Maverick Viñales foi a surpresa do primeiro dia de treinos do GP de São Marino e da Riviera de Rimini, no Misano World Circuit Marco Simoncelli.
No seu segundo GP aos comandos da Aprilia RS-GP o piloto espanhol averbou o melhor tempo. A melhor volta do dia foi conseguida na primeira sessão de treinos livres, antes de começar a chover. A chuva chegou a cerca de 10 minutos do final da sessão, precisamente na altura em que os pilotos geralmente fazem o ataque ao cronómetro.
«Estou especialmente agradado por ter encontrado boas sensações imediatamente», disse Maverick, que já tinha rodado em Misano, no seu primeiro contacto com a Aprilia antes do GP de Aragão. «Tendo testado aqui, estou claramente mais preparado do que em Aragão, mas estamos a falar duma nova equipa e duma nova moto. Por isso vamos manter os pés no chão, mas é reconfortante saber que temos ritmo e velocidade, mesmo no molhado, onde eu nunca tinha pilotado a Aprilia. Também estamos a melhorar em termos do modo de trabalho na box. A equipa começa a conhecer-me e percebem as alterações necessárias para satisfazer as minhas necessidades- É um processo e estamos a encará-lo com calma e sem entrar em euforia. O que eu quero é consistência, encontrar uma boa base de trabalho para sermos consistentemente rápidos».
Segunda sessão à chuva
Depois, a segunda sessão foi realizada toda à chuva, impedindo qualquer melhoria dos tempos da manhã. Joan Mir conseguiu o segundo melhor tempo, na frente de Francesco Bagnaia e Jack Miller.
Miguel Oliveira terminou em 22.º, a 1,360 s de Viñales. Na segunda sessão, à chuva, Miguel Oliveira seria sexto, a 1,137 s de Johann Zarco, que foi o mais rápido. A Ducati dominou a sessão com o piso molhado, com Francesco Bagnaia e Jack Miller logo atrás do francês.
O aparecimento da chuva acabou por comprometer o programa de trabalho do primeiro dia de treinos; Miguel Oliveira diz-de preparado para correr em qualquer tipo de condições, seco ou molhado.
Apesar do tempo chuvoso em grande parte do território italiano, a previsão é para tempo seco em Misano no domingo, pelo que a corrida não deverá ser realizada à chuva.
Também não deverá chover na terceira sessão de treinos livres, no sábado de manhã, permitindo aos pilotos lutar por uma passagem direta à segunda qualificação.
O regresso de Morbidelli e Dovizioso no GP de São Marino
O dia ficou marcado pelo regresso de Franco Morbidelli. Operado ao joelho, o italiano esperava ter faltado a apenas três grandes prémios, mas a recuperação demorou mais tempo e acabou por faltar a cinco. ‘Morbido’ regressou com novas cores integrando a equipa oficial Monster Energy Yamaha, com quem correrá nos próximos dois anos. O italiano terminou o dia em 13.º.
Para o seu lugar na Petronas Yamaha SRT foi Andrea Dovizioso, que assim interrompeu o seu ano sabático para regressar mais cedo do que pensava ao campeonato. O italiano assinou diretamente com a Yamaha Motor Company, e para além de fazer o que resta desta temporada, continuará em 2022 na equipa satélite da Yamaha. Dovi terminou o dia na 24.º, e última, posição, passando muito tempo a configurar ainda a ergonomia da Yamaha M1 para a sua estatura e estilo de pilotagem, depois de oito anos aos comandos duma Ducati.
Confirmada anteriormente a saída da Petronas do campeonato e o desvinculamento do Circuito Internacional de Sepang, a equipa malaia muda de nome. Passa a chamar-se RNF MotoGP Racing, e terá Razlan Razali como ‘Team Principal’.
A new lease of life for @sepangracing! ?
The team will be rebranded to RNF #MotoGP Racing from 2022 onwards! ?#SanMarinoGP ?? | ?https://t.co/gNJPFsLwzV
— MotoGP™? (@MotoGP) September 17, 2021
Moto2: mais confirmações para 2022
A categoria de Moto2 realizou ambas as sessões à chuva, e o veterano Thomas Lüthi foi o mais rápido; o piloto suíço realizou a melhor volta do dia na primeira sessão. Marco Bezzecchi foi o mais rápido na segunda sessão, mas sem conseguir bater o tempo do piloto suíço e terminou em seguno na tabela combinada, com Augusto Fernandez logo a seguir.
Foram anunciadas mais contratações nesta categoria. Sam Lowes vai permanecer na Marc VDS, a quem se juntará Tony Arbolino; Marcel Schotter renovou com a Liqui Moly Intact GP e terá como companheiro de equipa Jeremy Alcoba, que sobre de Moto3 para Moto2. O Team Gresini também já anunciou a sua formação para Moto2, totalmente renovada: Alessandro Zaccone, que lidera neste momento a Taça do Mundo de MotoE e é um forte candidato ao título; e Filip Salač, que subirá à categoria intermédia.
+++ 2022 ANNOUNCEMENT +++
We are delighted to announce the new line-up from next season onwards with @MarcelSchrotter and the Spaniard @jeremyalcoba, who is climbing up into the #Moto2 category with #LIQUIMOLY #IntactGP ?#MotoGP
? F. Glaenzel pic.twitter.com/wlLPPTksN5
— Intact GP (@IntactGP) September 17, 2021
Moto3: Foggia marca o ritmo
Os pilotos de Moto3 rodaram sempre com o piso seca, em ambas as sessões; foi Dennis Foggia quem estabeleceu o melhor tempo do dia, logo na primeira sessão. Apesar de não ter melhorado na segunda, ninguém conseguiu bater o tempo do italiano da Leopard Racing. Quem ficou mais perto foi Pedro Acosta, que depois de ter sido 14.º na primeira sessão, melhorou na segunda e subiu ao segundo lugar da tabela combinada. Logo a segui ficaram Niccolò Antonelli e Andrea Migno.
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