Miguel Oliveira foi o mais rápido no primeiro dia de treinos para o GP da Alemanha no circuito Sachsenring. Mas mais importante do que o tempo conseguido no time attack final com o pneu traseiro macio, foi o facto de ter sido o piloto que mais voltas realizou em 1’21 com os pneus duro/médio que usou em 19 voltas; o que significa ter para já o melhor ritmo de corrida. Isto sob elevadas temperaturas, com o termómetro a marcar 32° C de temperatura ambiente e o asfalto a superar os 50.
«Foi um bom dia. Trabalhámos muito bem logo desde manhã. Fizemos muitas voltas com pneus usados e o ritmo é bom. Esperávamos fazer um bom time attack no final e fizemos; não havia pressão para sermos super-rápidos hoje, mas aconteceu. Isso significa que estamos na direção certa, e sinto-me confortável na moto. Temos que estar atentos a todos os pormenores, os nossos rivais também estão rápidos, por isso, quero fazer uma boa terceira sessão e ir direto à Q2 e fazer uma boa qualificação par o domingo», disse Miguel Oliveira.
Fabio Quartararo, apesar duma queda, realizou o segundo melhor tempo e foi o único, para além de Oliveira, a conseguir baixar para 1’20. Logo a seguir ficou o seu companheiro de equipa, Maverick Viñales, que terminou em terceiro.
Marc Marquez chegou otimista
Neste primeiro dia os olhos estavam postos em Marc Marquez. Não só o piloto espanhol venceu as últimas sete corridas de MotoGP realizadas no Sachsenring (mais duas de Moto2 e uma de 125 cc, o que faz dele o mais vitorioso no circuito alemão), como chegou otimista em relação à sua forma física.
Mas depois de ter feito o melhor tempo da primeira sessão, Marquez acabou por não conseguir fazer o ataque final ao cronómetro. «Hoje não me sentia nem com a confiança nem com a energia para montar um pneu novo. Por isso esqueci os tempos e trabalhei em modo de corrida, atacarei amanhã», disse o piloto da Repsol Honda. «Alcançar a pole será muito, muito complicado amanhã. Um bom resultado entrar numa das duas primeiras linhas da grelha. E depois lutar na corrida, que será muito longa», explica Marquez, referindo-se às 30 voltas ao circuito mais curto do calendário. Marquez, que venceu na Alemanha sempre partindo da pole position, terminou o dia em 12.º.
#MM93: "Lograr la pole será muy, muy complicado mañana. Un buen resultado sería entrar en las dos primeras líneas de la parrilla de salida. Y luego, pelear en carrera, porque será muy larga".#GermanGP #MotoGP #EquipoRepsol pic.twitter.com/Ep9VT2KuDQ
— Box_Repsol (@box_repsol) June 18, 2021
Gardner na frente em Moto2, McPhee em Moto3
Em Moto2 foi o líder do campeonato, Remy Gardner, quem averbou o melhor tempo, na frente do seu companheiro de equipa Raul Fernandez e Fabio de Giannantonio. O piloto italiano tem o seu futuro assegurado, tendo garantido um lugar em MotoGP no seio do Team Gresini, que a partir de 2022 passará a usar motos Ducati. Apesar duma queda, Sam Lowes terminou na quarta posição.
O início da segunda sessão de Moto2 foi ligeiramente atrasada para permitir a limpeza da pista, suja pelo aumento da intensidade do vento e de um mini-tornado que encheu a curva 11 com ervas secas vindas do campo adjacente. Depois a sessão seria interrompida, de novo por causa do vento, que vez voar uma placa de informação dos pilotos em plena reta da meta.
John McPhee foi o piloto mais rápido do dia nas Moto3, apesar de não ter conseguido melhorar na segunda sessão. O mesmo aconteceu com Tatsuki Suzuki, que foi o segundo mais rápido com o seu melhor tempo obtido na primeira sessão. Pedro Acosta, comandante do campeonato, na sua primeira visita a Sachsenring foi o terceiro, na frete de Gabriel Rodrigo e Deniz Öncu.
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