Fabio Quartararo conseguiu mais uma pole position para o GP de Espanha. Esta foi a quarta pole position consecutiva que o francês conseguiu no Circuito de Jerez-Angel Nieto, depois da conseguida em 2019 e das duas do ano passado. Em 202o, nos grandes prémios de Espanha e da Andaluzia Quartararo converteu essas pole em vitórias.
«Pilotei a Yamaha quatro vezes nesta pista, e nessas quatro vezes consegui a pole position», disse o francês. «É um momento incrível, estou realmente feliz com isto. Mas devo dizer que a qualificação de hoje foi aquela em que andei mais no limite. Pensei que ia cair na curva 6 e depois na curva 13. Cometi um erro na curva 6, mas consegui o que interessa, e que é a pole position».
Apesar de ter visto duas voltas canceladas nos treinos livres, obrigando-o a passar pela primeira qualificação, Franco Morbidelli conseguiu o segundo lugar de qualificação. O piloto da Petronas foi informado já muito tarde do cancelamento dessas voltas, e não estava preparado para participar na primeira qualificação, porque tinha terminado em sétimo nos treinos livres. Mais uma vez o Colégio de Comissários recebeu algumas criticas, por não ter decidido e anunciado esse cancelamento em tempo útil. Ainda por cima, com os tempos tão próximos – os sete primeiros separados por menos de 0,1 s! -, a Q1 torna-se mais difícil. «A Q1 é um campo de batalha onde podemos ser armadilhados», foi assim que Morbidelli descreveu a primeira qualificação.
Oliveira com volta rápida cancelada
Miguel Oliveira terminou os treinos livres na 16.ª posição, e por isso teve que passar pela Q1. Conseguiu chegar ao terceiro lugar, mas essa volta acabou por ser cancelada, por ter excedido os limites da pista.
«Não foi o melhor dia para ser honesto mas tive uma volta muito boa cancelada porque activei os sensores de limite de pista na saída da Curva 10. Fui 16.º para a corrida de amanhã mas sinto que a corrida pode ser boa. Jerez é por norma uma corrida longa, uma maratona até à meta. O nosso ritmo de corrida parece ser bom e estou confortável com a moto, vamos ver o que conseguimos fazer», disse o piloto português da Red Bull KTM Factory Racing.
Queda violenta de Marc Marquez
O dia ficou marcado pela violenta queda de Marc Marquez na terceira sessão de treinos livres. O piloto espanhol caiu a cerca de 180 km/h na curva 7 e foi embater – ele e a moto – no AirFence, a barreira insuflável de proteção, que cumpriu a sua missão. Marquez saiu pelo próprio pé, e depois de observado no centro médico do circuito, Angel Charte, o diretor médico do campeonato enviou-o para o hospital de Jerez de la Frontera para realizar um TAC, apenas por precaução. O piloto da Honda sofreu contusões no pescoço e nas costas, e teve alta para participar nas sessões seguintes. Foi 12.º nos treinos livres e na Q1 terminou em quarto, e vai arrancar da quinta linha da grelha.
Impacto a velocidade elevada
«Foi uma queda muito rápida e dura na curva 7; sabíamos que chegaria a primeira queda da temporada, mas talvez tenha escolhido uma das piores curvas para ter esta primeira queda», explicou o piloto da Repsol Honda Team, que caiu na primeira volta lançada após a sua terceira paragem nas boxes. «Quando preparas uma volta não pensas nos riscos, e depois de ter sido conservador ontem, hoje tratava-se de atacar. O impacto contra a barreia insuflável foi a uma velocidade muito elevada, mas graças a essa proteção de ar estou aqui. Esta queda afetou a minha classificação e fez-me escolher um pneu macio para me sentir mais seguro, mas foi uma decisão incorreta, porque o limite na qualificação foi o pneu dianteiro», afirmou Marquez.
A queda de Marc Marquez levantou a questão da segurança no circuito espanhol que, por acaso, tinha sido discutido na habitual reunião de sexta-feira da Comissão de Segurança. O Circuito está planear aumentar algumas escapatórias mas a curva 7 não estava nos planos. Mas o pilotos não consideram que a pista espanhola seja especialmente perigosa. A opinião é a de que à media que a categoria vai ficando mais rápida, os circuito vão tendo que se adaptar.
Moto2: Gardner interrompe sequência de Lowes
Na categoria intermédia foi Remy Gardner quem conseguiu a pole position. O australiano interrompeu a sequência de Sam Lowes, que conquistou a pole nos três GPs anteriores. Num dia em que as Moto2 registaram o maior número de quedas de todas as categorias, Lowes também caiu, precisamente na Q2. O britânico conseguiu evitar uma queda na última curva da sua penúltima volta quando rodava em ritmo de pole, mesmo assim fez o seu melhor tempo e logo as seguir na curva 2 caiu; acabou por fazer a sua pior qualificação do ano até agora ao terminar em quinto.
Ao lado de Gardner na primeira linha vão estar Fabio DiGiannantonio e Marco Bezzecchi.
Tal como aconteceu nos dois GP realizados em Jerez no ano passsado, foi Tatsuki Suzuki quem conseguiu a pole position para a corrida de domingo. Como habitualmente, os pilotos deixaram para muito tarde a saída das boxes para os últimos minutos da qualificação. Por isso, Andrea Migno, Yuki Kunii e Tatsuki Suzuki nã conseguiram completar uma volta lançada após a última saída para a pista. O que valeu a Suzuki é que já tinha realizado a melhor volta e ninguém o conseguiu bater.
Jeremy Alcoba e Andrea Migno fazem-lhe companhia na primeira linha da grelha.
André Pires estreia-se na ePole
A terceira edilção da Taça do Mundo de MotoE arranca em Jerez, e hoje realizou-se a ePole, a qualificação desta categoria em formato super-pole. Para André Pires foi uma estreia neste tipo de qualificação, que permite apenas uma volta lançada. O piloto português depois de ter sido 17.º nos treinos livres, depois de uma queda, foi o segundo a sair para a pista. Acabou por qualificar em 17.º.
«Foi um dia muito complicado, não estou habituado a este tipo de qualificação. Não estou satisfeito com a posição, mas amanhã tenho a certeza que vou melhorar. Fazer uma qualificação com apenas uma volta e depois de uma queda, é complicado», disse o piloto português da Avintia Esponsorama Racing.
Foi Eric Granado quem conseguiu a pole position para a primeira corrida do ano das MotoE, com Lukas Tulovic ao seu lado. O rokkie espanhol Fermin Aldeguer, de apenas 16 anos, conquistou o terceiro lugar da grelha de partida.
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