GP do Qatar: vitória de Viñales, Oliveira em 13.º

Maverick Viñales fez uma das melhores corridas da sua carreira para vencer o GP do Qatar. Numa pista difícil para a KTM, Miguel Oliveira terminou em 13.º.

Maverick Viñales foi o vencedor do GP do Qatar. Apesar de uma má partida, o piloto da Monster Energy Yamaha recuperou para assumir o comando, e vencer a corrida.

O dia ficou marcado pelo intenso vento, que soprava contra os pilotos na reta da meta, e também pela temperatura inferior à dos dias anteriores. Por isso, todos os pilotos sem excepção, optaram pelos pneus macios.

Viñales perdeu muitas posições após o arranque e no final da primeira volta era sexto. Passou Por Jack Miller, Fabio Quartararo e Zarco, antes de atacar Bagnaia e assumir o comando. Esta foi a nona vitória da Yamaha em Losail desde a introdução das MotoGP – contra 5 da Ducati e três da Honda – interrompendo a sequência da Ducati, que venceu aqui nas duas últimas visitas, em 2018 e 2019.

Elogio a Crutchlow

«A corrida foi especialmente boa, porque tive a oportunidade de lutar com outros pilotos, o que é sempre importante», disse Viñales. «Já passou muito tempo desde a última vez que ultrapassei tantos pilotos numa corrida. Logo desde cedo senti uma sensação especial com a moto. Estou muito grato, porque vencer não é fácil, por isso vamos desfrutar esta». Maverick teceu ainda grandes elogios a Cal Crutchlow, pelo trabalho de desenvolvimento realizado durante o Inverno com a Yamaha.

Bagnaia fez um excelente arranque e liderou durante as primeiras 14 de 22 voltas, até ser ultrapassado por Maverick Viñales. Seria ainda ultrapassado por Joan Mir e Johan Zarco. Mir ainda chegou ao terceiro lugar na última volta, mas foi derrotado pela velocidade das Ducati de Zarco de Bagnaia. Apesar de ter saído da última curva na frente de Zarco e Bagnaia, ambos não só aproveitaram um pequeno erro de Mir, como tiraram partido da melhor velocidade das suas motos para bater a Suzuki até à bandeira de xadrez.

Oliveira recuperou até ficar sem pneu dianteiro

Miguel Oliveira conseguiu recuperar posições logo após o arranque, e chegou até ao 10.º lugar; mas até ao final da corrida, com problemas de pneus, acabaria por perder três posições para terminar em 13.º. Ainda assim, foi uma melhoria em relação à sua corrida anterior neste circuito: foi 17.º em 2019.

«Terminámos um pouco à frente da nossa posição de partida, o que é positivo, e sabemos que o nosso potencial é muito melhor», disse Oliveira no final. «Não conseguimos terminar melhor por causa do pneu dianteiro. Perdemos muita aderência antes do meio da corrida, e isso comprometeu as prestações. Estava sempre a perder tempo ao tentar evitar cair. Sentimos que a nossa moto é forte, mas não conseguimos fazer toda a distância de corrida com este pneu», explicou o piloto da Red Bull KTM Factory Racing. Oliveira foi o melhor piloto KTM no final da corrida; Brad Binder sofreu do mesmo problema e terminou em 14.º

No início da corrida quatro Ducati ocuparam as primeiras posições, e parecia que iam dominar a corrida. Mas Jack Miller acabou por recuar na classificação para terminar em nono, queixando-se de ter ficado sem pneu traseiro; o rookie Jorge Martin teve uma corrida semelhante, perdendo posições desde o início para terminar em 15.º.

Três pilotos não terminaram a corrida devido a quedas: Danilo Petrucci, Takaaki Nakagami e Alex Marquez.

Lowes imparável

Sam Lowes praticamente não teve oposição an primeira corrida do ano. Apesar de Marco Bezzecchi ter liderado durante as duas primeiras voltas, o britânico assumiu o comando à terceira volta. A partir daí conseguiu criar uma pequena vantagem. Um pequeno erro no último setor fê-lo perder parte dessa vantagem na quinta volta, mas voltou ao seu ritmo e voltou a cavar novo fosso, para vencer com mais de dois segundos de vantagem.

Remy Gardner saiu do sexto lugar da grelha para imediatamente subir na classificação, e rodou grande parte da corrida em segundo, terminando isolado nesta posição.

Fabio DiGiannantonio conseguiu bater Bezzecchi no final da corrida para assegurar o último lugar do pódio.

Masia primeiro

A corrida de Moto3 foi típica da categoria: um grupo grande na frente, ultrapassagens constantes e diversos líderes. Nada ais, nada menos do que oito pilotos diferentes passaram pelo comando da corrida. Mas no final, foi Jaume Masia quem se impôs para conseguir a primeira vitória do ano. No pódio esteve também um rookie, Pedro Acosta, que bateu o grande favorito Darryn Binder.

Outro dos rookies, Xavier Artigas, provocou um incidente, quando subia na classificação. Ao tentar uma ultrapassagem ‘impossível’, acabou por cair e derrubar Andrea Migno, John McPhee e Jeremy Alcoba. Por isso, a Direção de corrida decidiu penalizá-lo por pilotagem irresponsável. Assim, no próximo GP terá que cumprir uma penalização de volta longa.

E o próximo GP é já no próximo fim-de-semana, no mesmo circuito de Losail, o GP de Doha.

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