra-senso. Temos todos de contribuir para o engrandecimento do motociclismo e do comércio. Nós temos de estar associados a este tipo de eventos para que eles cresçam. Para a marca é mais um local onde estaremos em exposição, que não sendo determinante, é importante. Estar presente num evento desta natureza só nos engradece.
Quais são as vossas expectativas em relação à próxima edição do evento? Em termos de vendas diretas não é muito usual que tenhamos uma repercussão muito grande, até porque normalmente as nossas motas estão inseridas num segmento muito elevado. Estas feiras servem sobretudo para que as pessoas sonhem connosco. É nessa perspectiva que participamos. É um trabalho de continuidade. Achamos muito interessante a presença na Expomoto 2022 para mais uma divulgação para que as pessoas continuem a sonhar e quiçá realizarem os seus sonhos.
Quais as novidades que vão apresentar aos visitantes? Vamos ter a Sportster™ S que foi a última novidade apresentada. O timing das apresentações das motos tem dificultado o trabalho. A nossa marca está a passar por bastantes problemas de mercado, o que origina que não tenhamos tudo aquilo que gostaríamos de ter. Ainda assim, vamos ter um leque bastante variado. Vamos ter com certeza matéria para surpreender.
Além do espaço de exposição, estão a trabalhar alguma ação para surpreender o público? Posso levantar o véu ao dizer que possivelmente vamos tentar fazer uma concentração no exterior de motos Harley-Davidson, que vai surpreender os presentes que passarem pela entrada e saída do recinto. Penso que vamos conseguir surpreender. Estamos ainda a tentar perceber quantas dezenas ou centenas de motos é que vamos reunir. Estou convencido de que não vamos desiludir ninguém. Vão ficar muito satisfeitos com aquilo que vamos apresentar.
Sendo uma marca com prestígio e longevidade, de que forma têm trabalhado a adaptação às novidades recém-chegadas mercado? Uma marca como a nossa tem expectativas muito elevadas junto do público. O cliente desde que entra num dos nossos espaços tem sempre uma expectativa muito elevada. As pessoas idealizam a marca como uma das mais desejadas do mundo e isso obriga-nos a que cada lançamento seja a melhor experiência no mundo, quer pelo seu impacto estético, fiabilidade e a parte produtiva. A marca tem vindo a atualizar-se e a modernizar-se para acompanhar as tendências do mercado.
Quais são neste momento os maiores desafios da Harley-Davidson? Os bastante restritivos Euro5 obrigam a mudanças drásticas a nível da indústria. A Harley-Davidson talvez seja das marcas que mais sofre com isso por ter ciclos de renovação muito longos. As mudanças das motos são feitas em espaços muito alargados do que aquilo que é normal, pelo que faz com que agora tenha de diminuir para conseguir acompanhar.