A caravana do Mundial de Velocidade ficou em Losail para a segunda ronda da temporada, O GP de Doha. No primeiro dia de treinos livres foi, tal como na sexta-feira anterior, Jack Miller quem conseguiu o melhor tempo. Miguel Oliveira terminou o dia em 11.º, a 0,030 s da Q2.
Os melhores tempos foram realizados na segunda sessão, depois do sol posto e com a temperatura a descer dos cerca de 40 °C para os 26 °C, e o asfalto a cair dos 47 °C para os 30 °C.
Logo atrás de Miller ficou o seu companheiro de equipa Francesco Bagnaia, com Johann Zarco em terceiro para um domínio Ducati. Maverick Viñales, vencedor do primeiro GP do ano, terminou em 9.º. Áleix Espargaró, que chegou a liderar os tempos, terminou o dia em 6.º.
Jack Miller quase caiu numa volta rápida depois de uma escorregadela, mas não perdeu o espírito e fez a volta mais rápida do dia pouco depois.
«Estou deliciado com as sensações que consegui na moto esta noite», disse Miller. «No meu primeiro ‘time attack’ eu puxei muito e passei por um momento mais quente! Felizmente consegui não cair, e regressei rapidamente à pista e consegui um bom tempo com o qual estou muito satisfeito. Acho que temos margem para melhorar amanhã à noite e, como sempre, darei o meu melhor na qualificação».
Evolução de Oliveira
Miguel Oliveira usou o pneu dianteiro de composto mais macio para a segunda sessão na roda dianteira, e realizou o sue melhor tempo com um pneu macio também na roda traseira; apesar de ter ficado fora dos 10 primeiros, ficou mais acima na classificação do primeiro dia, e mais perto no tempo por volta. Na sexta-feira anterior ficou em 17.º a 1,369 s de Miller, e desta vez ficou em 11.º, a 0.799 s do australiano. O problema é que, tal como no fim-de-semana anterior, a elevada temperatura que se espera para a terceira sessão de treinos livres vai impedir os pilotos de poderem melhorar os tempos por volta. Resta fazer um bom tempo na Q1 para poder passar à Q2.
«Foi uma sexta-feira mais positiva que na passada semana, obviamente que um pouco desapontado por termos ficado muito perto de entrar nos dez primeiros mas ao mesmo tempo toda a equipa ficou motivada com o trabalho feito hoje e obviamente que teremos ainda mais força para afrontar os desafios de amanhã. Temos algumas soluções para melhorar a moto no quarto treino livre e irmos com a melhor moto possível para a qualificação», afirmou Miguel, Oliveira após a segunda sessão de treinos.
A primeira sessão de treinos ficou ainda marcada pelos problemas técnicos de Franco Morbidelli, com as suas duas motos a fumegar, sendo forçado a parar. Morbidelli disse que não perdeu qualquer motor, mas por precaução montou um motor novo para a segunda sessão.
Houve ainda uma troca de galhardetes fora da pista. Depois de Valentino Rossi ter acusado Brad Binder de ser demasiado agressivo – o sul-africano deu um ‘chega p’ra lá’ na corrida anterior, veio a resposta. Binder diz que Valentino é «está um pouco sensível»…
Moto2: rookie Fernandez na frente
EM Moto2 foi o rookie Raul Fernandez quem registou o melhor tempo do dia, batendo Fabio DiGiannantonio por mais de meio segundo. Remy Gardner completou os três primeiros; o líder do campeonato, Sam Lowes, terminou o dia na sétima posição, a 0,724 s do mais rápido. O britânico usou a segunda sessão para experimentar algumas afinações diferentes, que não serviram para rodar mais rápido, mas para tirar algumas conclusões para um futuro próximo.
«Estou muito contente com o modo como correu o dia, especialmente porque demos um passo em frente em termos do quanto confortável me sinto na moto», disse Fernandez, o mais do primeiro dia. «Terminar a sexta-feira no topo é sempre motivante, mas o mais importante é o ritmo que temos. Agora temos que continuar a trabalhar para sermos um pouco mais consistentes. A afinação da moto é a melhor que conseguimos até agora».
Moto3: ninguém olha para o relógio?
Em Moto3 continua a confusão nos últimos minutos da segunda sessão. Os pilotos ficam no pitlane à espera uns dos outros, e o tempo vai passando. Mais uma vez foram vários os que sairam para a pista tarde demais, não conseguindo fazer uma única volta rápida por terem recebido a bandeirada de xadrez. É algo difícil de entender: as equipas sabem perfeitamente quando é preciso sair para evitar apanhar a bandeira antes da última volta rápida. Quem se ficou a rir foi Darryn Binder, que já tinha feito a volta mais rápida ainda na fase inicial da sessão, e ninguém o bateu. Sérgio Garcia foi dos poucos que conseguiu tirar partido dos últimos momentos da sessão para terminar em segundo, na frente de Gabriel Rodrigo.
Jaume Masia, o líder do campeonato, terminou o da na sexta posição.
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