Depois de Francesco Bagnaia ter caído na segunda volta quando liderava, Fabio Quartararo passou por Johann Zarco e assumiu o comando da corrida. E a partir daí o piloto da Yamaha imprimiu um ritmo que mais ninguém conseguiu acompanhar. Quartararo conseguiu assim a sua terceira vitória da temporada e aumentou a sua vantagem no comando do campeonato. Foi uma corrida dura do ponto de vista psicológico, tendo em conta o anúncio da morte de Jason Dupasquier, e o cumprimento de um minuto de silêncio mesmo antes da partida.
«Houve muitas emoções hoje. Foi um dia fantástico para nós, mas foi muito difícil manter a concentração. Honestamente, não sei como consegui manter este ritmo, porque a cada passagem na curva 9, pensava no Jason. Não foi fácil, e creio que todos os pilotos rodaram por ele», disse Quartararo, que beneficiou também do novo dispositivo de arranque que a Yamaha estreou este fim de semana.
«A minha estratégia hoje foi ver que posição conseguia com o dispositivo de arranque. Estou super contente com isto. Estava em segundo na primeiracurva. Lembro-me em 2019, quando arranquei de segundo aqui e fui oitavo ou nono na primeira curva. Fiquei a rodar confortavelmente atrás do Francesco Bagnaia, e quando o vi cair tentei rodar cinco voltas ao meu máximo ritmo. Mas depois o Johann Zarco passou-me. Eu pensei ‘preciso de ser mais agressivo’. Primeiro que tudo para o fazer perder tempo e depois para a abrir uma vantagem, e foi isso que aconteceu».
Primeiro pódio do ano para Miguel Oliveira
Miguel Oliveira rodou cerca de dois terços da corrida em terceiro, atrás de Johann Zarco. Atrás dele as Suzuki de Joan Mir e Alex Rins começaram a aproximar-se ameaçadoramente, e o piloto português fez o que tinha a fazer. Passou por Zarco e deixou este a lidar com os pilotos da Suzuki Ecstar. Estse acabariam por passar o piloto da Pramac, mas Rins caiu e não terminou a corrida.
Mir apanhou Oliveira mas nunca o conseguiu passar. O piloto da KTM cruzou a meta em segundo e Mir em terceiro. Logo depois surgiu uma penalização: Oliveira perdeu uma posição por ter excedido os limites da pista na curva cinco. Passava assim para terceiro, mas logo depois surgiu oenalização semelhante para Joan Mir, e a ordem final foi reposta: Oliveira em segundo e Mir em terceiro.
«Foi um fim de semana fantástico para nós. Fomos discretos mas fortes em todas as sessões. A qualificação foi ok, a melhor da temporada. E tudo correu de acordo como melhor planos que podia ter imaginado», disse Miguel Oliveira no final. «Fiz uma boa partida, coloquei-me em terceiro. No início da corrida não consegui acompanhar os da frente, porque escolhi o pneu dianteiro duro e tive que ter um pouco mais de cuidado para o colocar na temperatura ante de poder puxar. E tudo correu bem. Consegui passar o Johann[Zarco] e manter o outro Joan[Mir] atrás. Foi uma boa corrida, desfrutei, tendo em conta as circunstâncias que todos conhecemos», explicou o pilto da Red Bull KTM Factory Racing depois do seu primeiro pódio do ano.
Com esta sua melhor classificação da temporada até agora Miguel Oliveira subiu ao 10.º lugar da tabela de pontos.
Várias quedas
Johann Zarco terminou fora do pódio, e antes da corrida, na volta de aquecimento, foi protagonista de um incidente na reta da meta com Enea Bastianini. Quando estava a chegar à grelha fez um ‘brake check’ e o italiano entrou pela traseira da Ducati, caindo. Ainda arrancou do pit lane, mas caiu logo na primeira volta e abandonou. O francês aguentou o impacto e conseguiu alinhar na corrida.
A corrida ficou ainda marcada pelas quedas Takaaki Nakagami e Marc Marquez, que caiu logo na segunda volta.
Moto2: Gardner bate Fernandez
Raul Fernandez liderou toda a corrida de Moto2. Mas precisamente na última volta foi batido pelo seu companheiro de equipa. Remy Gardner venceu a corrida com 0,014 s de vantagem sobre Fernandez. Atrás desenrolou-se tasmbém uma luta a dois pelo terceiro lugar, com Joe Roberts a levar a melhor sobre Marco Bezzecchi por apenas 0,017 s. Porém, Roberts excedeu os limites da pista na saída da curva cinco e perdeu o terceiro lugar para o italiano.
«Eu sabia que estava forte hoje», disse Gardner. «Mas a afinação estava estranha na dianteira da moto. Tive muitos ‘momentos’ e mudei o meu estilo de pilotagem a meio da corrida para evitar isso. No final ataquei, ao mesmo tempo que geri o meu físico, porque esta é uma pista física. Funcionou bem e estou muito contente por estar outra vez no pódio», concluiu o australiano.
Sam Lowes esteve sempre na luta pelos lugares do pódio, mas caiu à 16.ª volta quando estava em segundo.
Moto3: primeira do ano para Dennis Foggia
Na corrida de Moto3 formou-se um grupo de 15 pilotos na discussão pelos lugares do pódio. No final, Dennis Foggia, aquele que mais vezes este no comando, acabou por averbar a sua primeira vitória do ano, e a segunda da carreira. O italiano bateu Jaume Masia por apenas 0,036 s, e Gabriel Rodrigo garantiu o terceiro lugar do pódio.
Pedro Acosta, o líder do campeonato, andou para trás e para a frente dentro do grupo da frente, chegou a a comandar e chegou a estar em 11.º. Acabou a corrida em oitavo e mantém uma vantagem de mais de 50 pontos para o segundo classificado do campeonato, que é agora Jaume Masia, que estava em sétimo antes da chegada a Mugello. Os principais rivais de Acosta não conseguiram terminar à sua frente. Sergio Garcia, que era segundo no campeonato, terminou em oitavo; Andrea Migno, que era terceiro, caiu logo na primeira volta.
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